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Contexto teórico

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Por:   •  16/11/2014  •  Tese  •  1.031 Palavras (5 Páginas)  •  262 Visualizações

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Fundamentação teórica:

Pierre Bourdieu teve grande contribuição para as análises sociologias em geral e em particular na sociologia da educação, no século XX.

Bourdieu retoma o ponto de vista durkheimiano e o mescla a outras vertentes intelectuais com o objetivo de demostrar o peso o sistema sobre as práticas educacionais.O pensamento de Durkheim serviu de base e proporcionou métodos fundamentais para a construção de uma sociologia da educação muito influente ao longo do século XX e, Pierre Bourdieu analisou a educação contemporânea sob a influência deste modelo.

Para tal, Bourdieu introduziu uma síntese teórica entre o modelo durkheimiano e o estruturalismo. O estruturalismo irá se conectar á sociologia de Durkheim na medida em que se pretende desvendar o peso das estruturas sociais por trás das ações do sujeito.

Outras obras que influenciaram a tendência estruturada por Bourdieu foram as caracterizadas pela oposição entre subjetivismo e objetivismo:

Subjetivismo: Se restringe às experiências individuais do sujeito, causando uma abordagem limitada, pois não leva em conta as condições que levaram o indivíduo à agir de tal forma na sociedade. Vê o sujeito como alguém detalhadamente configurado pela sociedade, ou seja, o indivíduo é visto como uma marionete das estruturas dominantes –Materialismo de Marx. Objetivismo: Também chamado de estruturalismo, considera as ações e interações do sujeito submissas, ou seja, afirma que a realidade existe independentemente da consciência do ser humano.Em 1970, Bourdieu e Passeron reafirmaram as suas idéias e incorporaram sistematicamente as contribuições de Marx e Weber, além de Durkheim e publicaram o livro “A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino”, que traz como tese central a imposição das classes e grupos dominantes sobre a sociedade através do sistema de ensino.

Assim, toda fundamentação teórica utilizada como base para Bourdieu, resultou na seguinte tendência: para a Incorporação de um “habitus” que foi cultivado desde a formação inicial social e familiar corresponderá a um lugar específico na sociedade;

Este hábitos estará no controle de suas ações contribuindo para manter o conjunto de disposições típico da posição estrutural na qual eles foram socializados. Isso explica a desigualdade que está na base do processo de seleção escolar, ou seja, a condição de classe de origem dos alunos que entram no sistema de ensino é que determinará tanto a probabilidade de sucesso quanto a de fracasso deste aluno, assim como estabelecer a qualidade do ensino a que ele será submetido e em especial a posição que ele poderá assumir na hierarquia econômica e social.Esta perspectiva sociológica centra-se na natureza coerciva da sociedade e na estratificação da sociedade. “Os teóricos do conflito vêem os sistemas sociais divididos em grupos dominantes e dominados. O grupo dominante também impõe os seus próprios valores e a sua visão do mundo aos seus subordinados.” Esta perspectiva sociológica olha para a educação escolar como um meio pelo qual esta estratificação se reproduz e se efetua a imposição dos valores e idéias das classes dominantes. Pode-se, pois, constatar que esta corrente sociológica assume uma posição totalmente diferente em relação à ordem social e ao papel da escola.

Esta perspectiva insere-se no contexto socioeconômico dos finais dos anos 60, marcadamente diferente dos anos 50. Diversos conflitos sociais marcaram este final de década: o movimento estudantil de Maio de 68, o movimento hippie, as manifestações pelo desarmamento, pela paz e pelos direitos cívicos. Também a nível econômico os sinais de crise eram visíveis, contrastando com o boom econômico do pós-guerra. No início dos anos 70 dar-se-ia a crise petrolífera que arrastaria consigo a economia mundial. Assim, “o otimismo começava a já não estar na ordem do dia no que se refere às esperanças depositadas na educação para a redução das desigualdades

As origens desta teoria são variadas,

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