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Análise do sistema de saúde de cidade fictícia

Por:   •  18/10/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.513 Palavras (15 Páginas)  •  518 Visualizações

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Universidade de Brasília - UnB

Faculdade de Ciências da Saúde - FS

Departamento de Saúde Coletiva - DSC

Saúde Familiar

Estruturação de um novo modelo de Atenção a Saúde.

Documento elaborado pelos alunos da matéria de Saúde Familiar do 1° semestre de 2014 com o auxílio dos docentes: Maria Fátima de Sousa e Marcos Franco.

Brasília, 07 de Julho de 2014.

  1. Introdução

A seguir será apresentado o Plano Municipal criado pelos alunos da matéria de Saúde Familiar para a criação de um novo modelo de Atenção a Saúde no município de Dois Caminhos, o novo modelo foi pensado a partir de uma análise situacional do município, (onde constava toda a problemática e história da cidade), onde foi observada a grande necessidade de se realizar uma mudança nos serviços e ações de saúde da localidade e o prazo estipulado para que o novo modelo seja totalmente implantado é de 4 (quatro) anos, tempo de duração do atual governo.

Este documento é referente ao projeto de planejamento do Plano Municipal de Saúde referente ao governo do novo Prefeito. O plano é definido como o instrumento de gestão, que baseado em uma análise situacional, define intenções e resultados a serem buscados pelo município no período de 2014 a 2017 (4 anos em que o novo prefeito estará a frente da cidade), expressos em  objetivos, diretrizes e metas.

O compromisso do Governo do município com a saúde de nossa população esta em consonância com as políticas de saúde Federal e Estadual, conforme os princípios e diretrizes dos instrumentos jurídico-legais que regulam o funcionamento do SUS. As diretrizes políticas (universalidade, equidade, integralidade, descentralização, hierarquização e participação popular) estão contidas na Constituição Federal, nas Leis 8.080/90 e 8.142/90, Leis Orgânicas do Estado e do Município e em outras leis e portarias que regem o Sistema de Saúde.

A importância do Plano Municipal de Atenção Básica se dá na medida em que ele constitui uma das etapas da gestão, a de planejamento, que deve ser seguida pela execução da ação e de uma constante avaliação do serviço e mais do que isso, tornar as ações um pacto entre gestores, profissionais e sociedade civil e fazer disso uma agenda política para o município.

  1. Modelo de Atenção Real

A cidade nasceu às margens de um rio, de forma desordenada e não planejada, sem infra-estrutura e saneamento básico, a sua economia baseia-se na oferta e demanda de serviços públicos, no pouco comércio e na agricultura familiar, a cidade é administrada pelas lideranças políticas familiares com oligarquias rurais, tem um sistema educacional precário e no meio de tantos pontos negativos, tem-se um ponto positivo em que a cidade possui bons meios de comunicação que não só pode mas como vai ajudar muito na implementação do plano e na comunicação com a população.

A atenção à saúde tem seguido o modelo Biomédico, aonde o serviço se concentra nas consultas médias e especialidades, aonde existe uma oferta e a demanda tem que se adequar a ela, as condições sociais da sociedade também influencia para tal problema.

O modelo de Atenção da cidade não possui organização da rede hospitalar ou uma vigilância epidemiológica ativa, faltam ações de prevenção e promoção á saúde contribuindo assim para os altos índices de gravidez precoce, obesidade, aumento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e um dos principais pontos que se precisa de uma reestruturação é a baixa cobertura da Estratégica Saúde da Família.

A partir desses problemas no modelo atual é que nos baseamos para a criação de um novo Plano de Atenção a Saúde, tentando assim criar um modelo desejado, assumindo responsabilidade de planejamento, criação e manutenção dessa nova ferramenta para a melhoria de vida da população do município. A seguir apresentaremos os principais pontos situacionais da nossa cidade, Dois Caminhos.

