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Análise crítica dos artigos - Para uma crítica da medievalização na educação e Família, escola e desempenho acadêmico

Por:   •  4/12/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.370 Palavras (6 Páginas)  •  411 Visualizações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

Análise crítica dos artigos “Para uma crítica da medicalização na educação e Família, escola e desempenho acadêmico.

Renata de Oliveira Barbosa

PETRÓPOLIS

2017

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE PSICOLOGIA

Análise crítica dos artigos “Para uma crítica da medicalização na educação e Família, escola e desempenho acadêmico.

Renata de Oliveira Barbosa

Trabalho apresentado a   Prof. Mara Noel como requisito parcial para a aprovação na disciplina Psicologia Escolar II, do Curso de Psicologia da Universidade Católica   de   Petrópolis em 24/11/2017.

PETRÓPOLIS

2017


O artigo para uma crítica da medicalização na educação da autoria de Marisa Eugênia Melillo Meira, de 2011 visa analisar criticamente o processo crescente de medicalização relacionado ao processo de educação, bem como os diagnósticos patologizantes crescentes que buscam explicar os problemas escolares, as dificuldades encontradas no âmbito escolar associado a criança como responsável pela dificuldade.

Enquanto o artigo família, escola e desempenho acadêmico, da autoria de Maria Virgínia Dazzani e Marcelo Faria, centralizam a discussão do tema enfatizando a importância de considerar a relação da avaliação escolar juntamente com as demais variáveis, os contextos de ensino e aprendizagem relacionados aos fatores sociais, da própria estrutura da escola, da formação dos professores, entre outros. Assim como repensar o tema desempenho acadêmico e fracasso escolar. Outro aspecto importante considerado é a relação família escola.

Como mencionado no texto de medicalização, Welch, Shwartz e Woloshin (2008) criticam a maneira de enxergar o homem que atualmente vivemos, em que transformam as características pessoais, psicológicas como um distúrbio que consequentemente provocam diagnósticos em massa, assim como uma epidemia de tratamento, sujeitando o indivíduo a medicamentos que trazem efeitos que podem ser mais danosos a eles. É importante ressaltar que a medicalização em determinados casos é necessária sim, o diagnóstico é importante, compreender o que acontece exatamente com o indivíduo e a partir daí elaborar um plano terapêutico. Porém, considero que seja importante a medicalização estar aliada a ajuda terapêutica, pois muitos problemas fisiológicos são em respostas a problemas psicológicos.

No que se refere a medicalização e educação, deve-se enxergar para além dos problemas aparentes. Como exemplo, algumas características da própria sala que o indivíduo estuda, pode atrapalhar sua atenção. Acontece que há muita expectativa de como um aluno deve comportar-se no contexto escolar, ou da maneira que ele tem que aprender, quando na realidade devemos entender que somos seres subjetivos e que temos processos de aprendizagem diferentes, uns possuem a capacidade cognitiva, os processos de percepção, linguagem mais desenvolvidos do que o outro -o que não o coloca como inferior- mas que talvez pelo contexto social não teve a mesma oportunidades de se desenvolver

A escola portanto, deve ser um espaço onde considera todas estas divergências existentes em que o indivíduo sai do seu contexto familiar, onde possui regras, maneiras

 de agir e de se comportar distintas da que ele encontra na sala de aula a linha entre o comportamento do aluno indisciplinado e o aluno que possui o diagnóstico de TDAH é tênue, portanto deve-se ter a responsabilidade ética e o comprometimento com aquele indivíduo em realizar um diagnóstico correto.

O contexto escolar precisa ampliar sua visão, trocar o foco de qual o problema que o indivíduo tem e pensar quais métodos e como a escola pode auxiliar na solução? Ou o que na escola tem produzido a falta de atenção? Deve ser um lugar onde o indivíduo possa receber, trocar e socializar o conhecimento com ajuda do professor. Esse molde em que o aluno precisa seguir um método exato para aprender algo é inadequado, existe a necessidade de novas práticas que englobem as subjetividades.

Considerando todos esses aspectos que permeiam o aprendizado do aluno, torna-se muito injusto submetê-lo a medicação com remédios que não foram comprovado ou estudados os efeitos, como a própria ritalina que tem sido muito indicado atualmente.

Penso que a grande problematização da questão refere-se a normatização de condutas. Estabelecemos como o indivíduo precisa agir no contexto escolar, o professor possui expectativas sobre, onde o aluno bom é aquele que cumpre as demandas com as notas sempre altas. É um grande paradoxo pois o aluno que participa muito possui hiperatividade, enquanto o aluno que é mais tímido, mais introvertido possui déficit de atenção. É claro que o professor também passa por muitas dificuldades, mas devemos começar a reformular nossa prática que vejamos resultados.

Em síntese, esta análise crítica não tem o intuito de simplesmente criticar a medicalização pois ela também é importante, trata-se aqui da medicalização com o diagnóstico sem responsabilidade, sem compromisso ético com o indivíduo. Entendo que o indivíduo é um ser que possui leis gerais mas que também possui peculiaridades, entendo a importância de o professor que tem total influência sobre o aluno enxerga-lo dessa maneira, de maneira que busque novas práticas para pensar no indivíduo como um todo.

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