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A ECONOMIA INTERNACIONAL

Por:   •  30/10/2022  •  Resenha  •  1.395 Palavras (6 Páginas)  •  60 Visualizações

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Anotações - Cap. 12 – Setor Externo. VASCONCELLOS, M. A.S. de; GARCIA, M. E. Fundamentos de Economia.

Economia Internacional – ramo do conhecimento da teoria econômica:

  • Aspectos microeconômicos – teorias do comércio internacional –  pensar seus benefícios;
  • Aspectos macroeconômicos – relativos à taxa de câmbio e ao balanço de pagamentos.

Teoria das vantagens comparativas

Teoria de David Ricardo, também chamada de teoria Ricardiana. É um raciocínio econômico que defende que os países devem se especializar nas mercadorias as quais eles têm mais vantagem comparativa, ou seja, produzem com menos custos com relação aos outros países.

Dessa formam eles exportam aqueles produtos que produzem com maior competitividade relativa e importam aqueles que produzem de forma relativamente menos eficiente.

Essa teoria é criticada por outros economistas, dentre eles os estruturalistas (CEPAL), na medida em que a mesma não considera a evolução da renda e da demanda dos países ao longo do tempo.

Na visão dos estruturalistas, na medida em que os países se desenvolvem e a renda aumenta, a demanda por produtos manufaturados aumenta mais do que a demanda por produtos primários.

Se um país que tem vantagem comparativa na produção de bens primários se especializar somente nesse tipo de produção, com o passar do tempo ele tende a apresentar déficits em sua balança comercial.

Isso porque a demanda pelo o que ele exporta cai, os preços internacionais desse produto cai devido ao excesso de oferta, ele tem maior demanda de importações pelos produtos manufaturados e seu ganho com exportações não será suficiente para pagar essas importações.

Os preços relativos se tornam muito desiguais (preços dos bens primários que ele vende comparado aos preços dos bens manufaturados que ele compra) e, ou esse país ocupa cada vez mais seus fatores de produção para aumentar o volume de produção e tentar ganhar mais dinheiro pelo volume (o que implica em derrubar ainda mais os preços), ou modifica sua estrutura produtiva, buscando a industrialização.

Taxa de câmbio

Taxa de câmbio = valor da moeda externa em termos da moeda nacional.  Ex. US$ 1 pode custar R$ 5,20. Significa a relação de troca que se estabelece entre duas moedas.

Determinação da taxa de câmbio:

        Institucionalmente – (taxas de câmbio fixas) fixação periódica das taxas por uma autoridade econômica. No caso do Brasil, o Banco Central.

        Pelo funcionamento do mercado – (taxas flutuantes ou flexíveis) as taxas flutuam automaticamente em decorrência dos movimentos de oferta e demanda de moedas (ou divisas) estrangeiras.

Demanda por moeda externa (ou divisas):

  • Importadores;
  • Agentes que promovem a saída de capitais financeiros;
  • Pagamentos de juros;
  • Remessas de lucros;
  • Saída de turistas.

Oferta de moeda externa (ou divisas):

  • Exportadores;
  • Entrada de capitais financeiros internacionais;
  • Turistas;
  • Recebimentos de juros, rendas vindas do exterior, amortizações etc.

Moedas externas não podem ser usadas internamente e a moeda interna não pode ser utilizada fora do país. Desse modo, a moeda que vem de fora é trocada pelo Banco Central por reais para que o agente possa utilizá-la internamente. E a moeda interna precisa ser trocada pela externa para as transações internacionais.

Posições relativas das moedas, observando a moeda nacional:

  • Desvalorização cambial ou depreciação cambial – significa aumento na taxa de câmbio. É preciso entregar mais reais para comprar um dólar, por exemplo. Nesse caso a moeda nacional é desvalorizada.
  • Valorização cambial ou apreciação cambial – significa queda na taxa de câmbio. É possível entregar menos reais para comprar um dólar, por exemplo. Significa a valorização da moeda nacional.

Movimento das exportações e importações:

  • Aumentos na taxa de câmbio (desvalorização cambial): estimulam exportações pois exportadores passam a receber mais em reais pela mesma quantidade exportada. Ex.: Se o produto custa US$ 10,00 no mercado internacional e nossa taxa de câmbio é de R$ 2,00 por 1US$, vendendo uma unidades ele receberá US$ 10,00 x R$ 2,00 = R$ 20,00.

Mas se o dólar passar para R$ 5,00, então ele receberá por essa mesma unidade US$ 10,00 x R$ 5,00 = R$ 50,00.

Por outro lado, as importações são desestimuladas. Para compreender, basta pensar que, no lugar de receber essa diferença, os importadores no Brasil estariam pagando por ela, na medida em que compram coisas com preços internacionais e precisam trocar seus reais por dólares para cumprir o compromisso.

  • Reduções na taxa de câmbio – valorização da moeda nacional – estimulam as importações pois essas se tornam mais baratas, mas desestimulam as exportações pois essas, a depender dos preços internacionais, podem não oferecer viabilidade.

Taxa de câmbio e inflação

Quando a taxa de câmbio afeta a inflação?

  • Se houver a queda da taxa de câmbio (valorização da moeda nacional) os importados podem chegar mais baratos do que os produtos locais, pressionando pela queda dos preços da economia na medida que produtores locais precisam buscar a competitividade com os importados. Essa é a ancoragem dos preços internos ao dólar para reduzir a taxa de inflação. É o caso da âncora cambial utilizada no Plano Real.

  • Se houver aumento da taxa de câmbio (desvalorização da moeda nacional), os produtos importados se tornam mais caros. Se forem insumos, provocam a inflação de custos.

Quando a inflação interna altera a taxa de câmbio? Quando o produto interno perde competitividade.

Quando, por causa da inflação interna, os preços internos (ou domésticos) de produtos exportáveis (ou comercializáveis) se tornam mais caros ao seu equivalente no mercado externo. Neste caso, os produtores pressionam pela desvalorização cambial (aumento da taxa de câmbio). A ideia é aumentar o poder de compra externo e garantir a venda.

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