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Atividade Matriz Análise de Oferta e Demanda e o seu Impacto nos Negócios

Por:   •  18/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.836 Palavras (8 Páginas)  •  153 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Aluno: Aldir Mendes de Souza Filho

Disciplina: ECONOMIA EMPRESARIAL

Turma: MBA Executivo: Gestão com Ênfase em Logística e Supply Chain Management - Turma: ONL021XA-ENFLGSP04T2

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fale sobre o seu trabalho em linhas gerais.

Para a presente atividade foi selecionado o setor econômico de VAREJO DE MODA. O segmento, a exemplo de muitos outros da área de varejo, tem sofrido grandes transformações com as mudanças no hábito de consumo cada dia mais direcionadas para o segmento online. Essa inclinação foi severamente acentuada na esteira da pandemia do COVID-19, que dadas as restrições de funcionamento do comércio tradicional (lojas de rua e shopping’s centers) provocou uma aceleração no direcionamento a este tipo de compra. Outros aspectos como a chegada de novos competidores no mercado também acionam complexidade na movimentação do setor. Empresas hoje consolidadas em posição de liderança no setor no mercado nacional podem rapidamente perder mercado com a chegada de grandes grupos estrangeiros que, além do porte maiúculo, possuem amplo conhecimento e plataformas de venda online arrojadas e consolidadas.

CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

O mercado de varejo de moda tem passado por drástica reformulação, cada vez mais é difícil segmentar o varejo, principalmente no contexto online, em segmentos específicos (como o de moda). Empresas como o MERCADO LIVRE e a AMAZON implementam em suas plataformas o conceito de MARKET PLACE, ou seja, oferecem uma plataforma estruturada e sólida onde milhares de empresas terceiras disponibilizam seus produtos dos mais variados segmentos a um preço extremamente competitivo. A emprea oferece, além da estrutura, uma curadoria de fornecedores realizando a intermediação financeira e garantindo a entrega nos menores prazos.  Nesse contexto, grandes varejistas de moda como Riachuelo, C&A, Renner, etc. tem ampliado o pool de produtos e linhas que oferecem ao público (agregando, além de roupas, perfumes, celulares, PET, artigos para casa, vinhos, etc) e fortalecendo suas plataformas de venda online.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.

Conforme premissa proposta na atividade individual, o contexto trazido pela pandemia de COVID-19 permeará as análises MACRO e MICRO econômicas. O cenário econômico foi drasticamente afetado com o fechamento (“lockdown”) de diversos segmentos econômicos (inclusive o comércio varejista). Isso trouxe um reflexo imediato no PIB, que teve queda de 4,1% (pior resultado em 24 anos).(1)

O dólar, outro importante indicador econômico, foi pressionado e teve alta significativa de 17% em 2020, chegando a bater picos de R$ 6,00 no auge da crise sanitária(2). Isso afeta a economia como um todo e em especial a cadeia de produção de varejistas como a Riachuelo, que tem diversos componentes e fornecedores locados no leste asiático (consumindo estes insumos em dólar). No entanto as perspectivas recentes com o avanço da vacinação são positivas e a economia já apresenta sinais de melhora(3). Vencido este obstáculo, a aposta é que o sentimento de convalescença anime o consumo com os ares de novos e melhores tempos.

O nível de emprego, outra importante métrica que afeta diretamente o consumo, em face da recente sinalização de avanço do quadro vacinal e superação do quadro pandêmico, apesentou melhora e queda para 11,1% no último trimestre de 2021(4). O número ainda assim é alto em relação à outras economias emergentes e mesmo em relação à série histórica nacional.

A perspectiva de curto prazo no cenário econômico traz sinais de otimismo com a superação de um grave quadro de pandemia e o espírito de convalescença que pode ser criado. Com o avanço da imunização da população mundial, as perspectivas são positivas e a economia já mostra melhora(5).  Superada essa barreira inicial, a esperança é de que o sentimento de recuperação estimule os gastos e a economia se recupere gradativamente. Alguns indicadores econômicos já apontam nesse sentido, embora tenhamos um novo cenário complexo se desenhando com o clima belicoso criado pela invasão russa à Ucrânica (aspecto que procuramos excluir da presente análise dada a premissa proposta na formulação da atividade). Outros aspectos como as eleições presidenciais vindouras também trarão ingredientes e perspectivas complexas em um desenho de longo prazo de comportamento da economia nacional e global.

