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A Segmentação de Mercado

Por:   •  29/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  162 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Trabalho: Segmentação de Mercado

Disciplina: Marketing I

Professor: Me.Aline Mara Meurer

Acadêmico: Inajara Graebin Ramires, Luiz Angelo Cover,

Larissa Oliveira, Maira Laís Dirings.

Campus Carazinho, novembro de 2018.

Carne Bovina Commodity

O aumento do poder de compra experienciado pela população brasileira nos anos pré crise, abriu um mercado diferenciado no ramo de carnes. Se antes a carne era um artigo de sobrevivência básica, agora tornou-se um artigo para ser apreciado, degustado, como um bom vinho. Sentindo essa tendência e tendo em vista o mercado que já existia em outros países, iniciou-se a exploração do mercado brasileiro de carnes premium.

Por ser um mercado em formação, ainda não há dados 100% precisos sobre o tamanho do mercado, porém, tendo em vista o consumo das classes A e B, estima-se que esse mercado gira em torno de 200 mil ton/ano.

O crescimento desse mercado está na média de 20% ao ano. Podendo passar disso a partir do momento que a classe C se tornar consumidora deste tipo de produto.

Olhando em termos de país, ainda é um mercado pouco explorado e mal atendido. Porém, nos grandes centros urbanos (SP e RJ principalmente) há mais conhecimento da população sobre o mercado, e há vários empreendimentos nesse mercado que investiram na entrega de um produto com alto valor agregado e um bom atendimento, que estão experimentando um crescimento muito acima da média. Já nas regiões interioranas, ainda é um mercado desconhecido da maior parte da população, mesmo as de classe alta, e as lojas estão engatinhando em termos de mudança para atender esse público específico.

Portanto, é um mercado que vai ter um grande crescimento nos próximos anos com vários oportunidades para lucrar. Por isso, as empresas que entrarem no começo, terão a oportunidade de consolidar a marca, abocanhar uma maior fatia de mercado, e naturalmente, uma maior margem de lucros.

 Commodities são produtos muito homogêneos. E seus preços são influenciados fortemente pelas condições do mercado global. Esses preços internacionais afetam decisivamente a economia dos países exportadores desses produtos. Um produto é considerado uma commodity quando é oferecido em grande quantidade, em escala mundial, obedecendo  a padrões que determinam seu preço. É um produto sem marca, portanto não diferenciado, e seu produtor não consegue interferir no preço de venda.

A diferenciação do produto, pela sua transformação em um bem com características e identidade própria (por exemplo, um corte especial de carne maturada, embalado a vácuo, com marca própria) é capaz de quebrar essa natureza de commodity, agregando valor e permitindo que o produtor passe a administrar o preço de venda.  Popularmente chamado de “celeiro do mundo” a agropecuária brasileira produz majoritariamente, carne bovina commodity, ou seja, um produto com menor valor agregado, visando a produção em escala. Entretanto, a demanda por carnes especiais está crescendo e, apesar deste mercado ainda ser, comparativamente pouco explorado, assistimos à “gourmetização” das carnes bovinas no Brasil.

É importante diferenciar a carne commodity das carnes especiais (também conhecidas como carne premium), ou seja, um produto que exalte o sabor, a maciez e a suculência e, não preço.É importante diferenciar o “joio do trigo”, pois, apesar da produção brasileira ser predominantemente carne commodity, o Brasil exporta para diversos países, dentre eles, mercados exigentes quanto a maneira da produção e qualidade e, produzindo commodity, o país consegue atender estes mercados (como a União Europeia, por exemplo).Portanto, mesmo a carne commodity intrinsicamente possui boa qualidade, apesar de ser menos valorizada que as conhecidas carnes especiais.

Porém, quando se trata de produção de carnes especiais, este mercado no Brasil está “engatinhando”, nos primeiros passos, principalmente quando comparado a outros países, como a Argentina e o Uruguai, por exemplo. A produção da carne commodity é caracterizada pela falta de padronização das boiadas, ou seja, vão para o abate bovinos de idade, peso, sexo, e raças diferentes, enquanto que na produção das carnes especiais há necessariamente padronização, iniciada no começo, desde a escolha do material genético a ser utilizado.

O nelore é uma das principais raças da pecuária de corte brasileira, e apesar deste fato ser uma diferença da pecuária nacional frente a outros países, não é a razão da maior produção de carne commodity em relação às carnes especiais.  Existem programas de certificação de raças bovinas, tais como: Programa Angus, Braford, Hereford, Charolês, Senepol e o Programa de Qualidade Nelore Natural, por exemplo. Todos estes programas mostram que não há uma raça detentora da qualidade da carne bovina, sendo possível a produção de carnes especiais com diversas raças e/ou cruzamentos, incluindo a nelore. Os programas ditam regras para o produtor aderir ao sistema que, ao serem cumpridas, permitem melhorar a remuneração do produtor, mesmo com um custo de produção, normalmente mais alto.

O pecuarista adepto do Programa de Qualidade Nelore Natural, por exemplo, pode receber prêmios de até 3% sobre a cotação corrente da arroba. O Programa Carne Angus Certificada permite premiação de até 10% e assim vai. A demanda crescente por este tipo de produto, vem em parte do maior poder de compra do consumidor, em função da melhoria da renda per capita do brasileiro, mesmo que lentamente.

A maior renda per capita permite aos consumidores optarem por um produto de melhor qualidade. Esta nova demanda para a pecuária brasileira abre oportunidades no mercado nacional. Com a maior demanda por carnes especiais, assistimos o surgimento de marcas de carne, tais como: 1953, TAEQ e Bonsmara Beef, por exemplo.

O surgimento das marcas de carne é um indício de que o consumidor quer alternativas às carnes comuns, ou seja, é o mercado direcionando para onde devemos ir.

Por fim, vale destacar que, assim como há vinhos que custam desde R$15,00 a mais de R$200,00 a garrafa, na bovinocultura há espaço tanto para a carne commodity quanto para as carnes especiais.

 Então um forte motivo pessoal para o consumo de carne commodities, é o custo de baixo á médio, influenciando também na qualidade de cada grau de custo da carne. Um exemplo disso é a compra  da carne de (segunda, carne com gordura e ossos ) com um valor no mercado bem mais em conta do que a carne de (primeira, carne selecionada, sem gordura, de partes nobre do animal).

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