As Conclusões na Administração

MANUAL DE INVESTIGAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Raymond Quivy e LucVan Campenhoudt

RESENHA- SÉTIMA ETAPA: AS CONCLUSÕES

Este capítulo interpela sobre a conclusão de um trabalho em que muitos leitores iniciam suas pesquisas para ter uma ideia do interesse que a investigação tem para si. Podendo assim decidir se lerão o relatório inteiro ou algumas partes.
A conclusão de um trabalho é dividida em três partes: a retrospectiva, a apresentação e as considerações.

Retrospectiva das Grandes Linhas do Procedimento, incluirá a apresentação de pergunta de partida na sua última formulação, apresentação das características principais do modelo de análise, apresentação do campo de observação e a comparação dos resultados hipoteticamente esperados e os observados com retrospectivas das principais intepretações das suas diferenças.

Novos Contributos para os Acontecimentos, produz Os Novos Conhecimentos Relativos ao Objeto de Análise que incidem sobre o fenômeno estudado, mostrando em que é que a investigação permitiu conhecer melhor este objeto. Os novos conhecimentos relativos ao objeto são os que podem pôr-se em evidência ao responder duas perguntas: O que sei a mais sobre o objeto de análise? O que sei de novo sobre esse objeto? Quanto mais o investigador se distancia dos preconceitos do conhecimento corrente e se preocupa a problemática, e Os Novos Conhecimentos Teóricos que estão ligados à formação teórica e à experiência do investigador. Nesta avaliação o investigador toma, geralmente, duas direções complementares: a montante do modelo de análise que incide sobrea pertinência da problemática e a jusante do modelo de análise que incide sobre a sua operacionalização. Os progressos teóricos dessa dupla avaliação apresentam a vantagem de serem construídos com referência direta ao trabalho empírico.

Para as Perspectivas Práticas é necessário que o investigador modere os seus ímpetos e especifique bem as ligações entre as perspectivas práticas e os elementos de análise em que supostamente se inspiram. Muitos investigadores esperam dos seus trabalhos resultados práticos muito claros, que constituiriam guias seguros para as decisões e para as ações. Entre a análise e a decisão prática não é possível contornar a questão do juízo moral e da responsabilidade. As perspectivas práticas de uma investigação dependem da sua capacidade de definir os desafios normativos de uma situação ou de um problema, assim como as margens de manobra dos atores relativamente aos constrangimentos e suas responsabilidades.

Conclui-se a total importância de a conclusão para o investigador dar um rápido diagnóstico para o relatório, podendo recapitular o procedimento e apresentar os resultados com novos conhecimentos e consequências práticas, tomando o cuidado para fazer aparecer as informações úteis aos potenciais leitores.