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Contexto Historico da Criação da Internet no Brasil e no Mundo

Por:   •  4/7/2017  •  Trabalho acadêmico  •  5.096 Palavras (21 Páginas)  •  410 Visualizações

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Contexto Histórico da Criação da Internet no Brasil e no Mundo e os Rumos Futuros

Diego Farias dos Anjos

Programa de Pós Graduação de Ciência da Computação – Universidade Federal do Pará (UFPA)
Belém – PA– Brasil

diego19anjos@gmail.com

Abstract. This article aims to synthesize in an objective way under which circumstances the emergence of the Internet in Brazil and in the world, the purpose of its creation, beyond the evolutions perceived during its existence and what to expect in relation to its future. From some historical facts, measure the character of the transformations caused by the internet in humanity

Resumo. O presente artigo procura sintetizar de forma objetiva sob quais circunstâncias ocorreu o surgimento da internet no Brasil e no mundo, quais as finalidades da sua criação, além das evoluções percebidas durante a sua existência e o que esperar em relação ao seu futuro. A partir de alguns fatos históricos, mensurar o caráter das transformações ocasionadas pela internet na humanidade.

1. Introdução.

Milhões de usuários todos os dias utilizam a rede mundial de computadores para todos os tipos de serviços e aplicações. Sejam lendo um e-mail, passando por uma pesquisa em uma ferramenta de busca, a compra de produtos, além da conexão as redes sociais. Há algumas décadas essas ações eram impossíveis de serem realizadas. As inovações nas áreas das Telecomunicações e da Informática (especialmente com a Internet) foram determinantes para a construção desse cenário e de um mundo globalizado como hoje conhecemos. Vista atualmente como um simples fato da vida moderna, a internet não é mais um luxo ou simples questão de opção para uma pessoa utilizar e dominar o manuseio e serviços disponíveis, pois é considerado o maior sistema de comunicação desenvolvido pelo homem.

           Embora seja relativamente nova, a internet é uma tecnologia que sofreu diversas mudanças e sofreu inúmeras evoluções. Os tipos de mídias suportadas, a demanda de informações solicitada, a diversidade de aplicações e serviços oferecidos, todos são exemplos do grande salto dado pela internet e suas tecnologias adjacentes. Mas o que devemos entender quando falamos da internet? De forma objetiva, a Internet é um conjunto de redes de computadores interligadas que tem em comum um conjunto de protocolos e serviços, de uma forma que os usuários conectados possam usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance mundial. Pela forma intuitiva que a internet hoje é utilizada, a sensação é que se trata de uma ferramenta trivial, porém para ter real noção da sua complexidade e de todas as características que fazem dela esta ferramenta poderosa, é necessário voltar ao inicio da sua concepção, entender os elementos que auxiliam o seu uso e os fatores que a tornaram indispensável na atualidade.

2. A Criação da Internet e a Difusão Mundial.

O esboço da internet tem início durante a Segunda Guerra Mundial, quando pesquisas foram impulsionadas com o propósito de rastrear informações, identificar e consequentemente eliminar bases inimigas. Mas o seu surgimento tem relação com a Guerra Fria, no qual estavam envolvidos EUA e URSS (antiga União Soviética), período marcado pela tensão entre as duas potências.

           Os EUA já possuía uma rede que interligava os departamentos de defesa e bases militares neste período. Porém havia um problema, toda a comunicação passava por um computador central que ficava localizado no Pentágono. Sendo assim, a comunicação americana mostrava-se bastante vulnerável, bastando aos soviéticos bombardear o Pentágono para comprometer todo o sistema de defesa norte americano.

             Foi então que em 1969 a empresa ARPA (Advanced Research and Projects Agency) desenvolveu a ARPANET, uma rede do departamento de defesa dos EUA que tinha como objetivo interligar todo o seu sistema de defesa e pesquisa sem as vulnerabilidades identificadas na rede anterior.

             Nos anos 1970, as universidades e outras instituições que faziam trabalhos relativos à defesa tiveram permissão para se conectar à ARPANET. Os pesquisadores que mantinham a ARPANET estudaram como o crescimento alterou o modo como as pessoas usavam a rede. Anteriormente, os pesquisadores haviam presumido que manter a velocidade alta o suficiente seria o maior problema, mas na realidade a maior dificuldade se tornou a manutenção da comunicação entre os computadores.

             Em 1972, a ARPANET foi rebatizada DARPANET em que o D significava Defense e lembrava que a rede dependia do Pentágono o qual financiava os investimentos para a ligação entre computadores geograficamente afastados de modo a ser permitido o seu acesso remoto e a partilha de fontes de dados.

             Surge então a ideia da criação de uma “International Network” – rede
internacional – e de uma “Interconnected Networks” – conexão de redes regionais
e nacionais nos USA que não comunicavam entre elas. Essas expressões dariam inicio a nomenclatura da internet.

             Entre 1973 e 1978 uma equipe de investigadores coordenados por Vinton Cerf
no SRI (Stanford) e Robert Kahn na DARPA desenvolveram um protocolo que assegurava a interconexão de redes diferentes de computadores. Este protocolo denominou-se TCP/IP (Transmission Control Protocol e Internet Protocol) que substituiu totalmente o NCP em 1983. Entretanto o controlo da ARPANET foi transferido, em 1 de Julho de 1975, para a US Defense Communications Agency conhecida pela sigla DISA (Defense Information Sistems Agency). A operacionalidade e controlo da ARPANET eram então totalmente executados pela Secretaria de Estado da Defesa dos USA. Este financiamento deu origem à construção da rede local Ethernet que para além da utilização do rádio também suportava a transmissão por
 cabos coaxiais. No princípio do ano de 1980 a ARPANET foi dividida em duas redes. AMILNET que servia as necessidades militares e a ARPANET que suportava a investigação. O Departamento de Defesa coordenava, controlava e financiava o desenvolvimento em ambas as redes.
A NSF – National Science Foundation –, criada em 1975, não via com bons
olhos o domínio dos militares sobre as redes de comunicação de dados e decidiu
construir a sua própria rede denominada CSNET - Computer Science Network –
com o objetivo de conectar todos os laboratórios de Informática dos USA.

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