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Adsorção de Corantes Sintéticos a Partir de Resíduo Orgânico

Por:   •  17/10/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.405 Palavras (14 Páginas)  •  125 Visualizações

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CENTRO PAULA SOUZA ESCOLA

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL TIQUATIRA

Técnico em Química

ADSORÇÃO DE CORANTES SINTÉTICOS Á BASE DE RECURSOS ORGÂNICOS

Andrade, Alessandra; Alves, Anderson; Nunes, Hélio

Orientadores: Prof. Leandro Erico Batista e Prof. Marcos Sergent

Resumo: Proteção ambiental, um termo que vem ganhando cada vez mais espaço nas mídias sócias e no nosso dia a dia. Precisamos analisar se apenas por modismo ou por necessidade.

Nosso artigo pretende demonstrar a necessidade de sairmos da nossa zona de conforto e praticarmos o que aprendemos. Não a mais tempo de espera.

É muito fácil creditar a poluição ambiental da indústria do petróleo, mas não enxergamos que a indústria têxtil é uma das grandes vilãs do meio ambiente, ocupando a segunda posição no ranking.

Utilizando calças ou malhas de poliéster, saiba que a fibra sintética utilizada em sua confecção, leva 200 anos para se decompor e utiliza mais de 200 milhões de barris de petróleo todo ano, para se produzir.

Outro agravante são as lavagens industriais, processo pelo qual são utilizados corantes, gerando uma grande quantidade de resíduos, que nem sempre são tratados de forma adequada e muitas vezes apresentando metais pesados em sua composição. Se não forem tratados adequadamente esses resíduos irão contaminar o meio ambiente.

Nosso artigo sugere uma forma de reaproveitamento de um resíduo orgânico barato e em abundância na natureza, a casca de banana, como uma maneira para amenizar os problemas causados.

Palavras-chaves: Proteção ambiental; Poluição; têxtil; Industriais.

ABSTRACT: Environmental protection, a term that has been gaining more and more space in the media and our daily life. We need to analyze if only by fad or by necessity.

Our article intends to demonstrate the need to leave our comfort zone and practice what we learn. No more waiting time.

It is very easy to credit the environmental pollution to the oil industry, but we do not see that the textile industry is one of the great villains of the environment, occupying the second position in the ranking.

If you use polyester pants or knitwear, know that the synthetic fiber used in its manufacture takes 200 years to decompose and uses more than 200 million barrels of oil each year to produce.

Another aggravating factor are industrial washes, a process by which dyes are used, generating a large amount of waste, which is not always properly treated and often presenting heavy metals in its composition. If not treated properly these residues will contaminate the environment.

Our article suggests a way of reusing an inexpensive organic waste in abundance in nature, banana peel, as a way to soften the problems caused

Keywords: Environmental protection; Pollution; textile; Industrial.

INTRODUÇÃO

O desenvolvimento econômico tem proporcionado grandes benefícios a sociedade em geral, tais como alimentícios, tecnológicos e de serviços. Porém esses benefícios também geram uma grande quantidade de resíduos que em muitos acabam poluindo o ar, lençóis freáticos, rios e até mares. Por não sabermos como lidar como esses resíduos, acabamos descartando de forma errada, uma conscientização de toda a nossa população é necessária para que possamos continuar a usufruir o que a natureza nos dá, ou num futuro breve não teremos condições de viver no nosso planeta.

O carvão ativado é uma alternativa, muito utilizada pela humanidade, tendo a capacidade de coletar gases, líquidos e impurezas no interior de seus poros altamente adsorventes, sendo dessa forma vastamente utilizado em processos de filtragem. Porém a sua utilização possui uma vida muito baixa, um custo de produção alto.

A banana é o segundo fruto mais consumido no mundo, no Brasil, cerca de   7 milhões de toneladas são produzidas atualmente; sua casca representa em torno de 30 à 40% do fruto, sendo que quase sempre é descartado no lixo.

A casca pode ser usada em rações animais, como adubo orgânico e em farinhas para suplementos nutricionais. É um fruto bastante versátil tendo uma vasta utilização e o que pretendemos mostrar é mais uma utilidade, assim eliminando mais um resíduo e criando um produto natural para combater os efeitos da poluição.

  1. Indústria Têxtil.

A indústria têxtil é um setor que emprega milhares de pessoas no mundo, gerando renda e sugerindo tendências que podemos ou não seguir. É famosa, também, por ser uma das que mais escravizam no planeta, é constante encontrar pessoas que trabalham mais de doze horas, em condições sub-humanas e sem seus direitos garantidos.

O setor de tingimentos, dentro da indústria têxtil, é um dos maiores contaminantes do planeta, na China e em outros países, são produzidos bilhões de litros de água contaminada quimicamente e que são despejados frequentemente em rios, levando seu conteúdo tóxico aos mares e se espalhando por todo o planeta (Tania Neiva, 2016).

  • Corantes.

O uso de corantes para tingimento não é uma pratica atual, esse habito já exista há mais de dois mil anos. Essa pratica era muito utilizada de forma natural, onde os pigmentos eram extraídos exclusivamente de plantas. Mas com a evolução tecnológica, novos processos foram adquiridos e os corantes passaram a ser sintéticos. Sendo produzidos em diversas cores e tonalidades, além de apresentarem alta resistência, como por exemplo, exposição à luz, lavagem e transpiração.

Corantes são compostos cuja finalidade é conferir à um certo substrato cor, sob as devidas condições de processo. A partir de 1856 a cor púrpura e os corantes de um modo geral, que só eram obtidos a partir de fontes naturais, estavam com seus dias contados, isto devido à fantástica descoberta acidental do químico inglês William Henry Perkin (1838–1907). Com a idade de apenas 18 anos, em um pequeno laboratório que se encontrava nos fundos de sua casa, Perkin decidiu tentar a síntese da quinina, uma substância natural utilizada até hoje em dia no combate à malária, e que na época sua estrutura era desconhecida. Perkin utilizou o alcatrão de carvão, que continha uma mistura de anilina e toluidinas e oxidou-a em presença de dicromato de potássio (K2CrO4), obtendo assim um sólido negro nada promissor. No entanto, ao diluir esse sólido com água ou álcool obteve inesperadamente soluções de cor púrpura, verificando fascinado que essa solução era capaz de tingir tecidos. Após conseguir separar a substância responsável pela cor púrpura do sólido negro, o corante foi denominado por Perkin de púrpura de Tiro, em homenagem ao já citado corante púrpura extraído dos moluscos e, posteriormente, denominado de Mauve (Mauveína) pelos franceses, nome adotado até os dias de hoje. Após sua impressionante descoberta, Perkin patenteou-a e, com a ajuda financeira do pai e do irmão, construiu uma fábrica para a produção da Mauve, desenvolvendo um excelente processo de tintura desse corante tanto em tecidos como em algodão. Perkin além de se mostrar um notável químico, foi também um excelente empresário e, aos 23 anos, já dominava a síntese dos corantes e fazia fortuna com suas descobertas. (SSCDT, 2016)

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