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FILME “O OPERÁRIO” ANALISADO DE ACORDO COM A MOTIVAÇÃO, SATISFAÇÃO, E SAÚDE MENTAL NO TRABALHO.

Por:   •  14/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  6.521 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

DANIELE FERNANDES DE ALMEIDA BENEVIDES

EDVALDO DE AQUINO

NEY DA SILVA CARDOSO

SERGIO SANTIAGO

FILME “O OPERÁRIO” ANALISADO DE ACORDO COM A MOTIVAÇÃO, SATISFAÇÃO, E SAÚDE MENTAL NO TRABALHO.

Petrolina – PE

2014

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

DANIELE FERNANDES DE ALMEIDA BENEVIDES

EDVALDO DE AQUINO

NEY DA SILVA CARDOSO

SERGIO SANTIAGO

FILME “O OPERÁRIO” ANALISADO DE ACORDO COM A MOTIVAÇÃO, SATISFAÇÃO, E SAÚDE MENTAL NO TRABALHO.

Trabalho apresentado à Universidade Federal do Vale do São Francisco – Curso de Administração, como requisito para obtenção de nota na disciplina de Processos Psicossociais.

Petrolina – PE

2014

Filme “O operário” percebendo a motivação, satisfação e saúde mental do trabalho.

O filme aborda, sobretudo, a vida de um trabalhador que possui uma vida desregrada, uma vez que um acidente anterior lhe oprime constantemente. Ele trabalha em um ambiente em que as condições são muito precárias e, dessa forma, os seus problemas psicológicos são potencializados em virtude dessa falta de estrutura adequada. Além disso, não existe uma gestão de pessoa efetiva, que evite doenças mentais e desgaste exacerbado, aliada a falta de equipamentos de proteção individual (EPI), fato que pôde ser observado no momento em que um dos trabalhadores perde seu braço pela falta de atenção de “HEZNIC”, somada a falta de supervisão e revisão das diversas máquinas. Sendo assim, o filme, em linhas gerais, aborda, mormente, a precária situação e a falta de qualidade de vida no trabalho e o quanto essas lacunas podem interferir negativamente na vida de um cidadão, já que o trabalho ou dignifica o homem ou, até mesmo, causa doença e enfraquecimento psicossocial.

 Esse filme é muito interessante e atual, embora tenha sido feito em 2004, ele materializa conceitos importantes como a síndrome de burnout e sedimenta a idéia de que, atualmente, o trabalho adoece ao invés de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. De todo modo, a disciplina retrata uma realidade na qual estamos inseridos e que nos aliena e nos torna reféns de um sistema que só pensa em obter lucros, ao passo que esses objetivos são alcançados em prejuízo do colaborador. O filme, sobretudo, nos aspectos acidentários, evidencia a falta de profissionais que façam diagnósticos que minimizem a situação monótona e degradante que um trabalho mecanicista possibilita, pois aquela situação mostrada no filme é recorrente e nos leva a uma reflexão de como mudar esse cenário, tendo em vista que seremos gestores de vários trabalhadores e a disciplina tem como função precípua evitar fatos característicos encontrados no filme em análise, o operário.

 De fato, mostra que as relações de Heznic eram normais e até certo ponto benéficas, pois em um dado momento ele denota ter aproximação com alguns amigos, principalmente quando ele não aceita o convite de um amigo pra sair, algo que parecia ocorrer com frequência. Contudo, o seu estado mental debilitado lhe afastava, cada vez mais, das pessoas, na medida em que a falta de acompanhamento e de uma melhor análise do seu estado agravava a sua situação laboral e pessoal. Nesse sentido, no instante em que ocorre o acidente com o seu colega de trabalho e a culpa lhe é imputada, o ambiente organizacional fica insustentável e ele passa a receber uma rejeição tamanha, que culmina na sua demissão e em um processo degenerativo da sua capacidade mental, porque, a partir daí, ele passa a perder o controle e ter constantes alucinações, fruto dos transtornos vividos no ambiente de trabalho. Portanto, classifico as suas relações, inicialmente, salutares, mas que devido ao acidente se tornam ruins e prejudiciais à sua saúde mental, ou seja, as tais relações não foram sempre ruins, foram agravadas pelo sinistro ocorrido e pela falta de estrutura como um todo. Além disso, ele tinha uma relação conflituosa com o seu supervisor, mormente, pelo fato de Heznic ter respostas prontas e, recorrentemente, alegar direitos classistas e individuais. Dessa forma, até antes do acidente ele possuía relações interpessoais estáveis, entretanto, após o referido acidente que se envolvera, todos, sobretudo o seu supervisor, ficaram contra a sua atitude e, assim, contribuíram sobremaneira para a sua demissão e para um ambiente de trabalho não mais salutar, tendo em vista que ele era olhado de forma diferente e discriminado por toda a classe, isto é, ele passou, até mesmo, imaginar ir ao trabalho em decorrência desse ambiente hostil que fora criado.

O ambiente de trabalho era típico de um local mecanicista e sem estrutura para se ter qualidade de vida no trabalho, pois as situações de riscos de acidente sempre se faziam constantes, as quais foram materializadas pelo acidente em que um trabalhador perdeu parte do braço. Esse local, ainda, apresentava problemas de ergonomia, iluminação e de ventilação, aliada às cobranças de um supervisor, aparentemente, despreparado e que somente agravava a situação que já era precária. Sendo assim, o ambiente era muito ruim e facilitador de acidentes e de adoecimento dos trabalhadores, já que era estressante e desprovido de mecanismos que atenuassem esses pontos críticos e degradantes da vida laboral dos seus colaboradores. Deveria haver acompanhamentos de profissionais especializados nas áreas comportamentais, psicológicas e psiquiátricas, sobretudo, para fazerem diagnósticos individualizados, já que cada um responde diferentemente a um mesmo estímulo. Os trabalhadores deveriam, ainda, serem mais ouvidos e as suas demandas, dentro do possível, serem atendidas, uma vez que poderiam ser implementadas ferramentas como, por exemplo, o empowerment e o enriquecimento de cargos. Em vista disso, seriam feitos mapeamentos das competências e, até mesmo, readequações de cargos e planos de carreira, o que poderia impactar efetivamente na produtividade e na qualidade e quantidade de vida do trabalhador. Ademais, esses trabalhadores poderiam participar de um sistema de rodízio de funções, no intuito de sair da monotonia e das atividades repetitivas, porque, dessa forma, eles, se sentiriam parte integrante da fábrica e com certeza os fatores negativos seriam mitigados e a consequente diminuição da rotatividade e do absenteísmo.

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