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Da Sociedade Pós-Industrial à Pós-Moderna

Por:   •  13/1/2017  •  Seminário  •  543 Palavras (3 Páginas)  •  231 Visualizações

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Sociologia do Trabalho. KUMAR, Krishan. Da Sociedade Pós-Industrial à Pós-Moderna

Profa.Dra. Maria Cristina Bunn.

O autor analisa fundamentalmente o que chama de “três variedades da nova teoria pós-industrial, a saber: a sociedade da informação, e as teorias do pós-fordismo e da pós-modernidade.

Faz um resgate histórico do debate sobre a sociedade industrial, destacando das primeiras formulações acerca do pós-industrialismo as realizadas por Daniel Bell, Alan Touraine, Drucker e Alvin Toffler e pontuando as distinções entre elas.

Nos anos 70-80 do séc.XX, o debate centrava-se sobre os “limites do crescimento”, a “contenção” do potencial do industrialismo. Apontavam o esgotamento do modelo keynesianista, sugerindo o fim do Welfare State. Surgem as brechas para o “neoliberalismo”.

O crescimento experimentado pelas sociedades capitalistas ocidentais no pós-guerra parecia ter chegado ao fim, o que possibilitou o ressurgimento dos debates clássicos sobre o industrialismo, o papel do Estado e o Mercado sob novos termos.

Em sendo assim, o que o autor nos aponta é certa continuidade em algumas das formulações contemporâneas. É o caso da interpretação da sociedade moderna sob o contorno de “sociedade da informação”. Aqui, a fonte de valor é o “conhecimento”. O capital é a informação. Assumem importância fundamental nesta variedade da teoria pós-industrial, como elemento de definição da sociedade, os “novos métodos de acessar, processar e distribuir informação”. Trata-se para seus intérpretes de transformação radical da sociedade.

O autor percebe nesta formulação certa continuidade com o pensamento progressivista, herança do Iluminismo que marcou o pensamento dos positivistas Saint-Simon e Comte. No entanto, ressalta a importância de estudarmos a natureza (qualidade) dessas transformações a partir da experiência das sociedades contemporâneas, prestando singular atenção aos contextos e processos desencadeados em cada sociedade.

Ao tratar da segunda variedade de teoria pós-industrial, o pós-fordismo, o autor registra elementos inesperados dessa formulação, tendo em vista tratar-se de interpretação construída pela corrente marxista que fora uma das denunciantes mais vigorosas das primeiras concepções de pós-industrialismo. Durante um período importante, os marxistas resistiam à análise proposta pelos defensores do pós-industrialismo rotulando àquelas formulações como “instrumentos da ideologia burguesa”. No entanto, a realidade das transformações sociais impôs aos marxistas reformulações em suas teorias, o que resultou na interpretação chamada de “pós-fordismo”.

A terceira variedade de teoria pós-industrial, a “pós-moderna”, é apresentada pelo autor como sendo a mais complexa, por ser mais abrangente. Ao incluir múltiplas dimensões que compõem a sociedade – cultural, política, econômica, sem conferir a nenhuma delas o papel determinante das mudanças em direção à pós-modernidade é a que exige dos estudiosos maior atenção e disponibilidade para reflexão. Destaca como fundamental para compreensão dos processos analisados por esta corrente, a dimensão da subjetividade – isto é, a percepção acerca das experiências subjetivas da chamada sociedade pós-moderna, ressaltando que

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