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Estratégias Defensivas em Empresas Familiares

Por:   •  7/10/2019  •  Artigo  •  4.579 Palavras (19 Páginas)  •  102 Visualizações

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Privilegiar parentes: O problema, nesse caso, acontece quando não há controle de horários ou cobrança por resultado, acarretando perda de autoridade e mau exemplo aos demais;

Misturar finanças: Misturar finanças particulares com despesas da empresa;

Não ter experiência: Os empreendedores iniciantes devem estudar muito bem o mercado em que desejam atuar antes de abrir qualquer negócio;

Mau atendimento: As empresas precisam dar enorme importância ao atendimento a seus clientes, para que consigam fidelizar, cativar e não perder para a concorrência.

2.1.3. Desafios constantes que as empresas familiares enfrentam

2.1.4. Origem das empresas familiares no Brasil

Segundo Capella (2012), empresas familiares tiveram origem a partir da Revolução Industrial do século XIX. Neste período, já existiam pequenas formações de empresas familiares, como a artesã, que tinha oficina no fundo de sua casa e esse ofício era passado de pai para filho. No Brasil, a origem provém ao século XVI, com as capitanias hereditárias, sendo uma forma de empreendimento privado no Brasil. Nas capitanias, os filhos mais velhos herdavam as terras que eram de posse de seus pais.

Após a segunda guerra mundial, os Barões do Café eram representados como as grandes empresas familiares no Brasil, pelo seu grande potencial econômico e pela sucessão do poder. O crescimento das empresas familiares continuou na década de 70, com o chamado milagre econômico, no qual o crescimento econômico ficou elevado durante o regime militar no Brasil. Neste período do desenvolvimento brasileiro, houve taxa de crescimento do PIB de 9,8% a.a. em 1968 para 14% a.a. em 1973, a política era fechada e os empresários eram muito dependentes das ações governamentais, pois não havia concorrência de produtos, logo o grau de exigência do consumidor não era muito elevado devido a essa falta de comparação com o concorrente.

Na década de 1990, com a implantação do Plano Real e a abertura econômica, a economia passou por diversas mudanças, como redução da inflação, integração do país à economia mundial por intermédio do capital estrangeiro, vinda de empresas estrangeiras que trouxeram grandes tecnologias, acirrando assim a concorrência e obrigando as empresas a se modernizarem.

Portanto, a partir desse novo mercado de grandes concorrências, os consumidores tiveram mais oportunidades de escolha para aquisição de produtos, ficando consequentemente mais exigentes. As empresas, então, precisaram saber identificar os sinais do mercado e adequar suas estratégias para não serem abatidas pela concorrência.

2.1.5. Sobrevivência da empresa familiar no Brasil

Em fevereiro de 2000, o administrador de empresas Antônio Carlos Vidigal realizou uma pesquisa com meta principal de identificar todas as empresas brasileiras ainda em atividade que tivesse mais de cem anos localizadas na região de São Paulo e Rio de Janeiro, mas a princípio não obteve sucesso, pois continha centenas de empresas fundadas até 1900, com os endereços originais e grande parte delas já não existia mais. Com o decorrer da pesquisa, foram surgindo gradativamente o nome das organizações e no total foi encontrada 15 empresas, 10 localizadas em São Paulo e 5 no Rio de Janeiro. Analisando as empresas por setor de atividade, encontrou se a distribuição apresentada no gráfico 1. (VIDIGAL, 2000).

Gráfico 1, FONTE: http://rausp.usp.br/wp-content/uploads/files/3502066.pdf (VIDIGAL,2000)

Nessa pesquisa, (VIDIGAL, 2000), relatou em formato de gráfico uma análise por tamanho das empresas, o parâmetro mais visual para medir o tamanho é a receita, mas algumas das empresas preferiu não revelar sua receita e utilizou somente o número de empregados, assim classificou-se como pequenas empresas com até cem empregados, como média aquelas de cem a mil e como grandes as com mais de mil empregados.

Gráfico 2, FONTE: http://rausp.usp.br/wp-content/uploads/files/3502066.pdf (VIDIGAL, 2000)

Em análise com as empresa, foi descoberto o número de gerações da família que administrava as organizações, conforme representado no gráfico 3. (VIDIGAL,2000)

Gráfico 3, FONTE: http://rausp.usp.br/wp-content/uploads/files/3502066.pdf (VIDIGAL,2000)

Para continuação da pesquisa, (VIDIGAL,2000), utilizou um software especifico para elaborar a árvore genealógica e optou pelo Family Tree Maker. Os proprietários da empresas responderam alguns questionamentos como: Histórico da criação e evolução da empresa; Cópia do acordo de família ou das regras utilizadas para sucessão; Árvore Genealógica e o caminho da transmissão do comando e da propriedade da empresa. Das 14 empresas que foram entrevistadas, oito delas foi com o acionista controlador, três com filha do controlador e uma com administrador profissional, duas empresas não deram entrevista e apenas uma delas tinha a árvore genealógica desenhada e todo seu histórico descrito em detalhes.

Após recolhimento das informações, foi possível analisar os seguintes fatores (VIDIGAL,2000):

Tamanho atual da família: Dividido em sexo masculino e feminino.

Tamanho da empresa: Divisão entre empresas pequenas, médias e grandes

As mulheres herdam ações: Foi analisado a cultura familiar, e constatou que empresas descendentes de Italianos, o hábito era não permitir que mulheres se tornasse sócias das empresas.

A sucessão no comando e a transmissão de propriedade: Em análise, foi verificado que é preciso um planejamento para sucessão para o sucesso, mas nas empresas brasileiras isso não ocorreu.

Diversificação das atividades: Nesse item, foi verificado se as empresas familiares abre mais campo

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