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O Algoritmo das Big Techs e a Ameaça à Privacidade Digital

Por:   •  30/6/2023  •  Artigo  •  2.516 Palavras (11 Páginas)  •  57 Visualizações

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Universidade Federal de Santa Catarina

Disciplina: INE5621 - Informática e Sociedade

Aluno: Jefferson Luis dos Reis (20204246)

O Algoritmo das Big Techs e a Ameaça à Privacidade Digital

  1. Resumo

Este artigo aborda o crescente papel dos algoritmos das Big Techs como uma ameaça à privacidade digital. Explora as implicações dessa ameaça em termos de coleta e uso de dados pessoais, vigilância em massa, viés algorítmico e manipulação de informações. Além disso, discute a necessidade de regulamentação e de conscientização pública sobre o assunto.

  1. Introdução

As grandes empresas de tecnologia, conhecidas como Big Techs, desempenham uma grande coleta de dados pessoais e na invasão da privacidade digital dos usuários. Embora que afirmam utilizar essas informações para oferecer serviços personalizados e aprimorar suas plataformas, essas coletas geralmente são realizadas sem o verdadeiro conhecimento e consentimento dos usuários comuns da internet. Usando termos extensos e complicados, além de bloquear o uso para caso não aceitação, o usuário é obrigado e não sabe para onde vai seus dados.

As Big Techs utilizam diversas técnicas para coletar dados pessoais, infringindo a privacidade digital dos usuários. Usando um grande rastreamento online, por vários meios digitais, monitora a vida do cidadão na internet. Com isso, as Big Techs tornam-se as maiores empresas do mundo e lucram imensamente com essas informações, vendendo as informações de seus usuários a qualquer custo.

Os algoritmos das plataformas também desempenham grandes operações das Big Techs, de tamanho valor que é considerado um dos maiores patrimônios das empresas. Permitindo além do processamento de grandes volumes de dados e personalização da plataforma, a inserção de viés e manipulação de dados ao usuário e propaganda ofensivas. Também há o evento de criação de bolhas de informação pela internet, através dos algoritmos de recomendação, em que os usuários são expostos apenas a conteúdos que reforçam suas próprias visões e perspectivas, sendo preconceitos e polarizações, além da disseminação de fake news.

Nesse artigo iremos analisar esses pontos e o poder dos algoritmos com a influências dessas grandes empresas de tecnologias na vida dos usuários, fora das redes, com a importância de uma manutenção na democracia digital dos usuários e seus dados.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Coleta de Dados Pessoais pelas Big Techs e o seu Valor de Mercado

As grandes empresas de tecnologia, que podemos chamar de Big Techs, possuem um grande papel na coleta de dados pessoais dos usuários. A fim de oferecer serviços personalizados, anúncios específicos (direcionados) e aprimorar suas plataforma em geral, essas grandes empresas empregam formas e meios sofisticados de coleta de dados. Porém, muitas vezes essa coleta vem sem a real conscientização do usuário, ele não sabe realmente o que essas empresas estão coletando dele. Pois, quem lê aqueles enormes termos de uso ao entrar em uma plataforma? E quem garante que cumprem aquilo?
        E quando demonstrado os termos de serviço e condições, não há opção de recusar, pois ficará sem o serviço. E caso o usuário tenha o interesse de tentar entender o que a empresa fará com seus dados, se depara com grandes termos de serviço complexos e longos, geralmente apresentados em linguagem jurídica de alto nível, não serão entendidos por usuários comuns, assim como que o Brasil possui uma população com 29% sendo considerada analfabeta funcional (G1 - Globo, 12 de Novembro de 2021. Disponível em:
https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/prefeitura-municipal-de-jaragua-do-sul/viver-jaragua/noticia/2021/11/12/analfabetismo-funcional-atinge-29percent-da-populacao-brasileira.ghtml )

Como dito, essas Big Techs utilizam de várias maneiras para coletar os dados pessoais de seus usuários, infringindo sua privacidade digital. Uma das principais técnicas é o rastreamento online, em que cookies, monitoramento de ações e outras tecnologias podem ser usadas para monitorar a atividade dos usuários na internet. Isso vai de cliques, preferências, localização geográfica, interesses em redes sociais, consumos de entretenimento, etc. Sendo uma grande vigilância em cima do usuário, em qualquer momento e rede.

        Além disso, os próprios usuários podem acabar fornecendo dados diretamente a essas empresas, no uso de serviços e aplicativos fornecidas por essas. Ao criar contas, as vezes torna-se necessário preencher formulários, até com dados sensíveis (endereço, sexo, idade, etc). Podem parecer dados simples se analisados de forma separada, mas se olharmos esse conjunto de vários anos de coletas de dados, pode conter uma vida inteira de rastreamento online.

Com tanta informação de uma pessoa, as Big Techs lucram em cima disso. Citando a frase: “Se você não paga, você é o produto”, do documentário “Dilema das Redes”, presente na Netflix, pode demonstrar o real interesse dessa grande coleta de dados, além da personalização da rede. Retirando um trecho de uma notícia da CNN Brasil deste ano, que demonstra o tamanho dessa riqueza das Big Techs: “O valor de mercado de Apple, Amazon, Meta, Microsoft e Alphabet no final de 2022 era de US$ 6,17 trilhões contra US$ 7,28 trilhões no dia 3 de fevereiro de 2023 o que representa crescimento de US$ 1,11 trilhão no ano de 2023. Para demonstrar a amplitude do crescimento, a pesquisa aponta que todas as empresas listadas na B3 valem US$ 810 bilhões.” (Zanatta, Pedro; CNN Brasil, 03 de Fevereiro de 2022. Disponível em:https://www.cnnbrasil.com.br/economia/big-techs-ganharam-us-11-trilhao-em-valor-de-mercado-em-2023-diz-pesquisa )

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The World's Largest Tech Companies In 2023 (“Forbes' Global 2000 2023”)

2.2 O Algoritmo das Big Techs e os seus Viés

O termo “algoritmo”, que é usado em qualquer programação básica, nas Big Techs tem um “sentido maior”, pois são baseados através de grande complexidade e desenvolvimento, para a manutenção dos serviços dessas empresas, como Google, Facebook, Amazon, Apple e Microsoft.

Esses algoritmos, em suma, foram projetados para conseguir processar os enormes volumes de dados e tomar decisões automatizadas a partir de uma base de padrões identificados neles. São de grande importância para a personalização de conteúdo, seleção de anúncios/produtos, filtragem de postagens/conteúdos que o usuário possui interesse, entre outras funções aplicadas por essas empresas.

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