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A Anemia Hemolítica

Por:   •  16/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  346 Visualizações

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Acadêmica: Silvana Gonçalves de Oliveira.     R.A.: 4884770930

Anemias

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o termo anemia (do grego, na = privação, haima = sangue) pode ser definido como a condição na qual o conteúdo de hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficiência. A hemoglobina é o pigmento dos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos.

Anemia é um termo que se aplica, ao mesmo tempo, a uma síndrome clínica e a um quadro laboratorial caracterizado por diminuição do hematócrito, da concentração de hemoglobina no sangue ou da concentração de hemácias por unidade de volume, em comparação com parâmetros de sangue periférico de uma população de referência. Em indivíduos normais o hematócrito e os níveis de hemoglobina variam de acordo com a fase do desenvolvimento individual, a estimulação hormonal, tensão de oxigênio no ambiente, a idade e o sexo. (BRAGA, 1995)

Segundo Lewis et al (2006), considera-se portador de anemia o indivíduo cuja concentração de hemoglobina é inferior a:

  • 13 g/dL no homem adulto;
  • 12 g/dL na mulher adulta;
  • 11 g/dL na mulher grávida;
  • 11 g/dL em criança entre 6 meses e 6 anos;
  • 12g/dL em crianças entre 6 e 14 anos de idade.

Estes valores foram definidos para o nível do mar, alterando-se significativamente em grandes altitudes (ZAGO, 2004).

Anemia Hemolítica

Anemia hemolítica (do grego haemo = sangue, lysis = ruptura) é uma anemia devido à ruptura das hemácias, ou seja, dos glóbulos vermelhos (hemólise) antes da sua vida normal saudável de 120 dias. Essa ruptura anormal de hemácias, nos vasos sanguíneos (hemólise intravascular) ou em outro lugar do corpo (extravascular), antes do tempo previsto, impossibilita a medula óssea de repor esses glóbulos.

Essa anemia possui diversas causas podendo ser inofensiva ou até mesmo ameaçar a vida. A classificação geral da anemia hemolítica é a de sua origem se é adquirida ou idiopática. O tratamento depende da causa e natureza da quebra das hemácias. Os glóbulos vermelhos são responsáveis por fornecer oxigênio para os tecidos do corpo.

Causas:

A anemia hemolítica pode ser congênita ou adquirida.

Congênita

  • Defeitos da membrana dos glóbulos vermelhos: esferocitose hereditária.
  • Defeitos na produção de hemoglobina: talassemias, anemia falciforme e anemia diseritropoiética congênita (essa última registrou o primeiro paciente curado recentemente: Bone Marrow Transplantation. 21 de março de 2017).
  • Metabolismo defeituoso dos glóbulos vermelhos: deficiência de glucose-6-fosfato desidrogenase e na deficiência de piruvato quinase.

Adquirida

  • Autoanticorpos: anemia hemolítica autoimune, doença hemolítica do recém-nascido, pós-micoplasmose ou pós-mononucleose. A anemia hemolítica autoimune ocorre quando o sistema imunológico identifica erroneamente seus próprios glóbulos vermelhos como corpos estranhos, desenvolvendo anticorpos que os atacam, destruindo-os prematuramente.

O organismo também pode destruir os glóbulos vermelhos devido a certos defeitos genéticos que fazem com que os mesmos assumam formas anormais (como a anemia de células falciformes e anemia hemolítica devido à deficiência de G6PD). Outras possíveis causas são: coágulos em pequenos vasos sanguíneos e transfusão de sangue de um doador com tipo sanguíneo que não corresponde ao seu.

  • Hemoglobinúria paroxística noturna: um tipo raro de anemia hemolítica intravascular induzida pelo sistema complemento.
  • Reação transfusional: ao receber sangue incompatível;
  • Infecção: Malária, Escherichia coli enterotóxico, Streptococcus hemolíticos
  • Linfomas e Leucemia linfoide crônica
  • Prótese de válvula cardíaca: anemia hemolítica leve em 70% e severa em 3% dos casos.
  • Efeito colateral de medicamentos como: acetaminofen, penicilinas, clorpromazina, ibuprofeno, interferon alfa, procainamida, quinina ou rifampicina.
  • Intoxicação por chumbo (Saturnismo).

Anemia Hemolítica Auto-Imune (AHAI)

A anemia hemolítica auto-imune (AHAI) consiste de um grupo de doenças cuja característica comum é a presença de auto-anticorpos, os quais se ligam aos eritrócitos e diminuem o tempo de sobrevida dessas células, por meio de sua remoção da circulação pelos macrófagos do sistema retículo-endotelial (BRAGA, et al.; 1998).

As causas de anemia hemolítica auto-imune permanecem desconhecidas. Algumas hipóteses são: a depressão do sistema imune através de ação viral; alteração do equilíbrio entre as células T facilitadoras e supressoras; alteração dos antígenos de superfície dos eritrócitos por vírus ou drogas e; possível reação cruzada dos anticorpos induzidos por agentes infecciosos contra antígenos de superfície dos eritrócitos. A AHAI expressa-se por meio de quadro clínico variável, no qual sobressai a anemia hemolítica.

Sinais e sintomas

Pacientes com anemia hemolítica leve recente ou moderada de longa duração podem ser assintomáticos. Os sintomas da anemia moderada são:

  • Mau humor;
  • Fraqueza e cansaço mais frequente do que o normal;
  • Dor de cabeça;
  • Problemas de concentração e raciocínio;
  • Palidez ou pele amarelada;
  • Falta de apetite;
  • Tontura e sonolência;
  • Taquicardia com hipotensão;
  • Respiração acelerada, falta de ar.

Se a anemia piorar, outros sintomas podem surgir, como:

  • Coloração azul no branco dos olhos;
  • Unhas frágeis;
  • Língua dolorida

Pedras vesiculares de bilirrubina podem se formar em anemias severas. Esplenomegalia (aumento do baço) pode estar presente nas leucemias, linfomas e na esferocitose hereditária. Hemólise intravascular pode causar escurecimento da urina.

Fatores de risco

Os fatores de risco para anemia hemolítica são, em termos gerais:

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