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Analise Swot produção de cafés

Por:   •  16/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.344 Palavras (6 Páginas)  •  2.311 Visualizações

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A ANÁLISE SWOT DA CADEIA PRODUTIVA DOS CAFÉS ESPECIAIS

1.       PONTOS FORTES DO SETOR

O café é uma das commodities mais comercializadas no mundo, sendo o Brasil o seu maior produtor desde século XIX, em 2015, manteve sua posição, a safra alcançou 43,24 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado (MAPA). Além do fato do Brasil ser o maior produtor de cafés, o país possui um território imenso e diversificado, com características que favorecem a produção de cafés, como clima, solo e uma ampla variedade de cultivares disponíveis, sendo os da espécie arábica os mais cultivado – em 2015, 75% da produção nacional de café beneficiado foi de café do tipo arábica, este que trabalhado algumas características durante o manejo tornar-se uma bebida especial. O estado de Minas Gerais é o maior produtor nacional, tendo produzido em 2015 22 milhões de sacas beneficiadas de 60 kg (CONAB). A espécie cultivada no estado é quase que exclusivamente a arábica, a qual representa atualmente 98% dos grãos beneficiados.

 A região das Matas de Minas é composta geograficamente por 63 municípios, localizada ao leste do estado de Minas Gerais, nesta região temos mais de 275 mil hectares plantados, onde cerca de 80% das propriedades tem menos de 20 hectares plantados, são na maioria pequenos produtores. Devido as questões climáticas, altitude elevada e por serem produções de pequena escala a região é uma forte produtora de cafés especiais.

A cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo em relação a questões sociais e ambientais, havendo uma preocupação em garantir a produção de um café sustentável. A atividade cafeeira é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais. São leis que respeitam a biodiversidade e todas as pessoas envolvidas na cafeicultura e pune rigorosamente qualquer tipo de trabalho escravo e/ou infantil nas lavouras. As leis brasileiras estão entre as mais rigorosas entre os países produtores de café. O Brasil desenvolve o maior programa mundial de pesquisas em café. Avanços significativos da cafeicultura brasileira estão relacionados a pesados investimentos em pesquisas em áreas importantes, como o melhoramento genético, biotecnologia e manejo de pragas, desenvolvidas anualmente pelo Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de instituições brasileiras de pesquisa. (MAPA).

2.       PONTOS FRACOS

Apesar do Brasil possuir um parque cafeeiro diverso, que possibilita produzir uma grande variedade de tipos de bebidas, tais vantagens não são totalmente exploradas, pois o país tem atuado basicamente com cafés de consumo de massa, com forte demanda por quantidade e com pouca inserção no mercado que mais tem crescido, o de qualidade superior (SEBRAE, 2001).

A promoção comercial do cafés especiais conduzida pelo Brasil e pela região das Matas de Minas tem sido tímida e está restrita à participação brasileira em feiras, e venda para os mercados europeu e japonês. A participação do Brasil na oferta de café com qualidade ainda é muito pequena. O estudo feito pelo SEBRAE (2001), mostra que nos EUA, do total de cafés especiais importados em 1998, isto é de 3,4 milhões de sacas, o Brasil foi responsável por apenas 5%, enquanto a Colômbia teve participação de 32% e a Guatemala 14%. A Colômbia investe cerca de US$ 25 milhões por ano em marketing e participa com aproximadamente 300 mil sacas no mercado gourmet. O diferencial médio de preços alcançado em todo café colombiano negociado situa-se ao redor de US$ 25 a mais do que o brasileiro. Esses dados mostram que o Brasil precisa investir muito na produção de café com qualidade e principalmente divulgar essa nova forma na organização da produção, para mudar a imagem que o café brasileiro tem no mercado internacional.

Mesmo o Brasil sendo o maior produtor de café e com crescente participação no mercado cafeeiro, existem gargalos que impedem um crescimento maior, como a presença no mercado de países que mantêm preços artificiais mais elevados, conseguindo aumentar suas áreas produtivas, beneficiando seus produtos e com isso reduzindo a participação brasileira. Em geral, a qualidade do café brasileiro ainda é baixa, apesar de todos os avanços alcançados nos últimos anos (CARVALHO e BITENCOURT, 2005).

3.       OPORTUNIDADES

Atualmente o setor de cafés especiais, estão em alta no mercado, tanto no Brasil, como no mundo. É preciso aproveitar tal situação para investir, e garantir participação no mercado internacional, o qual tem proporcionado abertura para os cafés com qualidade. Com isso vários agentes do setor podem se beneficia dessa oportunidade.

O setor é direcionado para atender a um nicho de mercado que aprecia os cafés com alta qualidade. Esses produtos têm o preço diferenciado em relação ao café comum. O crescimento no consumo de cafés gourmet tem sido de 15% a 20% ao ano, muito acima do segmento de café tradicional, que apresenta taxas anuais de crescimento entre 2% e 4% (ABIC). Portanto, mesmo que o preço do café gourmet seja superior ao café tradicional, os consumidores que apreciam este tipo de café, estão disposto a pagar mais por um produto que ofereça algo diferente.

Desse modo, apesar dos custos de produção do café gourmet serem maiores em relação ao café tradicional, os ganhos finais também são superiores, em torno de 35% a 40% sobre o preço da saca de café comercial. (SEBRAE, 2008).

O setor possui vários órgãos que garantem a certificação do café gourmet facilitando sua comercialização no mercado interno e externo (NASCIMENTO et al., 2003).

4.       AMEAÇAS

Embora Minas Gerais seja o maior produtor nacional de café, o estado possui característica montanhosa, o que dificulta o uso de máquinas, e a maioria de suas lavouras está próxima aos centros urbanos, o que dificulta a aquisição de mão de obra e resulta no encarecimento na atividade. A falta de profissionalização por parte das maioria dos produtores e as alterações climáticas junto com os demais fatores citados acima deixam a atividade instável e menos lucrativa, possibilitando assim no futuro um abandono da atividade.

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