TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

AUTORIDADE NA PRATICA DOCENTE: QUAIS AS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO

Por:   •  8/2/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.320 Palavras (6 Páginas)  •  86 Visualizações

Página 1 de 6

AUTORIDADE NA PRATICA DOCENTE: QUAIS AS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO

Araras

2021

INTRODUÇÃO

Historicamente a autoridade sempre foi vista como algo natural, de um pai aos filhos, do

professor aos alunos, de um chefe aos subordinados, em todas as relações de hierarquia social.

Atualmente vem sendo discutida devido às transformações que ocorreram na sociedade, e junto

com essas mudanças surgiram novos ideais, a liberdade e a autonomia. Nesse contexto a autoridade

ganhou sentidos cada vez mais pejorativos, sendo vista como algo que ameaça a emancipação e a

individualidade de cada pessoa, dessa forma, precisa ser combatida nas relações familiares e

escolares.

Em contrapartida a essas concepções, profissionais e estudiosos da área do

desenvolvimento da criança e do adolescente, afirmam que os pais e os educadores precisam

delimitar linhas e ações para a educação dos pequenos, visto que uma certa imposição de respeito

é necessária para a formação de valores e caráter social.

A sociedade no geral não tem bem definido o conceito de autoridade, carregando sentido

ambíguo e contraditório, principalmente em âmbito escolar. Para muitos é uma forma de poder

que o professor tem sobre seus alunos para disciplina-los. Esse pensamento traz consigo a

hierarquia dentro de uma sala de aula, isso quer dizer que o docente é a autoridade máxima e os

alunos são obrigados a acatar todas as suas ordens. E tem-se também a autoridade como maneira

de impor limites, de saber dizer ‘’não’’ quando necessário. Mas quais são as consequências dos

dois tipos de autoridade exercidos em sala de aula, é possível ter autoridade na formação de

cidadãos com autonomia e liberdade?

SITUAÇÃO VIVENCIADA

No estágio realizado de modo remoto no ENPE 2021 da Universidade Federal de São

Carlos (UFSCar), campus Araras, alguns alunos da escola particular da turma do 6° ano, relataram

que se sentiam mais à vontade e seguros em tirar as dúvidas que tinham com outras pessoas, como

por exemplo, colegas mais próximos, irmãos mais velhos e também quando havia algum estagiário

eventual na sala de aula.

Quando questionados do porque não iam diretamente ao professor, eles falaram que já se

sentiram intimidados e menosprezados pela atitude de algum docente anterior, no momento que

recorreram primeiramente a ele, e que agora possuem receio em pedir ajuda ao professor vigente.

Isso traz graves consequências na vida escolar de um aluno, visto que eles não se sentem

mais confortáveis com o docente, ficam com medo de perguntar e acabam mantendo consigo

Araras

2021

aquela dúvida e as demais que virão. Além disso, passam a enxergar qualquer educador como uma

figura autoritária, que amedronta os estudantes.

DESENVOLVIMENTO

Alguns autores acreditam que autoridade é sinônimo de poder, obediência e também

domínio. Destacam que a educação só se dá por meio desses três adjetivos, com o poder que é

obtido a partir da autoridade exercida, é conquistado a obediência e por consequência o domínio.

Por exemplo, para Émile Durkheim (1972, p. 53-54):

[...] a educação deve ser um trabalho de autoridade. [...] Para

aprender a conter o egoísmo natural, subordiná-lo a fins mais altos,

submeter os desejos ao império da vontade, conformá-los em justos

limites, será preciso que o educando exerça sobre si mesmo um grande

trabalho de contenção. [...]

De acordo com ele, o professor precisa fazer com que os alunos respeitem um conjunto de

regras já determinadas, e para fazer isso, ele tem que ter autoridade e é primordial que ele seja um

exemplo de conduta ética e moral. Só assim as crianças vão adquirir crenças, valores, hábitos e

atitudes esperadas socialmente. Nessa mesma perspectiva Willard Waller acredita que o papel da

escola e do professor é transmitir além de valores, o conhecimento, porém na base da obrigação

(1932, p. 355):

É apenas porque os professores desejam obrigar os alunos a estudar que

algum desprazer aparece sempre a frustar a sua relação. Definimos a

escola como um lugar onde as pessoas se encontram para o objectivo de

dar e receber instrução. Se este processo não fosse forçado, se fosse

permitido aos alunos só aprenderem aquilo em que estivessem

interessados, aprendendo à sua maneira, e aprenderem não mais do que

aquilo que gostassem, se a ordem não fosse considerada uma condição

necessária para a aprendizagem, se os professores não tivessem que

obrigar os alunos a realizar tarefas, mas sendo apenas ajudantes e amigos

então a vida na sala de

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.6 Kb)   pdf (51 Kb)   docx (12.7 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com