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Produção da borracha

Por:   •  13/4/2016  •  Resenha  •  648 Palavras (3 Páginas)  •  131 Visualizações

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Produção de Borracha

A produção de látex da seringueira no Brasil esteve no auge até início do século XX, quando a situação começou a mudar. A partir do ano de 1910 entra no mercado nacional, látex de seringueira de origem Asiática.

Segundo dados divulgados por Paulo Morceli técnico de análise da borracha natural da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), atualmente, 90 % da produção mundial de borracha se encontra nos países do Sudoeste Asiático, principalmente na Malásia, Tailândia e Indonésia. O Brasil é hoje o 9º produtor mundial ou seja, 1,40% do total a ser produzido em 2003. A produção nacional está concentrada nos estados de São Paulo (34%), Mato Grosso (29%) e Bahia (15%).

Uma pesquisa realizada pelo pesquisador Augusto Haumer Gameiro, do Cepea/Esalq/USP revela que, entre 1992 e 2002, o Brasil gastou US$ 1,082 bilhões com a importação de aproximadamente 1,215 milhões de toneladas de borracha natural. No mesmo período, a produção brasileira de borracha natural totalizou 693,5 mil toneladas, o que correspondeu a 36 % do total consumido pelo país, tendo atingido mais de 45 % em outros anos.

A utilização da borracha foi desenvolvida em função das diversas descobertas científicas promovidas durante o século XIX. Inicialmente, o látex era comumente utilizado na fabricação de borrachas de apagar, seringas e galochas. Anos mais tarde, os estudos desenvolvidos pelo cientista Charles Goodyear desenvolveu o processo de vulcanização através do qual a resistência e a elasticidade da borracha foram sensivelmente aprimoradas.

A vulcanização possibilitou a ampliação dos usos da borracha, que logo seria utilizada como matéria-prima na produção de correias, mangueiras e sapatos. A região amazônica, uma das maiores produtoras de látex, aproveitou do aumento transformando-se no maior pólo de extração e exportação de látex do mundo. No curto período de três décadas, entre 1830 e 1860, a exportação do látex amazônico foi de 156 para 2673 toneladas.

A mão-de-obra utilizada para a extração do látex nos seringais era feita com a contratação de trabalhadores vindos, principalmente, da região nordeste. Os seringueiros adotavam técnicas de extração indígenas para retirar uma seiva transformada em uma goma utilizada na fabricação de borracha. Não constituindo em uma modalidade de trabalho livre, esses seringueiros estavam submetidos ao poder de um “aviador”. O aviador contratava os serviços dos seringueiros em troca de dinheiro ou produtos de subsistência.

A sistemática exploração da borracha possibilitou um rápido desenvolvimento econômico da região amazônica, representado principalmente pelo desenvolvimento da cidade de Belém. Este centro urbano representou a riqueza obtida pela exploração da seringa e abrigou um suntuoso projeto arquitetônico profundamente inspirado nas referências estéticas européias. Posteriormente atingindo a cidade de Manaus, essas transformações marcaram a chamada belle époque amazônica.

No início do século XX, a supremacia da borracha brasileira sofreu forte declínio com a concorrência promovida pelo látex explorado no continente asiático. A brusca queda do

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