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional.

Como vimos o conceito de qual segmento deve ser analisado em um perfil de mercado gera dificuldade na amplitude deste segmento. Falaremos estritamente do segmento de varejo de moda, como protocolo, mas também devemos ter um olhar mais amplo para o cenário de MARKET PLACE, que abriga outras empresas na análise setorial.

Considerando o segmento do varejo de moda, é importante destacar a pesquisa qualitativa desenvolvida pelo Instituto Kantar no ano de 2020, a qual entrevistou 2.785 clientes e concluiu que a os millenials em sua maioria (52%) valorizam empresas que tenham políticas de inclusão social e preocupação ambiental, que se esforcem para criar experiências positivas para os clientes e que apresentem grande alcance online. Mesmo os millenials apresentando cinco vezes mais chances de realizar compras online quando comparados às gerações anteriores, ainda consideram importante a presença de lojas físicas e sua experiência nelas.(6)

O olhar para os millenials é importante para traçar uma perspectiva de consumo futuro da marca. Entretanto, o momento atual do segmento e o perfil do consumidor atual não podem ser ignorados. Neste sentido, é importante avaliar os resultados e análises publicados pela Pesquisa Opinion Box – Roupas e Acessórios (Jan/21) e Globo Mind Miners, estudos realizados pelo Centro de Expertise Setorial | Rede Globo e a Jornada de Compra 2020, capitaneada pela Pointlogic/Nielsen. As duas pesquisas descrevem o COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE MODA BRASILEIRO(7)  e suas principais tendências, conforme ilustrado nos infográficos a seguir:

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Embora esteja cada vez mais permeando outros segmentos, o varejo de moda movimentou R$ 259 bilhões no ano de 2020, o que lhe conferiu a posição de terceiro maior alvo de gastos das famílias brasileiras, atrás apenas de alimentos e veículos(8). Apesar da dificuldade dada pela recente crise sanitária, a estimativa é de que o setor volte a crescer 25% em 2021, comercializando em torno de 6,2 bilhões de peças de vestuário.(9)

Apenas para colocarmos o mercado de VAREJO DE MODA dentro dessa perspectiva de mudança, analisemos o seguinte cenário:

A RENNER é a naior varejista de moda do Brasil, com receita líquida de R$ 6,6 bilhões, seguida pela Riachuelo (R$ 4,3 bilhões), C&A (R$ 4,0 bilhões), Hering (R$ 2,3 bilhões) e Marisa (R$ 2,1 bilhões).(10)

As 5 empresas mencinadas acima constituem o “TOP 5” do segmento de varejo de moda nacional, são empresas com décadas de atuação no mercado e parecem inabaláveis no topo da hierarquia do setor. No entanto, como mencionado, o mercado aponta para uma direção mais ampla, onde o segmento de vestuário será (já está sendo) incorporado por grandes conglomerados que oferecem um amplo espectro de produtos aos clientes, que cada vez mais buscam praticidade e comodidade ao consumir: o MARKET PLACE. Nesse contexto o cenário muda drasticamente: Empresas como AMAZON, MERCADO LIVRE e MAGALU tem protagonismo no conceito de mercado ampliado de varejo (marketplace). A receita líquida de R$ 6,6 bilhões que garantiram à Renner o 1º lugar nas maiores do varejo nacional representa aproximadamente 15% (se feita a conversão cambial) da receita líquida da AMAZON, que foi de US$ 8,11 bilhões(11). O líder do mercado nacional de varejo de moda tem mais perspectiva de ser adquirido pela Amazon do que efetivamente fazer frente a ela em uma disputa de mercado.

É este olhar ampliado e com foco em novas tendências que deve ser aplicado nas análises mercadológicas para as empresas do setor de varejo de moda. Boa parte delas parece já ter compreendio a complexidade e dificuldade que as aguarda.

CONCLUSÃO

Apresente uma conclusão justificando a sua análise.

