TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Pesquisa Artur Ávila

Por:   •  8/6/2025  •  Trabalho acadêmico  •  891 Palavras (4 Páginas)  •  46 Visualizações

Página 1 de 4

ARTUR ÁVILA

Artur Ávila Cordeiro de Melo, nascido, em 1979, na cidade do Rio de Janeiro, filho de Raimundo Nonato Cordeiro De Melo e de Lenir Letiere de Ávila, é um matemático brasileiro-frânces quem ficou conhecido por ser o primeiro lusófono, falante da língua portuguesa, a receber a Medalha Fields, importante condecoração conhecida como o “Prêmio Nobel da Matemática”.

Até os 15 anos, estudou no Colégio São Bento, mas sempre adquiriu material didático mais avançado para continuar estudando. O carioca iniciou a carreira ao participar de olimpíadas de Matemática, entre 1992 e 1995, época quando, aos 16 anos, ganhou uma medalha de ouro na Olimpíada Mundial de Matemática e, através das competições, descobriu o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), onde começou os estudos em 1995, apesar de ainda cursar o ensino médio no Colégio Santo Agostinho. Em 2001, recebeu o doutorado pelo Impa, sob orientação de Wellington de Melo e, em 2003, entrou para o Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, país onde concluiu o pós-doutorado, estabelecendo-se como uma das mentes mais brilhantes da matemática contemporânea.

O currículo de matemática do tradicional Colégio São Bento, do Rio de Janeiro, onde o pesquisador estudou até os 15 anos, não foi suficiente para suprir seu apetite acadêmico. Desde o ensino fundamental, Artur adquiria material didático mais avançado para ampliar seu conhecimento na disciplina. (Manzoni, C. [2022]. IMPA. Beleza da matemática ‘só se revela a quem a explora a fundo’).

No dia 12 de agosto de 2014, Ávila recebeu a Medalha Fields - entregue desde 1936 pela União Internacional de Matemática (IMU, na sigla em inglês), à até quatro matemáticos com menos de 40 anos, que tenham realizado contribuições excepcionais à área. - tornando-se o único pesquisador formado no Hemisfério Sul a receber a honraria, fator que levou o Brasil a ocupar uma das posíções mais importantes no campo matemático: o Grupo 5, grupo de elite integrado pelos países mais avançados na disciplina. Mesmo antes de ganhar a Medalha, o brasileiro, que conta com mais de 50 papers publicados, já gozava de enorme prestígio nos círculos matemáticos. Casado com uma pesquisadora da área de economia e sem filhos, em 2016, naturalizou-se cidadão frânces, e alternava “períodos na Europa com estadias no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, no Rio de Janeiro.” (NOGUEIRA, S., 2017), até 2018, quando tornou-se professor na Universidade de Zurique na Suíça.

Ávila contribuiu para com a Matemática de formas expcionais; segundo Nogueira (2017), “o brasileiro é um especialista em sistemas dinâmicos, ou seja, sistemas que são regidos por regras matemáticas e evoluem com o passar do tempo.” Ele utilizou renormalização para os estudos e desenvolveu novas tecnicas para entender o comportamento de sistemas dinâmicos reais- cujo objetivo é desenvolver uma teoria capaz de prever a evolução a longo prazo de fenômenos naturais e humanos-, assim explicando a transição entre um comportamento ordenado e o caos. Os métodos se tornaram referências mundiais em pesquisas e estudos em sistemas que continuam em evolução, como previsões climáticas e simulações de tráfegos, além de ter reflexos em áreas como economia e engenharia.

Além disso, publicou sobre a Conjectura dos Dez Martinis – no qual resolveu um antigo problema explorando as estabilidades de um sistema com perturbações complexas, tratando da natureza do espectro de operadores importantes na física quântica, como o de Schrodinger, e mudou a forma de físicos e matemáticos enxergarem os materiais de simetria não periódica, dando espaço ao desenvolvimento de novos materiais, além de ser um marco na união da matemática e física teórica.

Por ser o primeiro latino-americano, vindo de um país com menos tradições em pesquisas matemáticas, a ganhar a Medalha Fields, tornou-se um símbolo de esperança a outros jovens matemáticos, apesar de não acreditar que a existência do prêmio possa apresentar, por conta própria, um grande incentivo aos mais novos. Segundo o pesquisador “A existência de um prêmio como esse não leva as pessoas a fazerem matemática, porque é um objetivo não muito razoável vencer uma competição que depende de muitos fatores, alguns que você controla, outros não, por mais que você trabalhe duro. (...) Nas dificuldades, os alunos se questionam: “por que vou entrar nessa carreira se o Governo daqui a pouco corta o financiamento?” ou “por que eu estou fazendo meu doutorado se não terei muitas perspectivas de me posicionar depois?”. A pessoa vai considerar isso e talvez tome a decisão de não entrar na carreira científica.”

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6.1 Kb)   pdf (90.6 Kb)   docx (10.9 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com