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Aprendendo a Aprender - Resumo do Capítulo Experiência

Por:   •  6/4/2015  •  Resenha  •  1.687 Palavras (7 Páginas)  •  3.293 Visualizações

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Resumo – Livro: Aprendendo a Aprender

Capítulo 4 “Experiência”

Para Garvim, boa parte do conhecimento se origina do envolvimento, comprometimento, disciplina e participação pessoal do interessado e Garvim cita as duas escolas de pensamento e seus pensadores principais: Descartes e Leibniz (Racionalistas) e Locke, Berkeley e Hume (Empiristas).

Os Racionalistas Descartes e Leibniz definem que o conhecimento é resultante das idéias e princípios inatos a cada individuo. A pessoa aprende por mecanismos mentais que são estimulados por um conjunto de ações lógicas existentes no cérebro de cada um e que ao se combinarem inteligentemente, possibilitam a aprendizagem sobre determinados fenômenos.

Já os empiristas Locke, Berkeley e Hume, entendem que o conhecimento é adquirido pelas percepções que a pessoa possui  sobre os fatos observáveis e extraídos sensoriamente da realidade em que se encontra, eles discordam que o conhecimento vem apenas de percepções e dados sensoriais como dizem os Racionalistas.

Na década de 1900, o norte americano John Dewey, como empirista, aumentou ainda mais este debate, quando criticou o ensino tradicional das escolas com o pragmatismo. Nas citações de Garvim, o norte americano John Dewey é imperativo quando afirma “toda a verdadeira educação vem da experiência, e Dewey propôs um currículo baseado em um fluxo constante de projetos práticos em vez de palestras e dos testes usuais. Problemas práticos aplicados asseguravam não haver separação de matéria e método; davam aos estudantes “algo para fazer, não algo para aprender; e o fazer é de natureza tal que exige raciocínio ou a anotação intencional de conexões; a aprendizagem resulta naturalmente”. Adotaram essa mesma abordagem, os estudiosos dos negócios, cunhando a frase “aprendizagem de Ação”.

Hoje, muitos definem a aprendizagem como mudanças de comportamento ocasionada por experiência, sendo a tentativa e o erro os principais mecanismos. Como Dewey, acreditam que o processo é mais eficaz quando situado e embasado, estreitamente ligado a atividades concretas e experiência anterior. De acordo com um estudo realizado pelo National Council: Habilidades gerais, como decompor um problema em problemas mais simples ou verificar para ver se capturamos a idéia principal de um texto, podem ser impossíveis de aplicar senão tivermos uma bagagem de conhecimento de problemas similares – ou se não soubermos o suficiente sobre o tópico para conhecer suas idéias.

A prática desempenha um papel de grande importância na explicação de desempenho especialista. Estudos realizados em uma ampla gama de áreas de atividades mostram que desempenho de classe mundial é alcançado apenas após 10 anos de esforços. Mas essa superioridade  tem um preço. As habilidades mentais e físicas associadas são altamente especializadas e não são facilmente transferíveis através de área de atividades.

Gerentes em nada são diferentes. Também levam anos para perfeiçoar seu ofício e aprendem melhor através da prática e experiências práticas. E para serem eficazes, essas experiências devem ser diversificadas. Como observou um especialista em desenvolvimento gerencial: “As lições potenciais em cada tipo de experiência são determinadas pela superposição daquilo que a experiência exige e por aquilo que uma pessoa ainda não sabe fazer...Desenvolvimento resulta de fazer algo diferente daquilo que constitui nossos pontos fortes atuais”.

Esses argumentos sugerem que aprendemos a partir da experiência de duas formas distintas: pela repetição e pela exposição. A repetição assegura que as mesmas tarefas sejam realizadas de forma mais eficientes com o passar do tempo. A exposição, por outro lado, assegura que um novo conjunto de talentos seja desenvolvido.

Curvas de Aprendizagem e de Experiência

        O impacto desses processos é difícil de ser medido diretamente. Tanto a repetição quanto a exposição operam nos bastidores; suas lições são frequentemente implícitas e automáticas. Em vez de tentarem desemaranhar e avaliar as contribuições distintas da repetição e da exposição, eles as têm agrupado sob um teto único e abrangente: a curva de aprendizagem.

        As taxas de aprendizagem são uniformes através de produtos, processos, empresas e setores industriais. Alguns produtos, processos e plantas industriais simplesmente têm maior potencial para melhorias baseadas na experiência do que outras. Envolve menos customização, maior freqüência de repetição e maior transparência em equipamento e técnica.

Taxas de falha são de difícil previsão antecipada; como a segurança pode estar em jogo, às estimativas iniciais dos engenheiros geralmente são conservadoras. O resultado é uma contínua expansão de conhecimento através do uso, além de eficiência aumentada.

Empresas como a Boston Consulting Group levaram essas idéias a um nível mais alto na década de 1970. Valendo-se da lógica das curvas de aprendizagem, argumentou que as indústrias como um todo se deparavam com curvas de experiência, reduções previsíveis de custos e preços à medida que as indústrias cresciam e sua população total aumentava.

Tanto a curva de aprendizagem quanto a de experiência ainda são largamente usadas, especialmente nos setores aeroespaciais, de defesa e de eletrônica. O problema, em grande parte, é a vasta mitologia que atualmente envolve as curvas de aprendizagem e de experiência e impede seu uso ponderado.

Opiniões populares, mas equivocadas:

- A aprendizagem da mão-de-obra é a impulsionadora primária da melhoria. Esta suposição data do trabalho original com curvas de aprendizagem, que examinava produtos complexos e operações de montagem intensivas em tempo.

- As taxas de aprendizagem são uniformes através de produtos, processos, empresas e setores industriais. Os primeiros pesquisadores, valendo-se de dados do setor  de fabricação de aeronaves, relataram uma taxa de aprendizagem de 80%. Este número logo se tornou aceito como fenômeno universal, com grande previsibilidade.

- Curvas de aprendizagem são estáveis ao longo do tempo. Durante muitos anos, pensava-se que curvas de aprendizagem encerrassem grande poder de previsão. Esperava-se que taxas de melhoria existentes permanecessem estáveis, com pouca ou nenhuma mudança ao longo do tempo. Infelizmente, tal estabilidade exige que tanto as entradas quanto as saídas permaneçam constantes e sem alteração; caso contrário, haverá grandes erros. O conhecimento, afinal de contas, normalmente se desvaloriza com o tempo e é facilmente perdido.

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