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E Sobre a Metodologia

Por:   •  29/5/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  957 Palavras (4 Páginas)  •  96 Visualizações

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Universidade Federal Fluminense

Professor: André Dumans Guedes

Disciplina: Introdução à Metodologia das Ciências Sociais

Aluna: Marcia Cilene Barbosa Almeida

Número de matrícula: 116005036

As ocupações de instituições como escolas e universidades foram uma forma de resistência e luta contra os ataques aos direitos no Brasil. As ocupações de 2016 foram principalmente uma forma de resposta a PEC 55, emenda que limita por 20 anos os gastos públicos do país e é um ataque a saúde e educação, pois limita o investimento em tais áreas. Mas também existiram pautas internas defendidas por cada ocupação. Podemos citar a “ocupação preta” da Universidade Federal Fluminense, que reivindicava por discussões raciais no ambiente político das ocupações e no meio acadêmico, para isso promoviam atividades abertas que mostravam a importância da inclusão do debate racial no movimento estudantil. Outra ocupação que chama bastante atenção é o caso da universidade privada PUC RIO que foi ocupada e dentre suas pautas tinham diversas reivindicações externas como diminuição salarial dos funcionários. Uma das também motivações e pautas das ocupações foram em relação ao golpe sofrido pela presidente Dilma. Sofremos um golpe, já que pedaladas fiscais não são acusações suficientes para fomentar um pedido de Impeachment, dentre outros pontos que deixam claramente evidentes que foi um golpe.

Em outubro de 2016 escolas no Paraná foram ocupadas contra a reforma do ensino médio, emenda que propõe somente as disciplinas de português e matemática como obrigatórias e acaba com a obrigatoriedade de disciplinas como artes, educação física, sociologia e filosofia. As lutas contra esses ataques a educação fizeram com que as ocupações se espalhassem por todo o país.

Em algumas instituições as aulas foram paralisadas e em outras continuaram paralelas as ocupações. Durante as ocupações aconteceram atividades com intuito de ajudar na construção do movimento e discutir a atual situação do país através de palestras e em muitos casos recebendo apoio de professores das instituições ocupadas, que auxiliaram na elaboração de aulas e discussões da atual conjuntura política do país. Entretanto, apesar do sentimento de luta e de construção coletiva o medo não deixou de pairar as ocupações, devido às repressões, perseguições e ataques que ocorreram as ocupações vindas de grupos conservadores assustavam estudantes que dormiam nas ocupações. A segurança dos manifestantes que resistiam ocupando as instituições atualmente é uma das pautas após a desocupação de algumas instituições. Como manter a segurança das pessoas que participavam do movimento, levando em consideração que muitas das faculdades e escolas estavam sem seguranças das instituições, e que muitos ocupantes (principalmente nas escolas secundaristas) eram menores de idade e estavam expostos a diversos riscos, como aconteceram casos de violência em algumas das ocupações por agentes externos a elas.

Os movimentos sociais são uma forma de organização de membros da sociedade que agem de forma coletiva quando se sentem excluídos socialmente de determinadas medidas e espaços. Na sociedade contemporânea é importante destacar o papel da tecnologia no processo de resistência, principalmente da internet e das redes sociais. Durante as ocupações contemporâneas, a internet foi uma das principais ferramentas de divulgação do movimento e de organização do mesmo. A importância da internet como ferramenta de auxilio dos movimentos sociais não é novidade das ocupações, como vimos nas manifestações de 2013 as redes sociais também foram de grande auxilio para a organização do movimento isso refletiu nas ocupações atuais. Assim como aconteceu em 2013, onde os protestos eram mobilizados e marcados pela internet através de grupos e eventos nas redes sociais, durante as ocupações de 2016 o cenário foi igualmente tecnológico, por meio de páginas em Redes Sociais, as ocupações divulgavam suas atividades que na maioria das vezes eram abertas aos público, e também compartilhavam de que forma a população poderia ajudar, através de mantimentos. De fato a internet tornou-se uma ferramenta que ajuda no auxilio de contestação em relação ao governo e na organização dos movimentos sociais, sejam eles no meio do Movimento Estudantil, Movimento LGBT e também os movimentos étnicos.

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