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Relatório de Análise de Qualidade de Água

Por:   •  28/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.221 Palavras (13 Páginas)  •  174 Visualizações

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Universidade Estadual de Feira de Santana

Departamento de Tecnologia

Disciplina: Tratamento de Águas e Efluentes na Indústria de Alimentos – TEC324

Docente: Tereza Simonne Mascarenhas Santos

Curso: Engenharia de Alimentos

 

 

 

 

 

 

Relatório: Análise da Qualidade de Águas: Embasa, Lagoa e Poço

 

 

 

Adailza Carneiro

Kleyse Mirelle Vieira

Tamila Pereira

 

 

 

 

Feira de Santana – BA

Agosto – 2019

1.         INTRODUÇÃO

A água é um recurso natural essencial para a sobrevivência de todas as espécies vivas que habitam a Terra. No organismo humano, atua como veículo para a troca de substâncias e para a manutenção da temperatura, representando cerca de 70% de sua massa corporal. Além disso, é considerada solvente universal e é uma das poucas substâncias encontradas nos três estados físicos: gasoso, líquido e sólido. Importante na produção de alimentos e energia elétrica, na limpeza das cidades, na construção de obras e no funcionamento das indústrias, seja como matéria-prima, na higienização de superfícies e equipamentos, na geração de vapor e na refrigeração.

O rápido crescimento da população mundial e a concentração dessa população em megalópoles provocou efeitos diretos na qualidade e na quantidade da água disponível em várias partes do mundo. Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef ) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que quase metade da população mundial não conta com serviço de saneamento básico e que uma em cada seis pessoas ainda não possui sistema de abastecimento de água adequado. As projeções da Organização das Nações Unidas indicam que, se a tendência continuar, em 2050 mais de 45% da população mundial estará vivendo em países que não poderão garantir a cota diária mínima de 50 litros de água por pessoa (IDEC, 2010).

Do volume total de água disponível no globo, 96,54% estão nos mares e oceanos, 1,74% estariam em calotas de gelos e geleiras, 1,69% como água subterrânea e os outros 0,03% estão distribuídos entre o permafrost, lagos, solo, atmosfera, áreas úmidas, rios e organismos. Nota-se, portanto, que há muita água, porém, apenas 0,27% da água está disponível para consumo humano, tornando a potabilidade da água assunto de extrema importância (FERNANDO, 2018).

Verificar a potabilidade da água significa analisá-la quanto a segurança do seu consumo, ou seja, se a ingestão da água pode ou não trazer riscos à saúde do consumidor. Toda água destinada ao consumo humano deve obedecer aos padrões de qualidade estabelecidos na Portaria 2.914 de 12 de dezembro de 2011, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

Essa Portaria divide a verificação da potabilidade em classes de análises, sendo as mais frequentes as análises físico-químicas com a Tabela de padrão de potabilidade para substâncias químicas que representam risco à saúde, e as análises bacteriológicas com a Tabela de padrão microbiológico da água para consumo humano (BRASIL, 2011). 

Dentre as análises recomendadas estão: pH, cor turbidez, cloretos, dureza total, alcalinidade, nitratos, nitritos, sólidos sedimentáveis, exame bacteriológico e Demanda Bioquímica de Oxigênio.

1.1 Análise de pH

O pH refere-se ao Potencial Hidrogeniônico e representa um índice que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma substância, que pode variar de acordo com a composição, concentração de sais, metais, ácidos, bases e substâncias orgânicas e em função da temperatura. Para consumo humano é recomendado a faixa de pH entre 6 a 9, ideal para que ocorra o equilíbrio como o organismo, evitando a propensão a infecções e doenças degenerativas.

Nos ecossistemas formados nos tratamentos biológicos de esgotos, o pH é também uma condição decisivamente importante podendo influir em diversos equilíbrios químicos que ocorrem naturalmente ou em processos unitários de tratamento de águas. Nos ecossistemas aquáticos naturais, essa influência é direta devido a efeitos sobre a fisiologia das espécies. Indiretamente, o pH influencia na precipitação de elementos químicos tóxicos, como metais pesados, ou em outras  condições que possam  exercer efeitos sobre a solubilidade de nutrientes (EMILIN, 2018).

1.2 Cor e Turbidez

Cor e a turbidez são dois indicadores da qualidade da água que às vezes estão relacionados entre si.

A cor é geralmente um indicador da presença de metais (Fe, Mn), húmus (matéria orgânica oriunda da degradação de matéria de origem vegetal), plâncton (conjunto de plantas e animais microscópicos em suspensão nas águas) dentre outras substâncias dissolvidas na água. Sua determinação comumente é feita pela comparação visual com soluções de cloroplatinato de cobalto ou com discos de cor semelhantes à coloração das soluções de cloroplatinato de cobalto. É recomendável que seja feita no momento da coleta, evitando a estocagem o que poderia ocasionar variações no pH (MARKOS, 2013).

A turbidez é uma medida do espalhamento de luz produzido pela presença de partículas coloidais ou em suspensão e é expressa como unidade nefelométrica de turbidez (NTU - Nephelometric Turbidity Unity) usando-se como padrão para calibração do turbidímetro uma suspensão de polímero formazin (sulfato de hidrazina + hexametileno tetramina), uma suspensão de látex ou então micro esferas de estireno-divinilbenzeno, conforme o fabricante do equipamento (MARKOS, 2013) .

A turbidez é um parâmetro indicador da possível presença de argila, silt, substâncias orgânicas (Ex: húmus) ou inorgânicas (Ex: óxidos) finamente divididas, plâncton e algas. Indicando, por exemplo, o risco de entupimentos de filtros e tubulações.

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