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As Variantes da Acumulação de Riqueza

Por:   •  1/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.121 Palavras (5 Páginas)  •  169 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Variantes da Acumulação de Riqueza

Formas de criação de mais-valor

Administração no Contexto Brasileiro

ADRIANO RANGEL NISHIMURA

ALINE DA SILVA LIMA

Recife, 04 de Outubro de 2017


  1. CONCEITO

Acumulação de Riqueza

A acumulação encontra-se ligada ao aparecimento do excedente econômico. Está condicionada à quantidade do excedente de produção para além da renovação dos meios de produção e da força de trabalho. Para que surja a acumulação é necessário que o rendimento produzido pelo trabalhador, em um determinado período, não se destine todo ao consumo próprio ou à reprodução do capital. O processo de acumulação não diz respeito apenas às mudanças dos meios de produção, à força de trabalho e ao volume da produção, mas também às mudanças na organização e nas relações sociais.

Se considerarmos como natural tudo quanto é indispensável à sobrevivência, embora não quantificável ou qualificável com exatidão, a riqueza deve ser procurada no âmbito do artificial produzido pela sociedade humana. A noção de riqueza envolve, a ponto de com ela se identificar, o subproduto produzido ou em circulação, em suma tudo quanto ultrapassa a área das necessidades fundamentais à reprodução. Toda a espécie de riqueza prove necessariamente do trabalho. A exploração do trabalho alheio permite acumular riquezas nas mãos de poucos e é utilizada para adquirir poder econômico e poder sobre o proletariado.

Formas de criação de mais-valor

Na economia capitalista a forma de acumulação de riquezas se dá através de geração de bens e serviços, que se dão pelo tempo de trabalhado para produzir determinado bem ou serviço. Mas na atualidade será que a força de trabalho dos empregados é igualmente paga pelo valor da mercadoria produzida e repassada pelas empresas capitalistas? O tempo de trabalho necessário que agrega a estes bens é equivalente ao seu salário? Como estudado nos textos de Luce e Marini o tempo de trabalho excedente não cria valor para o trabalhador mas para o proprietário do capital. Como Marx diz “ Pagas-me a força de trabalho de 1 dia, quando utilizas a de 3 dias. Isso é contra nosso trato e a lei do intercâmbio de mercadorias. (...) Eu exijo a jornada normal de trabalho, porque eu exijo o valor de minha mercadoria, como qualquer outro vendedor (Marx, 1996, p. 348).”

Vemos que o trabalhador só cria mais produtos no mesmo tempo, mas não mais valor. O que permite ao capitalista reduzir o valor dos produtos em relação aos processos de produção que o trabalhador desenvolve, mas a vende a preço correspondente a essas condições. Gerando a obtenção de mais-valor superior ao de seus competidores – ou seja, mais valor extraordinário. (Marine, 2005, p. 145)

  1. ESQUEMA[pic 1][pic 2]

[pic 3]    [pic 4]

  1. APLICAÇÃO

  1. Empresa Contax (Oi, Vivo, Santander, Itaú, NET, Citibank e Bradesco). 

“A categoria da superexploração da força de trabalho foi elaborada por Ruy Mauro Marini para dar conta de explicar o fundamento da dependência como modalidade sui generis do capitalismo. Ela pode ser entendida como uma violação do valor da força de trabalho, seja porque a força de trabalho é paga abaixo do seu valor, seja porque é consumida pelo capital além das condições normais, levando ao esgotamento prematuro da força vital do trabalhador (Marini, 2005[1973]; 2000 [1978]; Osorio, 1975; 2009; no prelo)”

Nessas empresas que abordamos acima, são claros exemplos de superexploração e aumento de mais-valor, casos atuais em que operadores de telemarketing são sugados ao máximo, trabalhando horas extras, tempo de intervalo (almoço, lanche e banheiro) restritos gerando assédio moral, adoecimento massivo, manter funcionários sem registro e pagar um valor menor que o devido.  Com muitos trabalhadores sequelados física e/ou emocionalmente. Essa é a realidade na empresa Contax, uma mera intermediadora dessas grandes potências do nosso mercado.

O resultado da superexploração dessa força de trabalho? 932 autos de infração lavrados, R$ 318,6 milhões em multas, R$ 119,7 milhões de dívidas com o FGTS e quase R$ 1,5 bilhão em débitos salariais.

O que nos mostra claramente que os funcionários criam trabalho excedente gerando um amento de produtividade, permitindo que as empresas reduzam o valor dos serviços prestados à eles e, no entanto, repassando um custo de produção aos seus cliente como se estivem pagando um preço correspondente a essas condições. Resultando na obtenção de mais-valor superior ao de seus competidores – ou seja, mais -valor extraordinário. (MARINI, 2005, p.145)

 

Notícia na íntegra: http://reporterbrasil.org.br/2014/12/teles-e-bancos-superexploram-operadores-de-telemarketing-aponta-fiscalizacao/


  1. MULTINACIONAIS ENVOLVIDAS COM TRABALHO ESCRAVO E EXPLORAÇÃO INFANTIL

Infelizmente a escravidão ainda é uma realidade mundial que não se restringe aos países em desenvolvimento. Multinacionais em todo o mundo ainda a praticam a fim de obterem o máximo lucro e rendimento produtivo, sem nenhum custo para suas balanças comerciais, mas ao custo de vidas para centenas de adultos e crianças, forçados a trabalharem em condições desumanas, para atenderem às necessidades consumistas do capitalismo.

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