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Relatório de crescimento microbiano

Por:   •  5/4/2019  •  Ensaio  •  1.673 Palavras (7 Páginas)  •  212 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO[pic 1][pic 2]

        Os fungos, muitas vezes encontrados em superfícies de alimentos e lugares úmidos, apresentam uma diversificada morfologia, sendo multicelulares, como os bolores, ou unicelulares, como as leveduras. Sendo organismos heterótrofos, necessitam de matéria orgânica – viva ou morta – para sobreviver, tendo, portanto, a importante missão na decomposição de animais e vegetais, assim como na alimentação de espécies, fabricação de produtos, dentre várias outras (PELCZAR et al., 1996). Os fungos podem ser ainda classificados em três grupos: Zigomicetos, Ascomicetos e Basidiomicetos. (https://www.cientic.com/tema_fungo_img3.html)

        Para um fungo ser catalogado como levedura, ele precisa estar dentro do grupo Ascomicetos, mais especificamente no subfilo Saccharomycotina. Esse subfilo se caracteriza por fungos que formam seus esporos sexuais em ascos semelhantes a bolsas.  As leveduras podem se apresentar em formas esféricas, ovoides, elipsoide ou ainda em formas filamentosas (PELCZAR. et al.,1996). Sendo células de maior simplicidade, proliferam e se reproduzem mais rapidamente que os bolores, por exemplo (PELCZAR et al., 1981). 

        As leveduras possuem elevada importância comercial, já que os produtos obtidos através desses organismos afetam diferentes setores industrias como os de alimentos, biocombustíveis, cervejas, vinhos e assim por diante. Há ainda indícios de que a necessidade comercial desses organismos tende a aumentar, uma vez que cada vez mais se consome alimentos fermentados que são considerados naturais e saudáveis. São organismos de reprodução vegetativa como brotamento e gemulação, e necessitam de elementos básicos para sua sobrevivência como água, fontes de carbono e nitrogênio, oxigênio e minerais (TORTORA; FUNKE; CASE, 2002).

        Visando a necessidade da obtenção desses organismos para diversas áreas, se torna importante a capacitação de técnicas para isolamento. Através deste procedimento pode-se obter uma cultura pura, assim como identificar um micro-organismo. Os micro-organismos isolados podem ser obtidos a partir de ambientes naturais ou a partir de bancos de cepas.

2. OBJETIVO

Este trabalho teve como objetivo isolar as leveduras presentes na casca da uva.

3. REVISÃO DA LITERATURA

3.1 LEVEDURAS

As leveduras são um grupo de microrganismos unicelulares pertencentes ao reino dos fungos. As leveduras são conhecidas pelos seres humanos há milhares de anos uma vez que essas foram e ainda são utilizadas em processos de fermentação como a produção de bebidas alcoólicas e fermento de pão. Hoje, o avanço do conhecimento científico permitiu o isolamento, construção e produção industrial de diversas cepas de leveduras com propriedades específicas para satisfazer as demandas de a indústria de panificação e fermentação (cerveja, vinho, sidra e destilados). Leveduras de qualidade alimentar também são usadas como fontes de proteínas de alto valor nutricional, enzimas e vitaminas, com aplicações na indústria de alimentos saudáveis como suplementos nutricionais, aditivos alimentares, condicionadores e agentes aromatizantes, para a produção de meios microbiológicos, bem como de alimentos para animais (TORTORA, 2010).

3.2 ISOLAMENTO

        A primeira etapa para aplicação de um micro-organismo de interesse, muitas vezes se dá pelo isolamento de uma colônia. Através do isolamento é possível obter culturas puras do organismo desejado. As colônias de um micro-organismo se iniciam comumente por meio de um esporo ou célula, onde essas colônias manifestarão diferentes características morfológicas.

        Para se dar início à técnica de isolamento, é necessária a escolha do micro-organismo, que pode ser geneticamente modificado, ou ainda pode-se utilizar os organismos presentes no meio ambiente. Através do conhecimento da localização do micro-organismo de interesse, pode-se proporcionar condições ambientais favoráveis para o seu desenvolvimento. A escolha pode ser influenciada pelas capacidades existentes de produção, biomassa e produtividade, custos de recuperação, estabilidade dos micro-organismos em fermentadores de larga escala e a facilidade de manipulação (DEMAIN, 1986).

É importante ressaltar que antes de isolar um fungo deve-se saber o produto de interesse e entender a estrutura do ecossistema amostral. Para o isolamento, primeiramente as amostras devem ser coletadas utilizando luvas estéreis, pinças, bisturis ou acessórios diversos colocados assepticamente em garrafas ou sacos Nasco Whirlpak e usados imediatamente ou armazenados de um dia para o outro a 5ºC (PRESCOTT, 1946). Demain et al. (1986) cita algumas normas para o isolamento de micro-organismo e que podem ser empregadas no isolamento de qualquer grupo particular:

1. Os grupos de micro-organismos que desejam ser isolados;

2. Descrever o ecossistema ou o habitat das amostras que serão coletadas;

3. Dividir as amostras em tipos de grupo, ex.: micro-organismos de plantas e/ou parte de plantas, solos, rochas, água e insetos;

4. Listar parâmetros ambientais do ecossistema dos micro-organismos de interesse para serem considerados e mensurados, como o pH, salinidade, Eh, temperatura, composição do solo e matriz geoquímica;

5. Listar substratos naturais disponíveis no ecossistema interesse, como lignina e celulose em solos de florestas, e quitina em pântanos;

6. Modelos de técnicas de isolamento e cultivo obtidas pelos dados adquiridos nas etapas de 1 a 5, como diluentes, substratos, extratos naturais e condições de incubação;

7. Avaliar “métodos ecofisiológicos de isolamentos”, usando métodos padrões como controles;

8. Modificar processos conhecidos dos parâmetros ecológicos naturais da amostra dos materiais a serem examinados;

9. Usar processos específicos de cultivo (ex.: meios enriquecidos) para determinados grupos microbiológicos de interesse para realizar o screening.

Qualquer parte de uma planta pode ser utilizada para isolar fungos (folha, caule, raiz e flores). O tamanho, a forma e o estado fisiológico (vivo, morto, saudável ou doente) das partes das plantas, condições de superfície e a posição ou exposição da amostra, tanto da planta individualmente quanto na relação dela com o ecossistema como um todo, vão determinar parcialmente as espécies de fungos isolados.

Newhouse e Hunter (1983) demonstraram que mudar um constituinte de um meio pode favorecer o isolamento de um fungo em relação a outro. Além disso, não existe um método único de isolamento para fungos. Os parâmetros físicos (pH, salinidade, temperatura) do ecossistema do qual se retirou a amostra, assim como o “tipo” de fungo sendo isolado, devem ser considerados para o desenvolvimento do ágar.

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