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APRENDIZAGEM COMPARTILHADA: ENTENDENDO VIESES NOS OUTROS

Por:   •  26/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.051 Palavras (13 Páginas)  •  148 Visualizações

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RESUMO

APRENDIZAGEM COMPARTILHADA: ENTENDENDO VIESES NOS OUTROS

Luise Thomas | luisethomas@hotmail.com | (51) 8570-7077 1 FACE/PUCRS | Processo Decisório | Prof. Luis Guadagnin | Turma 670 2

Atualmente, nos ambientes organizacionais contemporâneos, sabe-se que os decisores necessitam utilizar (e utilizam) elementos que transcendem mera lógica ou raciocínio padronizado, reproduzido em livros, manuais, entre outros. Há muito tempo a intuição, a percepção e os sentidos se fazem instrumentos fundamentais de auxílio à decisão - fato que se comprova inclusive no estudo das ciências sociais, incluindo a teoria das organizações, as quais tratam das influências que o ambiente e o fator psicológico exercem nas pessoas e como se manifestam na vida organizacional. O presente artigo visa identificar e avaliar os vieses de decisão, para assim, também, possibilitar o entendimento destes nas outras pessoas, e o como tal conhecimento e habilidade pode afetar no processo decisório como um todo.

Palavras-chave: Processo Decisório, Heurística, Vieses de Decisão, Comportamento dos agentes decisórios, Tomada de Decisão Intuitiva

1 Dados do aluno (nome completo, e-mail, telefone)

2 FACE/PUCRS, Curso ____, Professor Luis Guadagnin.

1. INTRODUÇÃO

Em um mundo de constantes mudanças onde o tempo para decidir é cada vez menor e os desafios se mostram cada vez mais constantes, a soma das questões diárias que todas as organizações se deparam diz respeito à sua sobrevivência, visto que estas estão inseridas em um ambiente complexo, caracterizado pela instabilidade e incerteza. Dessa forma, a abordagem convencional que enfatiza soluções analíticas (lógica e racional) dos problemas se torna insuficiente para auxiliar os tomadores de decisão a enfrentar a rápida mudança. Essa situação impulsiona a busca por novas estratégias, não tão convencionais mas já amplamente usadas, para vencer as dificuldades enfrentadas.

Em suma, sabe-se hoje, que ao contrário do que muito se defendeu e acreditou no passado, a intuição não é contrária a razão, muito menos são elas mutuamente excludentes – são complementares e num processo decisório eficaz, devem coexistir. Assim, conhecer os vieses e entendê-los no comportamento dos outros consiste em uma estratégia concreta, uma oportunidade de aumentar significativamente a eficácia de um processo decisório.

2. ENTENDENDO VIESES NOS OUTROS

Para iniciar a revisão da literatura e possibilitar maior entendimento da pesquisa e do artigo, é válida a retomada de alguns conceitos básicos:

Decisão

Para Simon (1979 p. 48):

As decisões são algo mais que simples proposições factuais. Para ser mais preciso, elas são descrições de um futuro estado de coisas, podendo essa descrição ser verdadeira ou falsa, num sentido estritamente empírico. Por outro lado, elas possuem, também, uma qualidade imperativa, pois selecionam um estado de coisas futuro em detrimento de outro e orientam o comportamento rumo à alternativa escolhida. Em suma, elas possuem ao mesmo tempo um conteúdo ético e um conteúdo factual.

Portanto, a decisão não é uma ação isolada; é o processo de escolhas dos seres humanos baseado em premissas. A decisão é a menor unidade de análise, é composta por inúmeras premissas que passam a estar relacionadas com as situações que a precedem e a sucedem não podendo ser separada do processo decisório (Simon, 1965).

Processo Decisório

Para Barnard (1971), a diferença entre as decisões pessoais e as organizacionais é o processo. As decisões pessoais não podem ser delegadas ordinariamente a outras pessoas, já as decisões das organizações podem ser delegadas. A importância atribuída ao processo decisório por Barnard é acompanhada por Griffiths (1971), ao afirmar que a decisão é o coração da organização e do processo administrativo. O processo decisório, segundo Barnard (1971) e Griffiths (1971), é peculiar a cada organização e é o que diferencia uma organização da outra.

Para Leitão (1997 p. 95):

... não é desejável separar pontualmente decisão de "organização",

pois tudo está relacionado. Para chegar a compreensão do todo, as propriedades a serem identificadas seriam as das relações e não as das partes componentes isoladamente.

O processo decisório é composto pelos aspectos relacionados ao sistema de informações, as crenças dos decisores, às relações de poder, e à complexidade das condições em que as decisões são tomadas (FARIA, 1979). Portanto, uma das funções da organização é a de proporcionar um ambiente psicológico que condicione as decisões dos indivíduos aos objetivos da organização (SIMON, 1965).

Técnicas de tomada de decisões | Fonte: Simon (1960, p.22).

Heurística

Vem do Grego, e consiste em um procedimento que, em face de questões difíceis envolve a substituição de respostas para um projeto, por outras de resolução mais fácil a fim de encontrar respostas viáveis, ainda que imperfeitas. Podendo tal procedimento ser tanto uma técnica deliberada de resolução de problemas, como uma operação de comportamento automática, intuitiva e inconsciente.

Segundo Macedo (2007),

"são regras gerais de influência, abordagens intuitivas da mente humana, utilizadas

inconscientemente pelos decisores para chegar aos seus julgamentos em tarefas decisórias de incerteza”. Podem ter uma formulação razoável, de modo que algumas vezes produzem resultados corretos, economizam tempo para o tomador de decisão – por vezes essa economia se faz mais importante do que alguma perda na qualidade das decisões tomadas. Todavia, sendo esta um conjunto de tendências que nem sempre chega-se a perceber, seu uso deve ser acompanhado da

consciência da possibilidade da mesma trazer vieses para o processo de tomada de decisão. Para Stoner e Freeman (1992),

As pessoas utilizam princípios heurísticos para

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