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NÍVEL DE PROFICIÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA DE ALUNOS DO 3° ANO DO ENSINO MÉDIO .

Por:   •  24/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  3.296 Palavras (14 Páginas)  •  329 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

             A educação brasileira passa por diversas dificuldades, principalmente quando falamos sobre o ensino médio. O país que apresenta má colocação em rankings internacionais é também o que está perto da universalização do acesso à escola. Logo se torna necessário avaliar não somente os fatores escolares, mas também fatores que interferem direta ou indiretamente na aprendizagem dos alunos.

             Um dos motivos para a má colocação são os dados de abandono. Dados do Último Segundo Educação mostram que a maioria dos jovens brasileiros entram no ensino médio, mas apenas metade permanece até o fim e uma pequena minoria realmente aprende o que deveria.

             Há alguns anos o Brasil tem investido esforços para a realização – e aprimoramento – de um sistema de avaliações em larga escala, voltado ao acompanhamento do desempenho acadêmico, bem como das condições do corpo docente e da infraestrutura das escolas. Em paralelo, muitos estudos com foco nos resultados destas avaliações vêm sendo realizados, em especial, voltados ao cruzamento de variáveis que possam influenciar o desempenho dos alunos. (BIONDI e FELICIO, 2007).

             O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, é a autarquia responsável pela avaliação da educação no Brasil. Essas avaliações visam fornecer dados, análises e informações para identificar os desafios da realidade brasileira. Sendo assim, é responsável pela coleta, tratamento e disseminação de informações estatísticas educacionais, necessários para a formulação e implementação de políticas na área.

             A primeira iniciativa em escala nacional para se conhecer o sistema educacional brasileiro em profundidade foi o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB). Por meio desse sistema busca-se identificar a eficiência das redes de escolas brasileiras e com os dados obtidos pelo SAEB é possível acompanhar o desempenho dos alunos e também de fatores externos e aspectos que estão associados à qualidade e efetividade do ensino.

             Segundo o Comitê de Estatísticas Sociais as informações obtidas a partir dos levantamentos do Saeb também permitem acompanhar a evolução da qualidade de educação ao longo dos anos, sendo utilizadas principalmente pelo Ministério da Educação e secretarias estaduais e municipais de educação na definição de ações voltadas para a solução dos problemas identificados, assim como, no direcionamento dos seus recursos técnicos e financeiros às áreas prioritárias, visando ao desenvolvimento do Sistema Educacional Brasileiro e à redução das desigualdades.

             O SAEB é utilizado pelos 26 estados Brasileiros e o Distrito Federal, tanto em escolas públicas quanto privadas de ensino fundamental e médio. Dentre os objetivos do sistema dois são extremamente relevantes para esse trabalho. São eles:

  • Identificar os problemas e as diferenças regionais do ensino;
  • Produzir informações sobre os fatores do contexto socioeconômico, cultural e escolar que influenciam o desempenho dos alunos.

             Com as informações obtidas pelo SAEB pode-se acompanhar a qualidade da educação com o passar dos anos e assim definir ações voltadas para a solução de eventuais problemas identificados.

  1. REFERENCIAL TEÓRICO

             A cultura avaliativa emerge na maioria dos Estados e municípios brasileiros, abrindo possibilidades de novos paradigmas de avaliação e planejamento pedagógico e, por conseguinte, da realização de diagnósticos que permitam conhecer pontos críticos dos sistemas de ensino e monitorar as escolas por meio dos indicadores educacionais. Desse modo, expressa o futuro desejado pela melhoria da tomada de decisões educacionais. (MELO, 2009)

             Com a propagação da cultura avaliativa, há uma dinâmica promissora para reorientação dos profissionais da educação básica, por meio de concepções e redefinições de saberes e fazeres pedagógicos, construídos em cursos de formação continuada, respaldados pelo Ministério da Educação – MEC, com incentivo do Banco Mundial, conforme mostra o documento de política para o setor educativo no tocante a crescente concessão para o ensino fundamental e, mais recentemente, o Ensino Médio (TORRES, 2003).

             Um estudo mais recente que objetivou identificar as características associadas com o desempenho dos alunos de 3° sério do Ensino Médio e foram utilizadas como variáveis de controle no primeiro nível (o nível dos alunos). Entraram na modelagem o status socioeconômico da família do aluno, a escolaridade do pai e a etnia do aluno. Como variáveis de controle do segundo nível foram incluídas as mesmas variáveis do nível do aluno - com a diferença de que foram agregadas para o nível da escola. Assim, o status socioeconômico médio dos alunos, a escolaridade média dos pais e a percentagem de alunos não-brancos ou não-asiáticos na escola entraram como variáveis de controle no nível de escola.

             Segundo Reis e Ramos (2011) “o nível de educação dos pais está bastante associado ao desempenho dos filhos no mercado de trabalho no Brasil. Com isso, a estrutura educacional da família pode desempenhar um papel importante na determinação da elevada disparidade de rendimentos observada. ”  Mas esses não são os únicos fatores que interferem no nível de proficiência. O tipo de escola - pública ou privada -, o fator abandono escolar, ter ou não computador, incentivo dos pais também são questões que modificam direta ou indiretamente o aprendizado dos alunos.

             A partir das informações do Saeb, o Ministério da Educação (MEC) e as Secretarias Estaduais de Educação têm podido definir ações voltadas para a correção dos problemas identificados e dirigir seu apoio técnico e financeiro tanto para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das redes de ensino, quanto para a redução das desigualdades ainda existentes no sistema educacional. (SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – Edição 2017)

É através dos resultados de proficiência encontrados que se baseiam as políticas futuras de manutenção do ensino, um exemplo de política subsidiada pelo resultado do SAEB foi o Programa de Aceleração de Aprendizagem, criado pelo MEC para apoiar os sistemas estaduais e municipais de ensino a multiplicar ações visando atingir um dos principais problemas do ensino fundamental, que é a incidência de índices muito elevados de distorção idade/série. (CORRÊA, 2012)

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