  • População estimada: 159.505 habitantes - 87.727 mulheres e 71.778 homens; 31.901 Moram na zona rural
  • IDH-M: 0.717
  • Cobertura da rede de esgoto: 1,6% da população
  • Alto índice de fossas negras
  • 90% das residências são abastecidos com água provenientes de poços artesianos, sem tratamento adequado.
  • A coleta de lixo da prefeitura cobre apenas 32% das residências
  • O lixo hospitalar que não vai para cidade vizinha e jogado em valetas e cisternas vazias ou terrenos baldios
  • 64 escolas para o ensino fundamental
  • 47 pré-escolas.
  • 19 escolas de ensino médio
  • Das escolas apenas cinco possuem biblioteca e laboratório de informáticas, os equipamentos permanecem fechados desde a entrega feita pelo governo
  • Não há merenda escolar e a estrutura física das escolas é precária.
  • Os prédios públicos estão deteriorados
  • Na área centra da cidade possui dois ginásios de esportes e duas praças, já na periferia encontramos outras quatro praças públicas de menor porte.
  • A rádio no local tem expressiva penetração junto à comunidade, em especial jovens e donas de casa
  • Internet limitada, instituições públicas e privadas, e poucos comerciantes e moradores tem acesso doméstico, o sinal é muito oneroso.
  • Telefones e acesso a internet, que funcionam domesticamente e alguns pontos comerciais.
  • 3 (três) supermercados, inúmeros mercadinhos e feiras livres.
  • Apenas uma distribuidora de alimentos orgânicos.
  • Produção de hortigranjeiros é do próprio município
  • Crescimento acentuado da venda de lanches por ambulantes
  • 27 estabelecimentos de saúde; 12 públicos e 15 privados
  • Público
  • 1 hospital geral
  • 1 maternidade
  • 2 centros de saúde na zona rural
  • 6 centros de saúde urbanos
  • 1 laboratório de análises clínicas
  • 1 pronto socorro.
  • Privado
  • 1 hospital
  • 8 clínicas de especialidades médicas e odontológicas
  • 6 laboratórios de análise clínicas
  • O hospital geral conveniado ao SUS, não dispõe de estrutura e serviços para atender toda a população
  • Equipamentos de apoio ao diagnóstico encontram-se em manutenção e outros quebrados
  • 12 (doze) farmácias em funcionamento na rede privada.
  • 1 (uma) farmácia central de distribuição de medicamentos que esta desativada há dez anos
  • A prefeitura faz a aquisição dos medicamentos nas farmácias privadas
  • 5 (cinco) equipes do Programa Saúde da Família, distribuídas em diferentes bairros e na zona rural
  • Cobertura de 1%, que corresponde à possibilidade de acesso a 15.000 pessoas
  • 28 (vinte e oito) Agentes Comunitários de Saúde
  • 5 (cinco) ACS estão vinculados a uma enfermeira superior em uma equipe de atenção básica tradicional
  • As equipes de ESF têm dificuldades em realizar as reuniões de planejamento das ações.
  • A busca pelos serviços de saúde tem sido centralizada na consulta médica e no apoio ao diagnóstico
  • Necessidade de atenção à saúde das crianças, adolescentes e mulheres
  • Ascendente curva das doenças crônicas não transmissíveis
  • A Secretaria Municipal de Saúde registrou 400 casos de suspeita de dengue em 2010, do quais 50% se confirmaram
  • 15% das mulheres entre 15 e 17 já possuem um filho
  • Destas, estima-se que 10% são solteiras, responsáveis pelo sustento da família
  • Aumento da população de idoso nos últimos anos
  • Refletindo nos casos de isolamento familiar e no aumento das Doenças Crônicas não Transmissíveis
  • Obesidade e casos de desnutrição também tem sido observados tanto na população idosa quanto nos mais jovens
  • Uso de álcool e drogas psicoativas são fatores de risco aos transtornos mentais freqüentemente presentes no município
  • Violência na população jovem (de 15 a 29 anos) vitimada por acidentes de trânsito, homicídio e suicídio, principalmente entre mulheres e negros
  • Falta de médicos, longas filas nos hospitais e maltrato no atendimento.
  • Falta de acesso aos medicamentos em especial os de uso contínuo.
  • Falta de transparência na execução dos recursos públicos destinados à estruturação de um novo modelo de atenção à saúde.

  1. Modelo de Atenção Ideal

Para nós, o modelo ideal seria conseguir criar uma equipe multiprofissional especializada que atendesse às necessidades da população de forma humanizada, acesso ampliado aos serviços de saúde para toda a população, atividades ligadas a áreas de educação em saúde e de cuidados de atenção básica, assim como programas e políticas de saúde, condições de saúde mínimas adequadas para a população e divisões das ações e projetos.

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