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A Evolução Do Capitalismo Moderno

Por:   •  15/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.614 Palavras (7 Páginas)  •  57 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO CIÊNCIAS ECONÔMICAS

EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO MODERNO

Belo Horizonte

2022

“O CAPITAL NO SÉCULO XXI”

O livro de Piketty (2014) foi publicado apesar de seu realismo e pragmatismo, é caracterizado por conceitos ilusórios, como todas as ideologias. A tese central é que a erosão do Estado integrado que se iniciou após a década de 1970, acompanhada pela crise do capital que se seguiu a esta década, levou a um aumento da desigualdade em todo o mundo, tanto entre ricos quanto entre pobres nos estados capitalistas centrais, e entre países ricos e pobres. O livro inteiro é baseado em extensa documentação estatística para provar esse argumento, e de fato o prova.

Ao longo de um estudo de quinze anos, Piketty e sua equipe compilaram uma variedade de dados, principalmente de fontes nos oito países mais desenvolvidos (Estados Unidos, Japão, O livro é dividido em quatro partes. Nos três primeiros, são desenvolvidos alguns conceitos, equações teóricas e perspectivas globais de crescimento econômico e populacional desde os anos 1700. Esses fundamentos levarão a propostas de modernização do estado de bem-estar social e tributação progressiva da renda e herança na Parte quatro.

De acordo com Piketty, a riqueza é uma variável de estoque que leva em conta a acumulação passada de bens móveis e imóveis, moeda, corporações, etc. A renda é uma variável de fluxo que corresponde à quantidade de bens produzidos e distribuídos em um determinado período. O capital é um estoque que corresponde à quantidade total de riqueza que existe em um determinado momento. Esse estoque é proveniente de fluxos de renda reservados ou acumulados em anos anteriores. Ao contrário da literatura econômica usual, Piketty argumenta que capital é sinônimo de riqueza,

Em todos os momentos, em todos os países, o capital é distribuído de forma mais desigual do que a renda do trabalho. Parte da concentração de capital pode ser fortemente explicada pela herança e seus efeitos cumulativos. Piketty, para destacar a primeira ordem de grandeza que apresentará mais adiante, mostra que a participação dos 10% mais ricos dos Indivíduos sempre supera 50% da riqueza total, chegando às vezes a 90% em algumas sociedades.

A análise da pesquisa baseia-se inteiramente em um décimo de conceitos estatísticos (10% mais ricos, 40% médios, 50% inferiores%), que são sempre definidos exatamente da mesma maneira em todas as sociedades. Dessa forma, comparações rigorosas e objetivas no tempo e no espaço podem ser feitas sem perder de vista a especificidade de cada sociedade e a continuidade fundamental da desigualdade social.

Os dados sugerem que os membros mais bem pagos se distanciam daqueles das classes econômicas mais baixas da sociedade contemporânea. A fonte de dados utilizada envolve registros fiscais. Esses dados foram combinados com outras fontes para ampliar o escopo da análise.

A narrativa da obra é concisa e clara, e os materiais históricos são ricos, remontando à história do capitalismo na perspectiva da economia política. Os autores argumentam que, no século XX, a promoção de um mundo mais igualitário inclui um ponto além da curva capitalista. Isso se deveu à Grande Guerra, ao sucesso da mobilização dos trabalhadores e outros fatores específicos.

Para desencadear o debate sobre a desigualdade sob o capitalismo, ele aborda duas categorias: renda e riqueza. A renda é o aspecto que mais atrai os pesquisadores, mas este trabalho visa investigar a renda gerada pelo capital, não apenas a renda por meio de salários. A renda nacional é definida medindo-se o conjunto de renda disponível para os residentes de um país em um ano. A riqueza nacional é definida como o valor total a preços de mercado de tudo que pertence aos residentes de um país e seu governo em um determinado momento. O capital, por sua vez, é definido como um conjunto de ativos não humanos que podem ser adquiridos, vendidos e adquiridos em determinado mercado. Os autores simplificam o uso desses termos no texto, definindo "capital", "riqueza" e "legado" como sinônimos.

A tese central deste livro é simples. Na história do capitalismo, "quando a taxa de retorno do capital é muito superior à taxa de crescimento econômico de longo prazo, a herança, ou seja, os ativos derivados do passado, é quase inevitável. A poupança, que são ativos derivados do presente". Os dados coletados por Piketty e sua equipe durante o estudo mostraram uma tendência geral de aumento da desigualdade econômica sob o capitalismo.

A desigualdade foi bastante reduzida entre as duas guerras mundiais, principalmente devido à destruição massiva de capital que ocorreu na primeira metade do século XX. Além da própria batalha, o choque orçamentário e político da guerra também teve um efeito devastador sobre o capital. Piketty também deu grande ênfase ao desaparecimento do patrimônio líquido europeu detido em outras partes do mundo devido ao processo de expropriação e descolonização. O período entre guerras foi marcado pelo baixo crescimento e pelo colapso da Grande Depressão, que afetou severamente a renda dos mais ricos.

Embora as trajetórias da crescente desigualdade nos EUA e na Europa sejam tão estruturalmente diferentes, Piketty argumenta que o contraste pode mudar de direção e se tornar uma convergência do pior dos dois mundos, criando um novo tipo de padrão de desigualdade.

A instituição ideal que poderia evitar uma espiral interminável de desigualdade crescent e retomar o controle da dinâmica atual seria um imposto progressivo sobre o capital global. Tal imposto geraria a democracia e a transparência financeira dos ativos, o que é necessário para a regulação do sistema bancário e dos fluxos financeiros internacionais. Permitirá também que o interesse geral prevaleça sobre os interesses privados, mantendo a economia aberta e competitiva. No entanto, Piketty admite que, em sua forma verdadeiramente global, tal imposto é utópico. Então, isso nos mostra uma solução que pode funcionar e ser aplicada em escala regional/continental. Antes de fazê-lo, porém, disse ser necessário estender a questão do imposto sobre o capital para um contexto mais amplo: o papel do poder público na produção e distribuição da riqueza.

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