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A Introdução ao Empreendedorismo

Por:   •  17/2/2021  •  Dissertação  •  3.356 Palavras (14 Páginas)  •  93 Visualizações

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Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa

Trabalho realizado em regime de avaliação contínua

Mestrado em Gestão e Empreendedorismo

Introdução ao empreendedorismo

Especialista Arménio Breia

Eduardo Druziani Roque (20160139)

1.2

Lisboa, 18/01/2017

1. INTRODUÇÃO

Este estudo tem por finalidade a análise financeira do Grupo de Redes Energéticas Nacionais (REN), observando os balanços consolidados por este apresentado desde 2009 até o presente momento, baseando-se no último relatório divulgado em 2015.

A REN é a operadora portuguesa de gestão dos sistemas de transporte de energia. A sua atividade centra-se sobretudo no transporte de eletricidade em muito alta tensão e na gestão técnica global do Sistema Elétrico Nacional (SEN) assim como no transporte de gás natural em alta pressão e na gestão técnica global do Sistema Nacional de Gás Natural (SNGN).

A Rede Elétrica Nacional, nome original da Redes Energéticas Nacionais, foi criada em 1994 através de um unbundling do sector, embora as suas origens remontem a empresas criadas muito antes dessa data. A empresa saiu do grupo EDP em 2000 devido à diretiva 96/92/CE no âmbito da liberalização do mercado energético europeu, passando dessa forma a funcionar autonomamente dos restantes operadores do SEN. Em 2006, o grupo adquiriu vários ativos no sector do gás natural, nomeadamente à GALP, no âmbito da reestruturação do sector energético português, adotando assim a sua designação atual de Redes Energéticas Nacionais, SGPS, S.A.

O Estado Português atribuiu em 2010 a concessão para exploração de uma zona piloto dedicada à produção de energia elétrica a partir de ondas do mar a uma empresa do grupo, a Enondas – Energia das Ondas. S.A.. Esta zona piloto, próxima de São Pedro de Moel, é abrangida por uma concessão que tem um prazo de 45 anos e que inclui autorizações para a implementação das infraestruturas de ligação à rede elétrica pública. O grupo está presente no segmento das telecomunicações desde 2002 através da empresa RENTELECOM. Esta empresa oferece serviços diversificados, infraestruturas e consultoria. A entrada neste segmento e a criação da RENTELECOM deveu-se à oportunidade de explorar a capacidade excedentária das redes de telecomunicações de segurança, essenciais ao suporte do transporte de eletricidade e gás natural.

De forma a potenciar o alargamento do objeto social da REN Serviços, bem como o relevante papel que esta sociedade passou a ter no grupo REN, foi prevista uma reestruturação societária e funcional, em duas fases, que visa fomentar a efciência da atividade operacional do grupo.

A primeira fase desta reestruturação foi concluída em 2011, tendo sido constituída a sociedade REN Gás, S.A., encarregue da gestão e coordenação das atividades do setor do Gás Natural, que passou a ser detida diretamente pela REN Serviços.

Na segunda fase desta reorganização será constituída uma sociedade com funções idênticas para as concessões do setor elétrico.

2. Análise Financeira e Rácios

Para começar a analisarmos o balanço do grupo REN, comparamos seus caixas e equivalentes de caixa, para saber o quadro que apresentavam. Ao que se nota, apesar de apresentar Cashflows sempre positivos e de grande expressão, é a instabilidade corrente a qual o grupo enfrenta que faz maior dificuldade em amortizar dívidas de curto prazo. O grupo possui, por exemplo, quedas de 101,871M€ para 68,358 M€ em fluxos de caixa e equivalentes de caixa, levando em consideração ainda os reflexos do processo de reestruturação das dívidas e da venda de ações ocorrida em 2011/12.

O grupo apresenta ativos que sobressaem os valores dos passivos totais, apresentando quadro positivo em todos os anos analisados. No entanto, quando compara em seu balanço corrente o grupo se expõe ao risco de insolvência, possuindo maiores passivos que ativos recorrentes.

Ressalta-se que além de recorrentemente negativo, o passivo cresce sensivelmente dado a reestruturação e renegociação de seus prazos. Isso faz com que, baseado no ultimo relatório, o grupo apresenta Fundo de Maneio ainda mais endividado dado o baixo resultado ativo e grande volume de passivos correntes.

Além de um maior passivo quando comparado entrada x saída, o Grupo apresenta baixíssima rentabilidade de seus ativos, comprometendo ainda mais suas amortizações, forçando assim que procurem créditos junto às instituições para alterá-las para o longo prazo. Isso demonstra mais uma vez o forte grau de insuficiência do grupo.

Segundo o relatório de 2015, a empresa diz: A redução da remuneração da base de ativos regulada (-30,9 milhões de euros), verifcada essencialmente nos ativos do setor elétrico, refetindo a redução da taxa média de remuneração de ativos sem prémio de 7,76% para 5,99%, e da taxa de remuneração com prémio de 9,26% para 6,74%. As principais alterações decorrentes do novo período regulatório com impacto na remuneração dos ativos da eletricidade foram: i) a alteração do indexante da taxa de remuneração dos ativos, que passou a ser a cotação média aritmética diária das OT’s da República Portuguesa a 10 anos, substituindo os CDS da República Portuguesa a 5 anos utilizado no período anterior; ii) a atualização do ponto de partida do RoR para 6,4% (que compara com 9,0% no período anterior); iii) a redução do prémio para investimentos efcientes de 1,5% para 0,75%. É ainda de notar que a tendência de redução do indexante do RoR (a cotação das OT’s da República a 10 anos) ao longo de 2015, também contribui para esta evolução.

Porém, mesmo levando em consideração os

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