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Teste de Turing

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Por:   •  4/12/2014  •  Seminário  •  1.431 Palavras (6 Páginas)  •  316 Visualizações

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O teste de Turing

Segundo muitas correntes de pensamento ligadas à ficção científica, a inteligência artificial será uma meta a atingir em vez de ser um limite inatingível. Computadores com a capacidade de pensar e sentir, tal como um ser humano. É nisto que o famoso matemático Alan Turing acreditava, ao ponto de comparar a mente humana a um programa.

Fig.1) Alan Turing.

Com esta meta em mente, Turing criou um teste com o qual poderia determinar a existência de inteligência neste caso com o objectivo de identificar e provar a existência de Inteligência Artificial (IA), teste este que foi apelidado de “Teste de Turing”.

O “Teste de Turing” envolve duas pessoas e um computador, o suposto possuidor de IA. Uma das pessoas e o computador permanecem numa única sala, enquanto que a outra é colocada numa sala à parte. Esta última, a que ficou separada dos restantes membros do teste será um interrogador. Este interrogador terá o trabalho de fazer perguntas sucessivas tanto ao humano como ao computador, perguntas estas que tem como objectivo a descoberta de qual dos membros é o computador e qual o humano. O interrogador não poderá ver qualquer dos membros a qual vai fazer as perguntas, mas poderá perguntar o que quiser de modo a desmascarar o computador. Esta, no entanto não será uma tarefa fácil para o interrogador pois o computador irá tentar enganá-lo. O próprio Turing imagina a seguinte conversa:

Pergunta: Por favor, escreva-me um soneto sobre Forth Bridge.

Resposta: Não conte comigo para isso. Nunca conseguiria escrever poesia.

Pergunta: Some 34957 e 70764.

Resposta: (Pausa de cerca de trinta segundos à qual se segue a resposta) 105621.

Pergunta: Joga xadrez?

Resposta: Sim.

Pergunta: Tenho o rei em e8 e nenhuma peça. Você tem, apenas o rei em e6 e uma torre em a1. É a sua vez de jogar. Qual é o seu lance?

Resposta: (Depois de uma pausa de 15 segundos.) Torre para a8. Xeque-mate.

Fig.2) Representação do teste de Turing.

Nalgumas respostas é possível reparar em vários intervalos de tempo ou de “pensamento”, mas isso não é necessariamente uma prova ou inexistência de IA. Isto porque o próprio computador pode estar programado para demorar determinado tempo a responder a certa pergunta de maneira a enganar o interrogador. Este terá de usar perguntas que levem a máquina a denunciar a sua identidade. Uma só experiência não é suficiente para a comprovação do “Teste de Turing”, serão necessários vários destes testes para que se retirem conclusões concretas. Após alguns testes se pelo menos 50% dos interrogadores falharam ao identificar a máquina então é possível dizer com certezas que a máquina tem inteligência, isto segundo este teste é claro. Pode-se dizer que o computador tem um desempenho verbal indistinguível do de um humano, o que para os defensores deste teste evidencia a existência de inteligência.

Segundo este teste pode-se concluir que a melhor prova de pensamento consciente e consequentemente inteligência é o discurso. Logo, é perfeitamente plausível que segundo este critério se atribua a designação de possuidor de inteligência a uma máquina ou qualquer ser sintético que passe no “Teste de Turing”.

É de reparar que o próprio Alan Turing acreditava que em 2000, 50 anos depois da criação deste teste, já existiriam computadores que continham esta capacidade de pensar. Embora esta suposição não se tenha comprido o seu teste continua válido.

Argumento do Quarto Chinês

IA forte e IA fraca

John Searle (n. 1932) distingue a IA forte da IA fraca, opondo-se à IA forte que se define pela seguinte perspectiva: «Um computador apropriadamente programado, que passe o teste de Turing, terá necessariamente uma mente». Searle defende uma perspectiva diferente, a IA fraca em que «Um computador apropriadamente programado pode simular processos mentais e ajudar-nos a compreender a mente, mas isso não significa que tenha uma mente, mesmo que passe o teste de Turing».

Fig.3) John Searle.

Para Searle esta é a única perspectiva aceitável, pois as simulações computacionais do funcionamento da nossa mente, desenvolvidas pelos investigadores da IA, podem ajudar-nos a compreender melhor a nossa mente. Para refutar a IA forte, este filósofo propõe um argumento baseado numa experiência mental: argumento do quarto chinês.

Definição do argumento

Searle defende o argumento do quarto chinês que tem a seguinte teoria: supondo que uma certa pessoa, cujo nome poderá ser António, está fechada num quarto (“quarto chinês”), no qual existem cestos cheios de rabiscos estranhos que, para ele, não têm significado nenhum. Nesse quarto, existe também um livro com regras em português (supondo que o António é português) que serve para manipular os rabiscos em função do seu aspecto visual; também existente no quarto uma abertura na porta à qual chegam de vez em quando novos papéis com rabiscos.

Ora, o António, com a ajuda do livro, vai engendrando os rabiscos de acordo com as regras que vêm no livro. Porém, o António não sabe que esses tais rabiscos são perguntas em chinês colocadas por uma outra pessoa que domina a língua chinesa, e os símbolos, que quem está dentro do quarto envia para o exterior, são as respostas em chinês a essas perguntas.

Fig.4) Representação da pessoa que está a fechada no quarto.

A

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