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Analise organizacional

Por:   •  6/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.138 Palavras (9 Páginas)  •  164 Visualizações

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  1. Revolução Industrial Japonesa
  1. Contexto Histórico

Na era Tokugawa – de 1603 a 1868 – apesar de o Japão se mostrar uma nação fechada para o mundo, foi o período em que a sociedade japonesa desenvolveu seus valores.

Após a invasão da baía de Uraga, em 1853, pelos americanos, o Japão foi forçado a abrir seu comércio a outras nações. Esse foi o início para uma série de conflitos internos – guerra civil - e externos envolvendo outros países em expansão, que cessaram com a Revolução Meiji. Em um curto período, o Japão passou de um país feudal, essencialmente agrícola e isolado no campo das relações internacionais, a uma nação aberta comercialmente e estimulada a mergulhar num intenso processo de transformações em vários âmbitos. A Revolução Meiji promoveu a restauração do império, a unificação e inauguração de um período de modernização do país, através da implantação da filosofia: espírito japonês e tecnologia ocidental.

Surgem grandes concentrações econômicas em torno de segmentos tidos como estratégicos, chamados zaibatsu. Tratava-se de pequenos grupos composto pelas principais grandes empresas do país, organizadas para controlar a exploração mineral, bancos, a indústria bélica e naval, indústria têxtil, siderurgia, comércio exterior e tudo o mais que fosse importante aos interesses do império. Desses segmentos, a indústria bélica foi de grande importância no processo de modernização, por contar com os subsídios do governo e favorecer a integração harmônica entre império e zaibatsus. Ao redor dessas grandes empresas existiam empresas satélites, que lhes forneciam submontagens ou prestavam-lhes serviços. Contudo, não eram consideradas membros do grupo, não eram beneficiadas pelos incentivos financeiros e outros tipos de proteção oferecidos às grandes empresas.

O modelo da relação entre as grandes empresas e as empresas satélites constituía uma espécie de monopólio bilateral, onde as menores tinham sua produção voltada exclusivamente à uma cliente, enquanto as maiores dispunham de fornecedores específicos para cada um dos seus insumos. Revelava-se importante, portanto, a preservação de valores como confiança, sensibilidade e sutileza, entre outros.

A Revolução Meiji concedeu aos ex-samurais a tarefa de tornarem-se burocratas e adquirirem experiência administrativa, por preservarem valores que os distinguia das demais classes, como compromisso com a educação, responsabilidade social, autorrespeito e devoção à tarefa que lhes eram designadas. O objetivo era aliar a lealdade e disciplina daqueles guerreiros, aos objetivos de fazer com que as empresas japonesas se tornassem referência mundial em qualidade.

Ao fim da Segunda Guerra Mundial o Japão era um país pobre, arruinado e destruído. Dispunha apenas da incomum força humana de sua gente e, num exemplo único de recomeço bem sucedido, desmontou a estrutura feudal em que o país vivia há séculos mudando totalmente as bases políticas, sociais e econômicas do país, buscando o que havia de melhor nas nações mais desenvolvidas no contexto mundial da época – doutrina militar da França, tecnologia siderúrgica da Suécia, influência alemã para a medicina. Dos Estados Unidos importou a educação técnica, fundamental no processo de melhoria da qualidade de seus produtos.

  1. Desenvolvendo a Qualidade

        O Japão promoveu um grande e envolvente movimento organizado de difusão da qualidade nas suas indústrias, que o possibilitou obter a liderança em diversos setores onde se fazia presente a qualidade, surpreendendo o ocidente.

        A qualidade se torna a estratégia nacional de sobrevivência e competitividade. Antes da Segunda Grande Guerra os produtos japoneses eram considerados baratos e ruins, mas, a partir da década de 60 o país passa a ser modelo em gerenciamento da qualidade, através do aprimoramento dos fundamentos apresentados pelo modelo de Controle Total da Qualidade, desenvolvido no ocidente.

        Autores de importância surgiram no Japão, entre eles Shigeo Shingo e Kaoru Ishikawa. Ishikawa contribuiu não só para a qualidade, mas também para a gestão das empresas enfatizando o lado humano, o que o tornava um crítico ao taylorismo.

        Em 1946 é criada a Japanese Union of Scientist and Engineers – JUSE –, centro de difusão das atividades de controle de qualidade no país, que mais tarde, em 1950 e 1954, levaria Deming e Juran, respectivamente, para proferirem palestras sobre controle estatístico da qualidade e gerenciamento da qualidade aos executivos das empresas.

        O trabalho de difusão em massa dos conceitos da qualidade era feito através de séries no rádio e na TV, além de serem vendidos sobre a forma de textos, em bancas de jornais.

        Em 1962 Ishikawa cria os CCQs – Círculo de Controle da Qualidade, grupos de trabalhadores voluntários de uma mesma área, coordenados por um líder, que realizam, atividades de controle e desenvolvimento da qualidade. Esses grupos procuravam apresentar soluções, não só para os problemas relativos à qualidade no seu local de trabalho, mas para o melhoramento da empresa como um todo, além do desenvolvimento das capacidades individuais, extraindo-lhes o potencial humano infinito e, da construção de um local alegre, que ofereça satisfação no trabalho. Para tanto, contam com a participação de todos os integrantes da equipe, independente de nível hierárquico, levando a empresa a aprimorar sempre, como forma de promover a melhoria contínua, ou kaizen – filosofia gerencial que tem como conceito: “hoje melhor que ontem, amanhã melhor que hoje”.

        A garantia da qualidade dos japoneses difere do conceito ocidental, pois, está centrado no cliente, e não na demonstração, uma vez que o mesmo deverá se sentir plenamente satisfeito com o produto, podendo adquiri-lo, utilizá-lo e manter a satisfação quanto a seu uso por um longo período.

  1. Influenciadores e Gurus da Administração Japonesa

        Muito do sucesso do modelo japonês de administração se deve ao esforço de seu povo e ao desejo de se tronarem uma nação poderosa após a Segunda Guerra Mundial. Mas o esforço e o desejo seriam insuficientes para tão grandioso feito.

        A importação de tecnologia em segmentos importantes foi de grande importância para a evolução da qualidade japonesa e, nesse sentido, o conhecimento técnico norte-americano não só agregou ao processo de forma direta, como também indireta influenciando seus estudiosos e especialistas.

        Destacam-se, dentre esse grupo de estudiosos, alguns que foram os responsáveis pela formação das bases dos sistemas atuais de qualidade.

  1. Joseph M. Juram

        

        A Qualidade deve ser planejada e seus custos devem ser apropriados.

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