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Desenvolvimento de competências para área de química em nível médio: o que propoem os PCNs e a BNCC

Por:   •  27/3/2021  •  Projeto de pesquisa  •  2.830 Palavras (12 Páginas)  •  193 Visualizações

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Aluno: Jakelini de Jesus Marques

Nome do artigo: Desenvolvimento de competências para área de química em nível médio: o que propoem os PCNs e a BNCC

Autores: Licinio, Thais

Revista e ano: TCC (graduação) – Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Físicas e Matemáticas. Curso de Química, 2021.

Número de páginas: 36 páginas

Resumo do artigo: Os documentos oficiais da Educação Brasileira possuem o principal objetivo de nortear os currículos nacionais e promover a democratização do ensino no país, sob perspectiva de aumento da qualidade da Educação Básica pública. Nessa perspectiva, esses documentos são responsáveis pela organização e sistematização de currículos escolares com caráter norteador. O presente trabalho teve como objetivo estudar dois documentos norteadores da Educação Básica Brasileira: Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, em sua versão PCN+ e a atual Base Nacional Comum Curricular (BNCC), buscando compreender possíveis continuidades e modificiações com relação ao proposto para competências a serem desenvolvidas pelos estudantes mediante os conhecimentos da área de Química em nível médio. Para o desenvolvimento desse trabalho, realizou-se análise documental dos documentos citados. Os principais resultados desta pesquisa demonstram que a atual BNCC dispõe de conteúdos teóricos e conceituais superficiais se comparado ao documento PCN+. Por sua vez, o documento PCN+ apresenta um vasto esclarecimento sobre as competências gerais da área da Química, o que não foi verificado no texto da BNCC, que condensa as áreas de Química, Física e Biologia em Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Nesse sentido, verificou-se possíveis indícios de retrocesso neste documento norteador.As principais considerações finais partem do entendimento de que um documento que tem a função de orientar os currículos escolares da educação básica deve contemplar concepções teóricas bem consolidadas pela comunidade científica e docente, afastando-se de abordagens simplistas, visando formar estudantes que possuam a capacidade de refletir sobre as ações do indivíduo em uma sociedade dinâmica e suas implicações. Com isso, se faz imprescindível que a atual BNCC, diante de seu papel de importância na estruturação do currículo escolar da Educação Básica brasileira, disponha de um amadurecimento teórico e conceitual em suas próximas versões.

Conclusão do artigo: A trajetória histórica dos documentos oficiais da Educação demonstra que os PCN, especialmente o documento norteador PCN+ teve fundamental importância para o ensino de Química na perspectiva para a Educação Básica no Brasil, inserindo a perspectiva de promover o processo educacional visando a compreensão social, cultural e científica da sociedade, estabelecendo objetivos formativos para a formação de estudantes de maneira integral. Os PCN foram documentos que tiveram notória contribuição para o processo de escolarização no Brasil, introduzindo às orientações para a Educação Básica temas de natureza científica, possibilitando que novas práticas de interação e ministração de conteúdos fossem realizadas no ambiente escolar. Nessa mesma linha, os documentos posteriores mantiveram esta perspectiva. Nesse entendimento, o ensino de Ciências passou a ser a área do conhecimento onde haveria a possibilidade de questionamento e busca de soluções por questões sobre o cotidiano do aluno bem como sua comunidade, levando-se em considerações as capacidades estabelecidas para cada etapa da educação no ensino básico, destacando o Ensino Fundamental. Os PCN tiveram grande contribuição nesse sentido, uma vez que influenciavam o aluno a realizar a interpretação de situações vivenciadas, conduzindo estas indivíduos a interpretar e agir a partir de comparações, estabelecendo relações e tomando decisões importantes para a aprendizagem. A atual BNCC apresenta caráter normativo, tendo o objetivo de definir as aprendizagens essenciais aos estudantes da Educação Básica. Ao longo de sua análise, verifica-se a existência de generalidade sobre o papel de professores e estudantes, conferindo orientações gerais ao processo educacional. O currículo estabelecido pela BNCC apresenta uma reformulação do sistema educacional e das redes escolares, orientando a ministração de conteúdos importantes ao processo de ensino e aprendizagem. Após um longo período de anos de espera e muitos debates depois, o Brasil finalmente conseguiu estabelecer uma Base Nacional Comum Curricular de Ensino, fazendo com que, desde as séries iniciais, o aluno tenha 33 parâmetros de aprendizado que norteiam o estabelecimento de um currículo escolar igualitário, onde as ideias que são desenvolvidas no início da vida estudantil sejam os mesmos durante toda sua trajetória, servindo de base também para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). No entanto, essas bases de ensino não são unanimidade entre o corpo docente, pois o Brasil é um país continental, onde a estrutura das escolas e a formação dos professores divergem de região para região, inclusive havendo locais em que o ensino é precário, refletindo diretamente na qualidade do corpo docente. Ensinar química, seguindo as diretrizes da BNCC, deve ser algo que esteja atrelado a outras áreas da ciência, buscando a multidisciplinaridade, pois a ciência é sempre plural, nunca individual. Associar conhecimento científico e prática não é algo muito fácil, requerendo que o professor promova essa integração. No entanto, se as bases curriculares não dão autonomia e tornam engessado o currículo de ensino, como poderiam os professores superar essas barreiras e aproximar os saberes? As atividades do profissional/educador de ensino de ciências são bastante complexas e exigem uma formação específica que promova a integração entre o conteúdo específico e o conteúdo pedagógico, proporcionando assim a aproximação entre os saberes científicos, escolares e populares. Estudar química é algo que está interligado com a composição da matéria, assim torna-se uma ciência plural que precisa de professores com mentalidade ampla e autonomia para passar o conteúdo. Os afastamentos estão nas críticas em relação ao imenso tamanho do Brasil, e a falta de respeito que houve quando a BNCC foi criada das diferenças culturais, geográficas e econômicas. Outra crítica foi a participação de empresas na criação das bases curriculares, pois não são especialistas em Educação. Nesse sentido, em concordância com Leite e Ritter (2017), esperase que um documento orientador da educação brasileira não contemple concepções simplistas de Ciências e suas implicações na sociedade, de forma que a formação do estudante desenvolva nesse indivíduo a capacidade de refletir sobre a ação humana em todos os seus aspectos. Uma vez que o atual documento norteador da educação não cumpre em sua totalidade com os conteúdos mínimos para a promoção de uma educação 34 pública de qualidade, distanciando-se do aprofundamento teórico e conceitual proposto pelo anterior PCN+, se faz pertinente a defesa da superação de conteúdos genéricos e memorizados, sendo necessária a ampliação da gama de conteúdos da área de Química a serem abordados no Ensino Médio sob perspectiva temática, investigativa e exploratória. Com isso, se faz imprescindível que a atual BNCC, diante de seu papel de importância na estruturação do currículo escolar da Educação Básica brasileira, disponha de um amadurecimento teórico e conceitual em suas próximas versões.

Resenha crítica:

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