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TECNOLOGIA CONSTRUTIVA PARA HABITAÇÕES POPULARES

Por:   •  17/11/2016  •  Resenha  •  1.348 Palavras (6 Páginas)  •  197 Visualizações

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ARQUITETURA E URBANISMO

TECNOLOGIA CONSTRUTIVA PARA HABITAÇÕES POPULARES


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO        

2. ALVENARIA ESTRUTURAL OU AUTOPORTANTE        

3. FORMAS PLÁSTICAS PARA CONCRETO (MONOLITO DE CONCRETO)        

4. CONTOUR CRAFTING  - ROBOTIC CONSTRUCTION SYSTEM        

5. CONCLUSÃO        

6. BIBLIOGRAFIA        


1. INTRODUÇÃO

Este trabalho visa uma breve análise de métodos de construção civil aplicáveis à edificação de habitações populares. Abordaremos três tecnologias diferentes, sendo duas delas presentes no nosso dia a dia e a terceira e última, uma tecnologia nova ainda em fase de desenvolvimento. Todas possuem pelo menos uma característica em comum que é busca por tornar as construções mais baratas, cada uma da sua maneira, porém sem perder a qualidade do produto final.


2. ALVENARIA ESTRUTURAL OU AUTOPORTANTE

Método construtivo rápido e econômico que dispensa vigas e pilares, onde as próprias paredes sustentam as cargas recebidas pela laje e andares superiores. Dentre todas as diferenças entre a alvenaria convencional, talvez essa seja a mais importante.

[pic 1]

Figura 01 - esquema construtivo da alvenaria estrutural

Fonte – http://festaviva.uol.com.br/ESCC/Edicoes/37/artigo100845-1.asp

A alvenaria estrutural durante muito tempo esteve amplamente ligada ao conceito de casas populares, porém cada vez mais, passa a ser a alternativa escolhida para variados tipos de projetos residenciais pois na maioria dos casos, a alvenaria estrutural reduz gastos e traz agilidade à obra sendo uma estrutura mais leve e de fundação menor. Soma-se ainda um reduzido investimento em estrutura por ter um nivelamento mais rápido e fácil e ser possível a diminuição da mão de obra e de materiais. O engenheiro civil Marcos Panzoldo afirma que a redução de custos em relação à estrutura de concreto armado pode chegar a 50% e a economia de tempo, em média, a 30%. Ele ainda ressalta que o sistema não é necessariamente mais barato em todos os casos, mas é sempre mais rápido.

O uso de grandes vãos, lajes em balanço, poucas paredes, muitas fachadas de vidro, entre outros fatores podem restringir o uso da alvenaria estrutural, porém o maior ponto negativo é o fato de não ser possível fazer modificações arquitetônicas como a demolição de paredes internas. As mudanças devem ser previamente analisadas e estudas e aprovadas por um engenheiro calculista a fim de evitar danos à estrutura da edificação.

A alvenaria estrutural pode ser realizada com blocos cerâmicos, de concreto ou tijolos, desde que a resistência do material permita sua função estrutural e é preciso analisar ainda algumas características, como isolamento térmico e acústico antes da escolha de qual material usar, pois estas características podem variar segundo o material escolhido e o fabricante.

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Figura 02 e 03 - exemplos de estruturas em alvenaria autoportante em construção

Fonte – http://festaviva.uol.com.br/ESCC/Edicoes/37/artigo100845-1.asp

A Alvenaria estrutural pode ainda receber armação de aço, sendo então chamada de Alvenaria estrutural armada. Essa alvenaria suporta mais carga. Os blocos são “quebrados”, uma barra de acho é colocada e o espaço preenchido com concreto, grauteamento, criando assim peças rígidas como se fossem pilares e vigas; reforços em pontos pré-definidos pelo projetista. Essa modificação proporciona projetos mais livres, com vãos maiores quando comparamos com a alvenaria estrutural não armada e passou a ser mais usada a partir do momento em que as construções em alvenaria autoportante começaram a ganhar cada vez mais números de pavimentos. Sua execução é pouco mais lenta que não armada.

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Figura 04 - exemplo de estrutura em alvenaria autoportante armada em construção

Fonte – http://festaviva.uol.com.br/ESCC/Edicoes/37/artigo100845-1.asp


3. FORMAS PLÁSTICAS PARA CONCRETO (MONOLITO DE CONCRETO)

O número de construções de concreto moldadas in loco através de formas plásticas tem aumentado a cada ano. As formas são produzidas com resinas plásticas que permitem que as mesmas possam ser utilizadas várias vezes em outras construções, se adequando a diferentes projetos, suas medidas podem ser alteradas e moduladas, obtendo painéis de incontáveis tamanhos. Devido às características do material, as formas possuem elevada resistência mecânica, ao impacto, a intempéries e ao manuseio em canteiros de obra.

As formas plásticas permitem a construção de paredes, vigas, pilares, baldrames, lajes, e blocos de fundação podendo ser empregadas em larga escala, em obras industriais, comerciais e residenciais, sendo um sistema de fácil implantação. Os processos e etapas são bem definidos, com fácil manuseio dos equipamentos, garantindo rapidez na montagem com menor probabilidade de erros de execução.  Para as habitações populares, tema deste presente trabalho, a produtividade é de uma casa por dia, sendo que ao final do dia as paredes já estão preparadas para receberem cobertura, cerâmica ou serem pintadas.  Segundo Wanderley Jayme Esmael, proprietário da empresa Metro Modular, sediada em Piracicaba, o sistema de formas plásticas apresenta diversas vantagens, gerando uma economia de 20% a 40% no custo final da obra.

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Figura 05, 06 e 07 - formas plásticas para concreto - baldrame, laje e pilares em construção

Fonte – http://www.dino.com.br/releases/formas-plasticas-para-paredes-de-concreto-solucao-para-a-construcao-civil-dino89021272131

Com a aprovação da norma ABNT NBR 16055:2012 – Paredes de concreto moldada in loco para a construção de edificações regulamentou-se os padrões, critérios e procedimentos a serem atendidos através do uso dessa técnica. Além disso, a partir da norma é possível a abertura de financiamento deste tipo de construção pela Caixa Econômica Federal, um dos principais órgãos de financiamento habitacional do Brasil, especialmente para habitações populares.

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