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Resenha cap 1,2 do livro a história do consumo no Brasil

Por:   •  17/10/2017  •  Resenha  •  864 Palavras (4 Páginas)  •  625 Visualizações

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Universidade de Pernambuco

Administração com Ênfase em Marketing de Moda / VIII Período

Laryssa Alves de Oliveira Florencio

Teorias de Consumo

VOLPI, Alexandre. A história do consumo no Brasil: do mercantilismo à era do foco no cliente. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Cap 1 e 2.

  1. Resumo: A Historia Do Consumo No Brasil, Capítulos 1 E 2.

Os capítulos 1 e 2 do livro A historia do consumo no Brasil, abordam principalmente o aspecto histórico das relações comerciais no país, então colônia recém descoberta pelos lusitanos, e como a maneira de exploração refletiu nos aspectos primordiais do mercantilismo no Brasil.

Comprar barato e vender mais caro sempre esteve presente na história do comércio, e as especiarias eram rentáveis por isso, pois garantiam retornos de 1500% há alguns de seus revendedores, então se sabe que a descoberta do território brasileiro se deu por ação acidental enquanto uma rota alternativa para as índias das especiarias era procurada. Devido à descoberta acidental e o real interesse nas índias a colônia só passou a ser colonizada e explorada a fundo 30 anos depois.

Após dar inicio a exploração em 1930 o potencial de recursos naturais e territoriais da recente colônia portuguesa começaram a ser descobertos, porém uma linha foi traçada, a de que tudo que fosse produzido na colônia seria destinado ao mercado externo, sem competir com a atividade comercial da metrópole, daí iniciou-se o primeiro ciclo econômico brasileiro: a exportação de pau-brasil. Essa política de mercantilismo, não contribuiu para o crescimento da classe comerciária no início da colonização. Outro ciclo iniciado após a recente chegada dos colonizadores foi o ciclo do açúcar. Quando o sistema açucareiro foi estabelecido, os escravos chegaram para intensificar a produção, que viabilizou o processo de colonização, e caracterizou o escravo como bem durável, onde representava também sinal de prestígio a quem os possuísse. A pecuária também se desenvolveu de forma paralela ao ciclo do açúcar, devido a necessidade de criação de bois para transporte da cana.

A crise mundial do açúcar no século 17, devido a popularização do mesmo, fez com que os olhos da metrópole se voltassem para outra área, nesse momento da história iniciou-se a busca pelo ouro e pedras preciosas, transferindo o eixo econômico para o centro-sul, gerando estagnação comercial nas donatárias. O ciclo do ouro lançou a semente do primeiro mercado interno do brasil, com a corrida do ouro e o comércio de produtos que surgiram pela recente descoberta, como por exemplo o setor de alimentos.

A partir do momento que a colônia começou a superar a corte, na metade do século 18, diante dos aspectos citados acima, começava a independência do brasil, que apesar de potencial concentrado na riqueza local sofreu 100 anos de estagnação pois o brasil estava diante de uma nobreza cega que visava apenas interesses próprios, com o mercantilismo e o monopólio abrindo espaço para o mundo capitalista e fabril, além do declínio do sistema escravista que sustentava boa parte dos engenhos e produções brasileiras. Porém  a cultura cafeeira  na segunda metade do século 19 deu um novo fôlego ao país e impulsionou de fato a independência, com a abolição da escravatura em 1888 e à construção das estradas de ferro.

  1. Análise

É possível observar, através do texto, que o grau de dependência do país, em âmbitos tecnológicos e industriais, não tão presentes nos dias atuais, mas ainda sim inferior ao esperado, tenha talvez herança vinda de uma colonização com exploração desenfreada, uma politica mercantil protecionista e altos impostos, sem ambição de crescimento econômico na colônia, que desestimulou os potenciais industriais e gerou atraso que possui herdeiros ainda hoje.

No texto é citada a diferença da então colônia dos estados unidos e a brasileira e seus potenciais de riqueza, que declarava o Brasil com grande potencial para ser a maior economia do novo mundo, que não teve êxito diante de uma colonização de caráter inteiramente exploratório, além da mentalidade elitista de uma minoria que definia quem comprava e o que compravam, dificultando o livre comércio, além das consequências claras do modelo escravista que perdurou tanto tempo no país, e impediu também o crescimento econômico, monopolizando o giro de moeda e riquezas. A parada no tempo dada pelo Brasil refletiu diretamente nas relações comerciais internas, pois sabe-se que trabalhadores remunerados compram e movimentam a economia, sendo assim a escravidão teve consequências, históricas para um povo que sofreu e lutou durante anos, e consequências econômicas para um país que passou 100 anos de estagnação.

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