A Competitividade

2.3 COMPETITIVIDADE

A competitividade, etimologicamente, vem de competir que em latim “competere” quer dizer procurar juntos um objeto, quem achar primeiro será o vencedor. A competitividade é um conceito multidimensional e pode ser analisada em três dimensões: país, indústria e no nível da empresa.

2.3.1 Definição e conceitos

A competitividade é assim definida por D’Cruz (1992) como a capacidade de a empresa projetar, produzir e comercializar produtos superiores aos oferecidos pela concorrência, considerando as qualidades preço e não preço. Em um mercado globalizado como o de hoje, com alta concorrência, a sobrevivência das organizações passa pela definição e a adoção de estratégias competitivas. Apesar da falta de consenso na definição da competitividade, o uso de dois conceitos de competitividade é dominante dentre os vários indicadores. Para Ferraz et al. (1995), a competitividade é muita das vezes analisada sob duas dimensões que são a competitividade revelada “ex-post” e a competitividade potencial “ex-ante”.

A competitividade revelada é avaliada pelo desempenho e expressada na participação do mercado de uma empresa em um determinado momento. Ela composta de fatores preço e não preço entre outros, a qualidade, a capacidade de uma firma diferenciar seus produtos. A competitividade potencial ou de eficiência se traduz na relação insumo-produto praticada pela empresa e reflete sua capacidade gerencial, tecnológica, financeira e comercial (FERRAZ et al.1995).

O desempenho no mercado e a eficiência produtiva decorrem da capacitação acumulada pelas empresas nas diversas áreas de competência empresarial como de gestão, inovação, produção e recursos humanos em um determinado momento. A competitividade numa perspectiva dinâmica é entendida como uma característica extrínseca, relacionada não diretamente ao produto e à firma, mas ao padrão de concorrência vigente em cada mercado. O padrão de concorrência corresponde ao conjunto de fatores críticos de sucesso em um mercado específico (FERRAZ et al. 1995). Para Porter (1998), esses fatores críticos de sucesso no mercado representam as principais forças do mercado que regem cada indústria. São elas, o poder de negociação dos clientes, o poder de barganha dos fornecedores, a ameaça de novos concorrentes, rivalidade entre concorrentes e a ameaça de novos produtos e serviços. Elas servem para avaliar a concorrência e para poder determinar a posição de uma empresa no mercado.

A rivalidade entre concorrentes determina o grau de competição existente no mercado, se o mercado é pouco competitivo ou se ele é saturado. Essa rivalidade depende do número de competidores e das estratégias empregadas por cada um. O poder de barganha dos fornecedores determina o quanto a posição da empresa no mercado está entre as mãos de quem fornece as matérias primas. O controle da empresa sobre os fornecedores depende do número de fornecedores disponíveis no mercado. Quanto maior o número de fornecedores, maior o controle da empresa sobre eles e quanto menor o número, menor o controle. O poder de barganha dos clientes é relacionado ao nível de competição no mercado, quanto maior a competição, maior o controle dos clientes no processo de venda e quanto menor a competição, o controle do processo

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