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A Globalização dos Mercados

Por:   •  1/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  2.121 Palavras (9 Páginas)  •  285 Visualizações

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A Globalização dos Mercados

A globalização ou mundialização do espaço geográfico é caracterizada pelo processo de interligação econômica, política, social e cultural, em nível global. Esse processo é conseqüência, principalmente, da expansão dos sistemas de comunicação por satélites, da telefonia, da presença da informática na maior parte dos setores de produção e de serviços, através da internet.  A globalização constitui o estágio máximo da internacionalização, a amplificação em sistema-mundo de todos os lugares e de todos os indivíduos, logicamente em graus diferentes. Alguns pesquisadores consideram que a globalização teve início com as grandes navegações nos séculos XV e XVI, pois nesse período o colonizador europeu entrou em contato com povos de outros continentes, mantendo relações sociais, culturais e comerciais. Porém, esse processo se intensificou com a queda dos regimes comunistas na Europa e a abertura econômica realizada na China, ambos na década de 1980. As empresas transnacionais, que possuem matriz em um país, mas atuam com filiais em outros, expandindo seu mercado consumidor, são aos grandes marcos da globalização. Pois a abertura econômica realizada por esses países proporcionou que essas empresas expandissem seu foco de atuação. A globalização é de fundamental importância para a atuação das empresas transnacionais, pois proporciona todo o aparato tecnológico para os serviços de telecomunicação, transporte, investimentos, entre outros, fatores essenciais para realização eficaz das atividades econômicas em escala planetária.A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso cotidiano e mudanças que estão tornando a vida de muita gente mais difícil. Um dos efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro.  No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia com a entrada de produtos importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. A opção de escolha que temos hoje é muito maior. Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas. O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que, não só o Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm hoje pela frente: crescer o suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado, além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países periféricos em relação aos desenvolvidos.  A questão que se coloca nesses tempos é como identificar a aproveitar as oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada. 

Pontos Negativos 


Quando se fala em globalização, tende-se a destacar os aspectos da produção de riquezas e do consumo. Isso é apenas o primeiro resultado da mudança. A globalização ainda está em seu início. É impossível dizer que conseqüências trará, a não ser as já conhecidas.  O processo está evoluindo rapidamente e é difícil detê-lo. E, como tudo na vida, tem um lado negativo. A primeira denúncia é de que a globalização econômica está decepando os empregos também em escala global e num ritmo igualmente veloz. No fim da linha, dizem os críticos, haverá uma crise social de proporções nunca vistas.  Um balanço mais objetivo dos resultados da política de abertura adotada pelos países periféricos e endividados revela os efeitos perversos dessa liberalização, que deixa suas seqüelas sob forma de cortes impiedosos de postos de trabalho, queda dos níveis salariais, perda da capacidade do Estado de levantar recursos, via tributos e impostos, para atender as demandas cada vez mais urgentes não somente das massas, mas também das classes médias angustiadas pelo desemprego, custo e baixa qualidade da educação, falta de segurança e deterioração generalizada da qualidade de vida. Nos estudos dos economistas, deu-se o nome de “desemprego estrutural” a esta tendência. O desemprego estrutural é um processo cruel porque significa que as fábricas robotizadas não precisam mais de tantos operários e os escritórios informatizados podem dispensar a maioria de seus datilógrafos, contadores e gerentes. Ele é diferente do desemprego que se conhecia até agora, motivado por recensões, que cedo ou tarde passavam. Os economistas apontam no desemprego estrutural um paradoxo do sistema de globalização.  Do processo econômico sempre sofreu suas crises de adaptação, mas as próprias crises sempre produziam soluções. Por ser um processo que provoca a ansiedade das pessoas, e também porque serve de matéria prima para o oportunismo político, o desemprego está produzindo um debate um pouco desfocado. No momento, ele é fortíssimo nos países europeus. Mas é bom lembrar que os Estados Unidos, apesar das demissões em certos setores, exibem taxa muito moderada de desemprego (cerca de 5%). O que há nos EUA, é uma feroz adaptação de certas corporações a um sistema de concorrência internacional que ficou muito mais aguçada. Para sobreviver e continuar vencendo, essas empresas precisam produzir melhor e mais barato do que suas concorrentes em escala mundial.  Quando se olha o panorama do alto da montanha, sem focalizar as companhias que demitiram multidões, descobre-se que, em seu conjunto, o emprego nos EUA está crescendo, e muito, e não ao contrário. O problema real, até agora, é a Europa. Segundo os críticos, a outra nota ruim da globalização está no desaparecimento das fronteiras nacionais. Os governos não conseguem mais deter os movimentos do capital internacional. Por isso, seu controle da política econômica interna está se esgarçando. Há uma perda de controle sobre a produção e comercialização de tecnologia, coisa que, nos tempos da Guerra Fria, seria impensável. Naquela época, a tecnologia estava ligada a soberania dos países. Hoje, para empresas que operam em escala planetária e têm uma multiplicidade de contratos para cumprir em várias partes do mundo, a origem da tecnologia, da matéria-prima e do trabalho não tem a menor importância, desde que seu custo seja baixo e sua qualidade seja alta. Os países continuam derrubando barreiras, inexoravelmente. É essa a lógica do capitalismo. Mas, politicamente, a conversa é outra. Por isso, o debate sobre a necessidade de proteção parece acirrar-se como um efeito retórico do choque. Os tempos mudaram, e um país com fronteiras fechadas tem pouco acesso a capitais e novidades tecnológicas. Com isso, o país perde competitividade e marca passo. Sua Indústria envelhece, fica incapaz de produzir coisas melhores e baratas, a inflação sobe e a capacidade de criar empregos cai. 

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