O Artigo Sobre O Uso Do Aplicativo Tabela Periódica Para Alunos Disléxicos
Por: Paula Freire Abreu Dias • 9/11/2023 • Artigo • 1.673 Palavras (7 Páginas) • 62 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA – campus VITÓRIA DA CONQUISTA
Paula Freire Abreu
ENSINO DE QUÍMICA PARA ALUNOS COM DISLEXIA E O USO DE APLICATIVO DIGITAL COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Vitória da Conquista – BA
2023
Paula Freire Abreu
ENSINO DE QUÍMICA PARA ALUNOS COM DISLEXIA E O USO DE APLICATIVO DIGITAL COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Pré-projeto apresentado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia como requisito para conclusão da disciplina de Pesquisa em Educação.
Orientador (a): Camilla Timpani Ramal
Vitória da Conquista – BA
2023
RESUMO
Este trabalho analisa o uso do aplicativo Tabela Periódica como ferramenta pedagógica no processo de ensino-aprendizagem da disciplina de Química para alunos com dislexia. A dislexia é um transtorno que dificulta a decodificação de palavras e identificação de símbolos, o que pode prejudicar o aprendizado dessa disciplina, que utiliza amplamente simbologias e terminologias específicas. Para superar essas dificuldades, é necessário adotar abordagens pedagógicas adaptadas e estratégias específicas. Recursos visuais têm se mostrado eficazes na compreensão dos conceitos químicos por alunos disléxicos, permitindo uma associação mais clara das informações e facilitando a assimilação dos conteúdos. Nesse contexto, o aplicativo Tabela Periódica se destaca como uma ferramenta pedagógica de grande potencial. Esse aplicativo oferece uma experiência interativa e visualmente atrativa, permitindo aos alunos explorar os elementos químicos de forma dinâmica. Conclui-se que o uso do aplicativo Tabela Periódica como ferramenta pedagógica no ensino de Química para alunos com dislexia é uma abordagem efetiva para superar as dificuldades de aprendizagem decorrentes desse transtorno.
Palavras-chave: Dislexia, ensino de Química, ferramenta pedagógica, Tabela Periódica, recursos visuais, dificuldades de aprendizagem.
- INTRODUÇÃO
A educação inclusiva é uma modalidade de ensino que vem sendo discutida amplamente na atualidade, dado que visa proporcionar a todos os alunos uma educação de qualidade em um ambiente inclusivo. De acordo com Santos e Oliveira (2020), "a educação inclusiva é um direito fundamental de todos os estudantes, independentemente de suas características individuais ou necessidades especiais" (p. 45).
Diversos aspectos podem prejudicar o processo de aprendizagem, contudo, pode-se destacar os transtornos do desenvolvimento intelectual e distúrbios genéticos. Dentre esses distúrbios, salienta-se a dislexia, que segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), é descrita como a dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração, sendo que essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem. De acordo com Moysés e Collares (1977), o transtorno está presente em cerca de 16% da população. Em razão ao alto índice populacional de indivíduos com dislexia, se faz necessário estudar metodologias alternativas para potencializar o processo de ensino-aprendizagem desse público.
No que se refere a aquisição do conhecimento das Ciências Exatas, especificamente a disciplina de Química, é comum utilizar amplamente simbologias relacionadas com as múltiplas áreas que compõe a disciplina. Os alunos com dislexia encontram um desafio ainda maior do que os demais, dado que o processo de decodificação das palavras e identificação de símbolos já é um obstáculo a ser enfrentado e ao se encontrar diante dessas simbologias e algarismos com significados científicos, esse desafio se torna ainda maior.
Diante dessa problemática o uso de ferramentas pedagógicas é de fundamental importância para contribuir no processo de ensino aprendizagem, dado que por meio dessas ferramentas o aluno poderá alcançar um melhor desempenho e poderá atingir as habilidades almejadas. Segundo Vieira et. al. (2018), atualmente o uso de recursos tecnológicos como ferramenta pedagógica tem crescido, visto que grande parte da população tem acesso a dispositivos móveis. Esses dispositivos fornecem ferramentas dinâmicas, interativas e que são de fácil acesso, além de estarem em constante evolução.
Partindo dessa perspectiva de usar recursos digitais como ferramenta pedagógica, o aplicativo intitulado “Tabela Periódica”, disponível gratuitamente para Android e IOS, pode ser utilizado como recurso visual para o ensino da disciplina de Química para alunos com dislexia no 1° e 2° ano do ensino médio. Este aplicativo apresenta a tabela periódica e todos os elementos que a compõe, sendo que cada elemento é apresentado juntamente com suas propriedades físicas e atômicas, ampliando o conceito da Tabela Periódica para além se símbolos e números sequenciados.
- A DISLEXIA E O ENSINO DE QUÍMICA
Ao analisar o ensino de Química para alunos com dislexia, é imprescindível o uso de abordagens pedagógicas adaptadas e estratégias específicas para superar as dificuldades no processo de decodificação de palavras e identificação de símbolos apresentadas por alunos disléxicos.
Os alunos disléxicos enfrentam diversos desafios em seu processo de ensino-aprendizagem, dentre esses desafios, Bicalho (2004) destaca a baixa autoestima que surgi devido à comparação com os colegas, frustrações relacionadas às dificuldades de aprendizagem e a falta de compreensão e apoio por parte dos educadores e da família. Além disso, a percepção negativa sobre si mesmo e a sensação de não ser capaz de acompanhar o ritmo dos demais colegas podem agravar a baixa autoestima. Logo, é fundamental pensar em metodologias que possam auxiliar esse aluno no seu processo de aprendizagem.
Segundo Souza (2016), é fundamental que os professores conheçam as características e dificuldades específicas enfrentadas por alunos com dislexia, analisando como essas especificidades irão implicar no processo de aprendizagem da disciplina de Química. As multiáreas que compõe a disciplina de Química fazem o uso de diversas simbologias e terminologias que podem confundir e frustrar o aluno disléxico, dado que sua dificuldade está diretamente relacionada com o processo de decodificação de símbolos e algarismos.
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