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Tempos Modernos uma Crítica Cômica ao Capitalismo Excessivo

Por:   •  2/5/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.145 Palavras (5 Páginas)  •  89 Visualizações

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 Tempos Modernos uma crítica cômica ao capitalismo excessivo

O filme Tempos Modernos data de 1936, faz uma crítica cômica e realística aos sistemas industriais e as péssimas condições trabalhistas, tentando mostrar a realidade do dia a dia dos operários nas fábricas, o filme tem no papel de escritor, diretor e protagonista o Inglês Charles Spencer Chaplin, conhecido popularmente como Charles Chaplin, ou Carlitos, nascido em abril de 1889, em Londres (Inglaterra) e até hoje considerado o maior ator do cinema mudo.

Tempos Modernos tem como personagem principal um operário que não consegue se encaixar na nova estrutura extremamente acelerada da fábrica, este, dentro da linha de produção tinha o papel de apertar os parafusos, porém o personagem não consegue se adaptar ao sistema, onde acaba ficando doente por fazer tantos movimentos repetitivos. Logo ficou desempregado, nesse contexto é visto a problemática do desemprego em massa da população devido à crise de 1929, o que trouxe além de várias manifestações, o aumento na violência, o próprio operário chega a ser preso diversas vezes e a passar por dificuldades para achar um novo emprego, em meio a todo o caos Carlitos encontra uma companheira na sua busca pela felicidade, uma moça órfã chamada Ellen, que está em igual ou pior situação, chegava até mesmo a roubar comida por necessidade. Os dois juntos cultivam o sonho de ter uma casa e uma vida digna, Charles acaba sendo preso novamente após não se adaptar ao novo emprego de segurança, com a sua saída da prisão a órfã encontra um casebre abandonado, onde os dois acabam residindo por um tempo, logo aparece mais uma vaga de emprego e Carlitos luta novamente por sua felicidade, mas como previsto ele não se dá bem, pois os operários entram em greve, depois de mais uma ida a cadeia de Charlie, Ellen consegue empregos para os dois, e quando tudo parece estar caminhando para tão sonhada felicidade Ellen é encontrada por policiais que a procuravam para prende-la por vadiagem, por sorte os dois conseguem fugir e o filme finaliza com a cena dos dois personagens caminhando em uma estrada em busca de melhorias o que simboliza a não desistência das classes operárias em busca de melhorias, mesmo em um período tão difícil.

 Tempos modernos apesar de ter uma abordagem cômica, mostra vários temas problemáticos da época, faz críticas ao excessivo capitalismo e a nova administração, no início do filme vê-se a imagem de um relógio que gira lentamente, onde tira-se a observação de que o relógio representa o pensamento fordista de economia de tempo ao máximo, há também uma frase na abertura do filme: ‘’tempos modernos, uma história do trabalho e individuo, a humanidade em busca da felicidade’’ a tal felicidade que o operário busca o filme inteiro, mas será que em uma realidade tão abusiva das indústrias um operário sonhar com a felicidade é plausível? O personagem principal e Ellen mostram que sim, sonhar é possível, porém terminam o filme ainda buscando essa tal felicidade. Uma simbologia bastante reflexiva é a presença do rebanho de ovelhas comparado com o “o rebanho” de operários, o que dá a entender que os operários estão para os patrões como as ovelhas estão para os pastores, apenas trabalhando para ter sua pequena recompensa no fim do ciclo e sendo sugados pelos patrões, um ciclo vicioso que só teria fim se os operários parassem de ir a fábrica, o que não é uma opção já que é o único trabalho disponível aos trabalhadores, que ficam sem saída assim como as ovelhas apenas seguindo as instruções dos pastores. Uma cena que aborda o aumento da violência por necessidade é quando Carlitos encontra seu antigo companheiro de trabalho assaltando uma loja, onde o assaltante diz: “não somos ladrões, só temos fome’’, uma frase pesada, mas que traz a realidade de diversas pessoas que estavam desempregadas e passando fome e acabavam se rendendo a violência.

 Pode- se notar dentro do filme a presença de um chefe que segue os preceitos da administração cientifica e do fordismo, buscando agilizar o trabalho dos operários, chega a fazer um experimento para cortar de vez o horário de almoço, princípios Tayloristas para minimizar o tempo e aumentar a produtividade. A teoria dos tempos e movimentos de Barnes (1977) é constantemente vista no início do filme, nas cenas de mínimo descanso para almoço e ao banheiro, tanto que Chaplin sempre faz questão de bater o cartão quando retorna ao serviço. A cena de Charlie sendo internado por um colapso faz uma crítica a administração cientifica de Taylor, dado o fato de a monotonia ser tão grande na rotina das fábricas que o operário acabava ficando estressado, no caso de Chaplin o levou a ser internado por esgotamento nervoso. Além de críticas ao Fordismo e ao Taylorismo vê-se também princípios da Teoria clássica de Fayol como: divisão do trabalho, autoridade, disciplina, centralização e cadeia escalar.

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