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A Gestão de Produção e Operações

Por:   •  18/11/2016  •  Dissertação  •  1.298 Palavras (6 Páginas)  •  182 Visualizações

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A história da gestão de produção e operações teve início no final do século XIX com a administração científica e a administração clássica. A administração científica tinha como meta aumentar a produtividade da indústria, era realizado com a análise e divisão do trabalho do operário, compreendendo que as tarefas do cargo e seu ocupante eram as unidades principais da organização.

Já a administração clássica tinha como preocupação aumentar a eficiência da fábrica por meio da adequada inter-relação entre os elementos estruturais da empresa, os departamentos, os princípios gerais da administração, a estrutura organizacional e as funções básicas de toda empresa são alguns dos enfoques que destacamos nesta teoria.

O sistema de produção fordista caracteriza-se principalmente pela mecanização do trabalho humano, tornando o trabalhador numa espécie de peça, engrenagem que tem seu papel definido no processo produtivo. Essa forma de tratar o trabalhador é bem compreendida na interpretação dos autores do filme ‘TEMPOS MODERNOS’ de Charles Chaplin, aonde o operário é tratado como uma máquina de fazer peças. Essa característica principal deste modo de produção introduzido por Ford em suas fábricas de automóveis. Nelas, não havia necessidade de o trabalhador ter uma ideia geral do que está sendo produzido, ele deveria executar estritamente aquela tarefa, e no ritmo determinado pela máquina, pois a esteira da linha de produção não podia ficar esperando o tempo que o trabalhador pudesse atender à sua requisição, mas ao contrário, o trabalhador é que deveria atender à sua requisição da máquina, pois caso ele demorasse um pouco de repor as peças, a mesma atrasaria o processo de produção.

Nesse sistema de produção os trabalhadores não eram ouvidos pela gerência, não tinham vez e nem voz, o trabalhador não poderia nem pensar ou ao menos questionar alguma ordem recebida, o trabalhador apenas fazia o que deveria ser feito e no tempo determinado, pra que o seu trabalho desse resultado.

A teoria da administração científica surge através de estudos do engenheiro americano Frederick Winslow Taylor (1856-1915). Ele desenvolveu uma série de estudos com o objetivo de descrever e analisar como os operários das fábricas realizavam suas tarefas e, com base nisso, reorganizar os processos de trabalho, tornando-os mais eficientes.

No processo de fabricação de outros componentes, fora da linha de montagem, eram empregadas as ideias do Taylorismo, que tinha como meta o trabalho focado nas atividades feitas por cada operário, e que esse aumentaria a produtividade da empresa por meio da eficácia do seu nível de serviço, que pregavam o não desperdício do tempo como sendo a principal maneira de melhorar o processo produtivo. O que é conhecido como produção enxuta, fabrica-se apenas o que esta no pedido, para que não haja estoque grande de  peças e desperdício de materiais de fabricação.

O fordismo tinha a visão voltada para dentro da empresa, com objetivos direcionados ás questões financeiras internas, enquanto o toyotismo tem a visão direcionada para a demanda do mercado, ou seja, no toyotismo as oportunidades de aumento de lucro eram encontradas a partir do estudo da demanda, das necessidades do mercado. Já o fordismo acreditava que o importante era produzir cada vez mais, sem levar em consideração as variações na demanda.

Entretanto, o sistema de produção Fordista só teve êxito, pelo menos inicialmente, devido a inexistência de concorrentes, estabilidade da economia e pouca diversidade de demanda, ou seja, não havia grande demanda para outros modelos de veículos.

Na década de 70 o modelo de produção Fordista começa a entrar em crise. Nova realidade econômica, novas tendências de demanda, inovação tecnológica e o surgimento de concorrentes fizeram esse modelo de produção mostrar-se inadequado e pouco eficaz naquele momento.

Neste cenário surge como novo e mais adequado modelo de produção, o toyotismo, um sistema produtivo que visava a qualidade total em todos as etapas do processo produtivo. Nele, a produção era flexível, e variava de acordo com a demanda. Ao contrário da Ford, que produzia em grandes quantidades e formava grandes estoques, a Toyota produzia o que era demandado no momento, evitando o desperdício e o risco de ter produtos estocados afetados pela queda da demanda ou obsolescência tecnológica.

Com a crise do petróleo, que se iniciou em 1973, a economia americana sofreu forte abalo, e o dólar teve uma grande desvalorização. Isso resultou na demissão de muitos trabalhadores, e com a desaceleração do crescimento econômico e do consumo, o modelo de produção toyotista mostrava-se mais preparado para atuar neste ambiente.

No toyotismo os empregados eram especializados em diversas tarefas, tinham um conhecimento mais amplo sobre o processo de produção e tinham mais participação nas decisões que eram tomadas pelos superiores. Fora isso, os trabalhadores são divididos em grupos, e cada grupo é responsável por determinada tarefa. Como a forma de remuneração no toyotismo é diferente do fordismo, remunerando conforme a produtividade, enquanto naquele era feita de maneira uniforme, os próprios trabalhadores atuam como fiscais uns dos outros, objetivando a maior produção e consequentemente melhor remuneração.

O Toyotismo, também chamado, produção enxuta, “é um conjunto integrado de atividades desenvolvidas para alcançar uma produção de alto volume usando estoques mínimos de matérias-primas, de materiais em processo e de produtos acabados” (CHASE et al., 2006, p. 297). Se considerarmos que a produção em “alto volume”, mencionada neste conceito, é sinônimo de “produção em massa”, não é incorreto, então, considerar o Toyotismo como um modelo que avança rumo ao aprimoramento das práticas produtivas para além daquilo que o fordismo proporcionou. Veremos a seguir princípios e ferramentas adotados pelo Toyotismo que caracterizam este avanço.

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