Observamos a pandemia trouxe severos reflexos no cenário macroeconômico, causando em geral queda no PIB mundial, aumento de níveis de desemprego, consequente queda de níveis de consumo e pressões cambiais. Diverdas medidas de ajuste econômico (isenções fiscais, incentivos, etc) foram adotadas, mas nenhuma se mostrou eficaz para evitar tais aspectos econômicos profundamente  negativos. Apenas com a descoberta de vacinas e o avanço em relação à imunização da população o quadro passou a dar sinais de melhora no médio prazo. Ainda assim, mesmo com esta perspectiva sendo confirmada, serão necessários anos para que os estragos econômicos sejam contornados e os índices pré-pandemia atingidos novamente.

No cenário microeconômico percebemos que a pandemia acelerou um processo de mudança nos hábitos de consumo, praticamente obrigando os consumidores a ingressarem no segmento de compra online em todos os mercados de consumo (tendo-se em vista restrições sanitárias como o lockdown). Essa aceleração na migração do processo de compra para plataformas online favoreceu amoplamente algumas empresas que já possuíam seu foco voltado para este canal. Quem não tinha tal vertente teve que acelerar a implementação de plataformas para este fim, a fim de conseguir gerar algum resultado de vendas. Passada a pandemia, no entanto, a tendência é que as compras online continuem em alta uma vez que o paradigma já fora quebrado.

A perspectiva para as empresas de varejo de moda, em um âmbito geral, é que tenham expectativa de resignação econômica em decorrência da imunização coletiva oriunda das vacinas e superação pandêmica após 24 meses críticos e que foquem nas novas perspectivas criadas e/ou aceleradas pelo cenário de pandemia, sendo estes um consumo fortemente voltado para o canal online, com agilidade na entrega e com uma ampla gama de produtos ofertados nas plataformas de compra (conceito MARKET PLACE).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT.

  1. Jiménez, Carla. “PIB de 2020 no Brasil cai 4,1% com pandemia, o pior resultado em 24 anos”. Disponível em: https://brasil.elpais.com/economia/2021-03-03/pib-de-2020-fecha-em-queda-de-41-no-brasil-com-pandemia-de-covid-19.html

  1. G1. “Dólar fecha em alta após OMS declarar pandemia de coronavírus.”. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/03/11/dolar.ghtml
  1. Fernandes, Adriana. “Bancos melhoram previsões para a economia brasileira com aumento da vacinação.”. Disponível em: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,bancos-melhoram-previsoes-para-a-economia-brasileira-com-aumento-da-vacinacao,70003766357
  1. Governo Federal. “Desemprego no país cai para 11,1% no quarto trimestre de 2021”. Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/trabalho-e-previdencia/2022/02/desemprego-no-pais-cai-para-11-1-no-quarto-trimestre-de-2021
  1. Fernandes, Adriana. “Bancos melhoram previsões para a economia brasileira com aumento da vacinação.”. Disponível em: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,bancos-melhoram-previsoes-para-a-economia-brasileira-com-aumento-da-vacinacao,70003766357
  1. Navarro, Victória. “Na moda, experiência em loja física importa”. Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/2020/01/29/no-varejo-de-modaexperiencia-em-loja-fisica-importa.html
  1. Globo. “As Tendências para o Varejo de Moda em 2021”. Disponível em:  https://gente.globo.com/as-tendencias-para-o-varejo-de-moda-em-2021/
  1. IEMI. “Desempenho do Varejo em 2020: Mercados de Moda e Decoração no Brasil”. Disponível em: https://www.iemi.com.br/desempenho-do-varejo-em-2020-mercados-de-moda-e-decoracao-no-brasil/
  1. Bouças, Cibele. “Vendas no varejo de vestuário podem crescer 25% em 2021”. Disponível em: https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2020/12/18/vendas-no-varejo-de-vestuario-podem-crescer-25percent-em-2021.ghtml
  1. Yasbec, Priscila. “Com compra da Hering, Soma se torna uma das 5 maiores empresas do setor de vestuário; veja lista”. Disponível em: https://www.infomoney.com.br/mercados/com-compra-da-hering-soma-se-torna-uma-das-5-maiores-empresas-do-setor-de-vestuario-veja-lista/.
  1. Carvalho, Ana Luiza. “Lucro do Amazon salta 219,8% no 1º trimestre, para US$ 8,11 bilhões”. Disponível em:  https://valorinveste.globo.com/mercados/renda variavel/empresas/noticia/2021/04/29/lucro-do-amazon-salta-2198percent-no-1o-trimestre-para-us-811-bilhoes.ghtml 

        

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