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A Qualidade de Vida no Trabalho

Por:   •  18/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.415 Palavras (18 Páginas)  •  184 Visualizações

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QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: Uma concepção a ser analisada com cautela

Mayara Almeida da Costa (mayaraal.costa@gmail.com)

1 INTRODUÇÃO

O estudo e a introdução da Qualidade de Vida no Trabalho vêm a cada dia quebrando barreiras e ganhando força na sua inserção dentro das Organizações. No entanto, nem todos estão por dentro do real significado de Qualidade de Vida no Trabalho, muitos interpretam como gastos exagerados e sem retorno do que se estava almejando.

Os primeiros estudos sobre o comportamento e a falta de um bom ambiente de trabalho dentro das empresas, foi postulado na década 50. Com tudo foi ganhando força com o passar dos anos, dando um destaque inicial para as teorias de Maslow (Teoria da Necessidade), a qual conceituava as hierarquias das necessidades humanas alegando que “Podemos escolher recuar em direção à segurança ou avançar em direção ao crescimento. A opção pelo crescimento tem que ser feita repetidas vezes. E o medo tem que ser superado a cada momento”, ou seja, já naquela época se era percebido que as empresas querendo ou não, tinham que investir na segurança para posteriormente alcançar a felicidade e resultados desejados.  Maslow sabia que acima de tudo, nossas necessidades tais como alimentação, segurança, dentre outras, poderia ajudar posteriormente em um bom desempenho dentro das organizações.  Pode-se ainda destacar nessa mesma década Herzberg, este que conceituava os fatores da higiene e da motivação dos trabalhadores (Teoria dos Dois Fatores). O fator da motivação leva a satisfação, enquanto que o fator da higiene leva a insatisfação do trabalhador.

Ao longo do tempo foi se aperfeiçoando e se introduzindo a “Qualidade de Vida no Trabalho” (QVT), sendo que existem várias controversas entre autores sobre quem realmente originou o termo. No Brasil temos como uma das principais autoras Limongi França.

Todavia, envolver-se em todos os conceitos existente sobre o assunto, ver como cada autor entende e declara ser a melhor forma de aplicar o QVT é possível por todos que pretendem ter um melhor entendimento e maior gama de conhecimento sobre o mesmo, porém é um conceito muito abrangente, isto é, cada pessoa tem uma visão e perspectiva do assunto.  Logo, observa-se que são vários olhos voltados para um objetivo em comum, mas com vários significados.

Visto que antigamente a saúde dos funcionários era a que menos importava, mas sim a produtividade e o aumento do lucro da empresa, nos últimos anos essa concepção esta cada vez mais sendo modificada. A Qualidade de Vida vem sendo aprimorada por cada empresa, do jeito em que precisa ser aproveitada para o âmbito empresarial, em que se encontram seus funcionários. É planejada por Gestores capacitados de compreender as estas necessidades.

A modificação nos dias atuais é devido à preocupação, pois como sabemos funcionário que esta satisfeito com seu trabalho e vê que a empresa esta preocupada com sua saúde, tende a produzir mais, trazendo resultados satisfatórios.  

A razão por este tema abordado se deve que muitos Engenheiros de Produção, tendem a seguir o ramo voltado para a Gestão, sendo assim, devem estar atentos ao que pode estar prejudicando a produção, ou seja, a desmotivação, falta de reconhecimento, intrigas entre colegas, dentre tantos outros problemas que dificultam a concentração de profissionais que estão ali não apenas para ser usados como uma “ferramenta de trabalho”, mas para fazer a diferença e vestir a camisa. Além de mostrar que realmente quem sai ganhando com pequenos investimentos no QVT é ambos os lados, tanto os funcionários, quanto a empresa, pois são atitudes, métodos simples que podem fazer o diferencial diante das demais organizações.

1.1 Problema

Com a crescente mudança de hábitos devido à implantação de novas organizações em lugares cada vez mais distante de nossas residências, a primeira dificuldade de se achar um bom emprego já se começa aqui.

Com todo o deslocamento que vários trabalhadores enfrentam dia-a-dia, o grande estresse encontrado no serviço, falta de reconhecimento, competitividade e demais acontecimentos, as pessoas vão perdendo o animo de estarem dentro de uma organização que não valoriza grande parte do esforço que faz, desde o momento que se desloca de sua residência, até o momento em que esta se produzindo e cumprindo com suas metas.

Devido a todos esses fatores, começam a surgir problemas que poderá afetar não somente a família deste trabalhador conturbado, mas também na empresa, pois estressado e sem nenhuma falta de interesse, trabalhadores deixam de produzir com entusiasmos e satisfação, aparentemente estão ali por mera obrigação de se cumprir deveres, conforme Limongi França (2012,174-175) “... em vários estudos, a constatação é de que condições estressantes levam a doenças, prejuízos, incapacidade e falta de competitividade no mercado”.

1.2 Hipótese

Entender que ao se fechar os olhos para estes fatores contestados, como o estresse, por exemplo, arrisca-se em agravar estes a cada dia que  passa. A empresa pode estar assumindo sérios riscos e danos a estes funcionários “deixados” de lado, por não terem o devido atendimento em quanto ainda se era tempo. Risco que veem a ser desde o afastamento, este que causa rotatividade, gerando custos para uma nova contratação, novo treinamento, até problemas de coluna oriundos pela má orientação de como se ergue uma caixa, ou mesmo como se sentar. Segundo Carara e Krugger “o estado de estresse prolongado passa a influir no desempenho do trabalho, reduzindo a produtividade e a qualidade, podendo também aumentar os riscos de acidentes, e a rotatividade de trabalhadores”.

Devido a toda essa “comodidade” que muitas empresas apostavam, deixando tudo ser no “não é nada” é que os Gestores vêm ganhando mercado e sendo destaque ao implantarem o QVT de um modo tão ágil e eficaz. Conseguem com facilidade conquistarem seus funcionários, por não almejarem serem superiores, mas sim mostrando simplicidade e buscando conhecimento de pessoas que muitas vezes são menosprezadas, e ao contrário do que se pensam, tem uma valiosa gama de conhecimento dos procedimentos que são realizados no chão de fábrica.

Formular conceitos e estimativas, pode agilizar o pensamento e a praticidade do Gestor, leva um determinado tempo para que se possa sair do papel e colocar em pratica, caso seja aprovado, mas depois que se é implantando, pode-se ver melhorias rapidamente. Com a ajuda dos próprios funcionários e o esforço de vontade de colocar os métodos aprendidos e as oportunidades dispostas pela empresa, à qualidade de vida presente na organização é capaz de cada vez mais aumentar o nível de satisfação destes, fazendo com que diminua a rotatividade e os afastamentos devido a acidentes de trabalho.

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