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Estilo Brasileiro de Administrar

Por:   •  10/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.144 Palavras (5 Páginas)  •  261 Visualizações

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De acordo com os estudos realizados por Andrade (2001), o primeiro curso de Administração no Brasil data da época de 1952 em virtude da criação da Escola Brasileira de Administração Pública, mais vulgarmente conhecida como EBAP, localizada no Estado do Rio de Janeiro. A referida escola foi criada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Concomitante a esse período, nos Estados Unidos já existiam aproximadamente 50 mil bacharéis, sendo que destes haviam 4 mil mestres e 100 doutores.

Percebe-se, pois, pelas ideias do autor supracitado que o ensino de administração no Estado Brasileiro coincidiu com os norte-americanos principalmente no que diz respeito aos métodos curriculares e, inclusive, nas primeiras décadas houve a participação de alguns docentes americanos nos primeiros cursos realizados no Brasil.

O governo, preocupado com a qualidade do ensino após a expansão de faculdades não vinculadas, através da a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), estabelece o Conselho Federal de Educação, cuja atribuição era estabelecer currículos mínimos, que tinham como objetivos iniciais, além de

facilitar as transferências entre instituições, garantir qualidade e uniformidade mínimas aos cursos que conduziam a um diploma profissional (KUENZER, 2004).

A fixação de um currículo mínimo pela legislação foi excessivamente rígida, deixando em segundo plano até mesmo os processos pedagógicos e as

características regionais em que os cursos de graduação estavam inseridos. Para o curso de administração, o currículo mínimo constava matérias consideradas indispensáveis para uma adequada formação profissional: matemática, estatística, contabilidade, teoria econômica, economia brasileira, psicologia aplicada à administração, sociologia aplicada à administração, instituições de direito público e privado (incluindo noções de ética administrativa), legislação social, legislação tributária, teoria geral da administração, administração financeira e orçamento, administração de pessoal

e administração de material (NICOLINI, 2002).

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs):

O curso de Administração deve ensejar condições para que o bacharel em Administração esteja capacitado a compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de

seu gerenciamento no seu conjunto, observados os níveis graduais do processo de tomada de decisão, bem como a desenvolver o alto gerenciamento e a assimilação de novas informações, apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas presentes ou emergentes nos vários segmentos do campo de atuação do administrador (BRASIL, 2005, p.13).

As orientações básicas para a organização das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação, segundo o Edital n. 4/97 (MEC/SESu), propiciaram centrar nas questões do delineamento do perfil do concluinte, demandado pelo mercado, ao lhe fornecer o diploma e as competências desejadas pelas IES; os conteúdos curriculares; a duração dos cursos; estruturação modular dos cursos; estágios e atividades complementares, que integram o vínculo com o mundo do trabalho em conexão com a avaliação institucional, fornecem subsídios para a construção dos projetos políticos pedagógicos dos cursos de graduação (MEC, 2003).

Além do perfil do administrador, as Diretrizes Curriculares, apresentada na Resolução n. 1, de 2 de fevereiro de 2004, falam sobre as competências e habilidades que o profissional formado em administração deve possuir para o melhor ingresso no mercado de trabalho. Estas competências são mencionadas em grupos e engloba as capacidades técnicas e comportamentais essenciais para um desempenho de sucesso após a conclusão do curso (BRASIL, 2005).

O ritmo acelerado do mercado de trabalho encontra amparo nos profissionais de administração que são formados para acompanhar o mercado efêmero. É por causa dessa mutação constante que as diretrizes e os currículos dos cursos são reformulados sempre que necessário, no sentido de formar um profissional que atenda às necessidades desse mercado, pelo menos é esse o papel das Instituições de Ensino Superior - IES, interagir com o mercado buscando uma maior adaptação, formando profissionais preparados para atuar nas organizações, contribuindo de maneira eficiente e eficaz no desenvolvimento da sociedade brasileira.

Mas, no contexto atual os administradores deparam com uma grande barreira, os profissionais de formação técnica ou de outras áreas ocupam as vagas de profissionais com formação acadêmica que são aptos ao exercício da profissão, pelo menos do ponto de vista teórico da formação. Se existe um curso de formação básica e profissional, regulamentado pelo MEC, é mais do que justo seu reconhecimento perante o mercado, cabendo ao Conselho do curso fiscalizar com mais rigor. Portanto, torna-se necessário fazer valer os direitos da profissão, como qualquer uma outra (DRUCKER, 2008).

O rápido avanço tecnológico e as inúmeras transformações econômicas ocorridas no mercado têm exigido cada vez mais profissionais qualificados e flexíveis, capazes de se adaptarem às mudanças e desenvolverem um trabalho

de qualidade. Estas novas exigências, atingem não somente os profissionais que já exercem funções dentro de uma organização, mas também os que estão

sendo capacitados para assumir esta posição (FLEURY; FLEURY, 2008).

Profissionais e estudantes precisam ser capazes de dominar as novas tecnologias, utilizar

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