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DIGITAL ETHNOGRAPHY – PRINCIPLES AND PRACTICE

Por:   •  24/11/2018  •  Resenha  •  761 Palavras (4 Páginas)  •  152 Visualizações

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DIGITAL ETHNOGRAPHY – PRINCIPLES AND PRACTICE

O texto tem como objetivo abordar a etnografia no contexto do mundo contemporâneo, explicitando aos pesquisadores a forma de se realizar pesquisas no mundo digital. A definição de Etnografia Digital, segundo o autor, é uma maneira de realizar pesquisas, viável quando atrelada à um assunto particular ou interdisciplinar. Diz-se ainda que a definição de etnografia é variável de autor para autor, e não há intenção em contribuir para criação de novas definições. O conceito de etnografia que melhor se enquadra na etnografia digital é de Karen O'Reilly, definindo que a etnografia é: " uma pesquisa iterativa-indutiva (que evolui através do estudo), com base em uma família de métodos que reconhece o papel da teoria, bem como o papel do pesquisador e que vê os humanos como parte objeto / parte do assunto. Na etnografia digital, muitas vezes estamos em contato mediado com os participantes e não na presença direta. Podemos estar em conversação com pessoas ao longo de suas vidas cotidianas, observando o que as pessoas fazem ao monitorá-las digitalmente. Ouvir pode envolver leitura ou pode envolver a detecçãode comportamento. Ou seja, a comunicação é feita de outras maneiras. A escrita etnográfica pode ser substituída por vídeo, fotografia ou “blogging”.

Há uma abordagem sobre os  diferentes métodos que refletem a prática da etnografia. Da mesma forma, há uma vertente de metodologia etnográfica literária sobre a digital. Muitos argumentam que esta vertente foi lançada 2000, com a Etnografia Virtual de Christine Hine, embora, houvesse precedentes (por exemplo, Baym, 1999; Correll, 1995; Gray e Driscoll, 1992; Hakken, 1999; Ito, 1997; Lindlof e Shatzer, 1998; Lyman e Wakeford, 1999). O livro de Hine foi o que lançou  uma vertente de consolidação deste tema, originando livros e revistas: publicações que coletivamente constituíram um campo de investigação etnográfica. Em sua introdução à Sociologia Digital, Deborah Lupton (2014) recentemente argumentou que aqueles que se descrevem como sociólogos digitais se envolvem em quatro tipos de práticas. Estes incluem: primeiro, novas formas de prática profissional em que os sociólogos usar ferramentas digitais para interligar e construir conversas; segundo, pesquisando como as pessoas estão usando mídia digital, tecnologias e ferramentas; terceiro, usando ferramentas digitais para análise; e quarto, engajando-se na análise crítica do uso e das conseqüências da mídia digital. Lupton sugere, que uma das principais preocupações na sociologia digital tem sido a extensão aos quais os dados algorítmicos têm a capacidade de melhorar, alterar ou substituir a prática qualitativa (como os sociólogos enquadram a etnografia) e a prática quantitativa. A Etnografia Digital define um tipo particular de prática de etnografia  que toma como ponto de partida a ideia de que as mídias e tecnologias digitais fazem parte dos mundos cotidianos e mais espetaculares que as pessoas habitam. Segue o que estudiosos da mídia chamaram de non-digital-centric approach. O interesse de estudo é baseado ​​em como o digital se tornou parte do mundos material, sensorial e social que habitamos e quais as implicações são para a prática de pesquisa etnográfica.

Na segunda parte, o autor aponta cinco princípios-chave para fazer a etnografia digital: multiplicity (multiplicidade), non-digital-centric-ness, openness (abertura), reflexivity (senso crítico) e unorthodox. A multiplicidade diz respeito sobre o impacto dos projetos em diferentes localidades, visto que a infraestrutura difere entre espaços (alguns locais o acesso se dá em maior parte por Smartphones pela dificuldade em encontrar Wi-Fi). Na Não-centralização-digital pesquisa de etnografia digital os métodos devem ser centrados não-digitalmente. Isso significa que o projeto de etnografia digital não deve ser precedida pela ideia de precisar usar métodos digitais. Pelo contrário, o uso de métodos digitais deve sempre ser desenvolvido e projetado especificamente às perguntas particulares de pesquisa que estão sendo feitas. Algumas pesquisas  sobre o uso de mídia digital seriam melhor realizadas sem tecnologias digitais como ferramentas de pesquisa, e  pesquisas que usam técnicas e ferramentas digitais não precisam ser no contextos de imersão de mídia. O conceito de abertura para a pesquisa de etnografia digital é definido como o processo que nos ajuda a entender etnografia digital de uma forma aberta à outras influências (como as do design especulativo ou da prática artística). Compartilha ainda, necessidades para outras disciplinas e colaboradores externos com quem os etnógrafos possam contribuir. O aspecto reflexivo encoraja o pesquisador à enxergar o mundo em suas múltiplas faces: Um meio de compartilhamento digital, sensorial e material. Por fim, as abordagens não ortodoxas à disseminação de métodos permitem novas formas de continuidade entre trabalho de campo de etnografia digital, colaborações e diálogos em andamento com os participantes da pesquisa, necessário para preservar o aspecto de abertura.

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