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CARACTERIZANDO CADEIA DE PRODUÇÃO E SUPRIMENTOS CADEIA MOVELEIRA

Por:   •  29/5/2017  •  Resenha  •  2.112 Palavras (9 Páginas)  •  254 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS

ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS

CURSO DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS

Everson Camejo

CARACTERIZANDO CADEIA DE PRODUÇÃO E SUPRIMENTOS CADEIA MOVELEIRA

São Leopoldo

2016

1 Cadeia Moveleira RS

1.1 A Estrutura

        De acordo com a Associação de Industrias de Móveis do Rio Grande do Sul, MOVERGS, no estado do Rio Grande do Sul estão localizados 13,8% das empresas do setor moveleiro e de colchões brasileiro, representado por 2.580 empresas, sendo 2.550 produtoras de móveis e 30 de colchões. Elas respondem por 18,4% do total de móveis fabricados no país e por 31,1% das exportações. Essa participação confere ao Estado posição de liderança como maior produtor do país.

        Em 2015, as indústrias de móveis gaúchas produziram, aproximadamente, 85,3 milhões de peças, faturaram R$ 6,73 bilhões e exportaram mais de U$ 183 milhões. Também foram responsáveis pela geração de mais de 35 mil postos de emprego. Esses indicadores demonstram o quanto é representativo o segmento moveleiro no contexto da economia gaúcha, tanto pela geração de renda e tributos, quanto para números de postos de trabalho. Os maiores produtores estão nas cidades de Bento Gonçalves, Antônio Prado, Bom Princípio, Caxias do Sul, Dois Irmãos, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Gramado, Lajeado, São Marcos, Veranópolis, Canela, Novo Hamburgo, Tupandi, Lagoa Vermelha e Nova Prata.

1.2 Produção e Empregos

        Ainda segundo dados da MOVERGS, 80,4% das empresas moveleiras são consideradas microempresas. Os principais móveis produzidos são: dormitórios (56,2% das empresas), cozinhas (48,8%), móveis sob medida (35,6%) e móveis de banheiro (24,8%). As formas de produção mais utilizadas são: artesanal (69%), semi-seriado (17%) e seriado (14,3%). Nas empresas com faturamento de até R$ 250 mil, predomina o modo de produção artesanal (85,1%), e nas empresas com faturamento superior a R$ 1 milhão, há uma predominância da produção seriada (51,4%).

        A produção de móveis do estado, recuperou discretamente o fôlego em novembro de 2015, o registro é de crescimento de 1,7% em relação ao mês de outubro. Porém, no acumulado do ano (janeiro a novembro), a retração é de 12,5%. No período o Rio Grande do Sul atingiu a marca de 7,1 milhões de peças produzidas. No varejo as vendas de móveis aumentaram 6,9% em volume de peças e 7,3% em valores das receitas. No ano acumula retração de 15,9% nos volumes vendidos e 11,4% nos valores da receita.

        As exportações no RS tiveram aumento de 3,3% no mês de novembro de 2015, porém, queda de 9,5% se comparado a novembro de 2014, e recuo de 15,6% no acumulado no ano. Nas importações houve aumento de 15,3% em relação ao mês de outubro e, se comparado a novembro do ano anterior houve queda de 23,3%.

        Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelaram que a indústria de bens de capital teve baixa 23,6% em comparação a 2014, chegando aos 79,2%, índice mais baixo desde 2006. Produção de móveis recuou 6,4% em abril, ante um aumento de 4,7% em março. Em relação a abril de 2015 houve queda de 15,4%, e, recuo de 15,6% quando comparamos o 1º quadrimestre de 2016 sobre o 1º quadrimestre do ano anterior. No acumulado nos últimos 12 meses a retração foi de 17,7% em relação aos 12 meses anteriores.

        Responsável pela produção de máquinas e equipamentos, este setor da indústria serve como um termômetro da economia, indicando níveis de investimento em outros setores. Para o diretor do IEMI (Instituto de Estudos de Marketing Industrial), Marcelo Prado, “2015 foi um ano difícil para o setor moveleiro, com cortes no crédito, queda de 7% na indústria em relação a 2014. Mais uma expectativa de aumento do desemprego até abril de 2016”.

        Ainda de acordo com estudo realizado pelo IEMI, de janeiro a novembro de 2015, foram fechados 2.266 postos de trabalho no Rio Grande do Sul. Pelo oitavo mês consecutivo, o setor demitiu mais do que admitiu, ocasionando o fechamento de 218 vagas em novembro, ou seja, a maior queda registrada no ano (-5,8% em relação a dezembro de 2014). Atualmente, a indústria de móveis responde por 36.740 empregos diretos no estado. No setor moveleiro nacional foram fechadas, apenas no mês de novembro, 1.938 vagas, com saldo anual de -20.008.

        Com dados do ano de 2015, o IBGE alarma para alta a taxa de desemprego que aumentou 8,9% no terceiro trimestre de 2015, sendo que o último trimestre do ano também não encerrou bem, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, pequenas empresas perderam cerca de 49,7 mil empregos em outubro.

1.3 Empresas

        No estado do Rio Grande do Sul estão localizados 13,8% das empresas do setor moveleiro e de colchões brasileiro, representado por 2.580 empresas, sendo 2.550 produtoras de móveis e 30 de colchões. A maior participação do Rio Grande do Sul em quantidade de empresas se verifica no segmento de móveis, com 18,4% do total nacional, 13,1% do pessoal ocupado e 28,4% da produção de móveis do país.

Figura 1 – Empresas moveleiras por segmento RS

[pic 1]

        De acordo com a figura 1, o total de empresas vem numa crescente ano após ano, demonstrado a força desse segmento no estado do Rio Grande do Sul.

Figura 2 – Evolução números de empresas Brasil x Rio Grande do Sul

[pic 2]

        A figura 2, mostra que mesmo crescendo o número de empresas no Estado, ele ainda fica atrás da média do crescimento nacional. Muito disso se deve aos incentivos fiscais oferecidos por estados da região nordeste do país para as empresas com sede no sul.

        A atividade moveleira cresceu significativamente na região Noroeste do Rio Grande do Sul, especialmente nos municípios de Santa Rosa, Três de Maio, Nova Candelária e Crissiumal, onde a atividade, aos poucos, assume grande importância na economia regional através da geração de renda e empregos. Estudos realizados e as discussões promovidas pelas empresas com as entidades apoiadoras apontaram a necessidade de aproximação entre as indústrias da região e seus potenciais compradores.

Figura 3 – Número de empresas por Polos - MOVERGS

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