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Filosofia e Ética - atividade aula 2 APU

Por:   •  16/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.399 Palavras (6 Páginas)  •  405 Visualizações

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Atividade aula 2

Aluna: Priscila Velasco Chaves

A partir dessa atividade, você precisará ter acesso ao livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chauí. Como indica a apostila do curso na pág. 25, você poderá encontrar uma cópia do livro emhttp://docente.ifrn.edu.br/avelinolima/disciplinas/filosofia-da-mente/livro-convite-a-filosofia-marilena-chaui/view. Salve sua cópia para as aulas e atividades seguintes! A paginação que vou indicar se refere à edição de 2000, disponível no site da ufsc. Se você usar outra edição, guie-se pelo número do capítulo e da unidade.

Leia o capítulo 2 da Unidade I de Chauí, Marilena. Convite à Filosofia (págs. 25 a 38) e responda às questões abaixo:

1. Como surgiu a filosofia? Quais as diferenças entre o pensamento filosófico e o Mito?

Os estudiosos se perguntavam se a Filosofia teria nascido de uma transformação gradual dos mitos gregos ou se ela teria nascido através de uma ruptura radical com estes mitos? À época foram dadas duas respostas.

A primeira, dada no final do século XIX e início do século XX, afirmava que a Filosofia teria nascido através de uma ruptura radical com os mitos, sendo uma explicação científica da realidade.

Já a segunda, produzida em meados do século XX, demonstrava a importância dos mitos na organização social e cultural das sociedades e que estes estavam sobremaneira ligados ao modo de pensar delas. Assim, afirmavam que a Filosofia teria nascido, de forma gradual, do próprio mito, como uma espécie de racionalização dele.

Atualmente, no entanto, ambas as respostas têm sido consideradas exageradas, vez que a Filosofia havia reformulado e racionalizado as narrativas míticas, por perceber as contradições e limitações dos mitos, transformando-as em uma coisa nova e diferente.

Mas afinal, o que é mito? Importante destacar o que seja este antes de estabelecer as diferenças entre o pensamento filosófico e o mito. Mito nada mais é do que uma narrativa sobre a origem de alguma coisa. Para os gregos, o mito é um discurso realizado em público, baseado na autoridade e na confiabilidade do narrador, e esta autoridade advém do fato de que ele, o narrador, tenha testemunhado o fato ou o tenha recebido de alguém que tenha testemunhado o acontecimento, através de uma revelação divina, sendo por isso incontestável.

Vamos agora apontar as diferenças mais importantes a respeito da Filosofia e do mito, quais sejam: a) a intenção do mito era de narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado, passado esse bem distante, antes que tudo existisse como na forma presente. A Filosofia, ao contrario, tenta explicar como e por que as coisas são como são, seja no passado, no presente ou no futuro; b) o mito buscava explicar a origem através de genealogias com rivalidades ou alianças divinas e sobrenaturais. A filosofia, no entanto, procurar explicar a formação das coisas através de elementos e causas naturais e impessoais; c) o mito não se preocupava com as contradições, o intangível e o imaginário, até porque a confiabilidade dele advinha da autoridade religiosa que o narrava, enquanto que na Filosofia não se admitem contradições e coisas inexplicáveis, pelo contrario, busca-se sempre uma narrativa coerente e baseada na razão, que é a mesma em todos os seres humanos.

2. Quais as teses que explicam o surgimento da filosofia, na Grécia? Qual delas é mais aceitável?

Segundo historiadores, a Filosofia nasceu no final do século VII e início do século VI antes de Cristo nas colônias gregas da Ásia Menor. No entanto, há muito tempo eles vem estudando se a Filosofia teria nascido por si mesma ou se teria origens na sabedoria oriental. Daí surgiram algumas teses que tentam explicar o surgimento da filosofia, quais sejam:

1ª Tese: A Filosofia teria surgido de transformações que os gregos fizeram na sabedoria oriental (egípcia, persa, caldéia e babilônica). Platão e Aristóteles afirmavam que a Filosofia tinha origens orientais, e isso porque os gregos era um povo navegante e através de suas viagens teriam descobertos por exemplo, a astrologia dos caldeus e dos babilônicos, que era usada para prever grandes guerras, subida e queda de reis, catástrofes como peste, fome e furacões; bem como os mistérios religiosos orientais com seus diversos rituais. Essa tese foi bem difundida oito séculos após seu nascimento, e isso se deve ao fato de que a Filosofia grega havia se tornado a forma mais elevada do pensamento e da moral para os poderosos da época.

2ª Tese: Para os defensores desta a filosofia era um milagre grego, pois ela teria surgido de forma inesperada e espantosa na Grécia, sem que tivesse acontecido nada anteriormente que a justificasse; teria sido, também, um acontecimento espontâneo e único, como um milagre; e porque o povo grego era excepcional e somente eles poderiam ter criado a Filosofia.

3ª Tese: No final do século XIX, estudos históricos, arqueológicos, lingüísticos, literários e artísticos conseguiram equilibrar as teses anteriores, corrigindo seus exageros. Perceberam que a Filosofia, de fato, tem semelhanças com a sabedoria oriental, não só pelas viagens que deu a oportunidade de colocar o povo grego em contato com conhecimentos produzidos por outros povos, mas também porque dois de seus maiores formadores, os poetas Homero e Hesíodo, encontraram nos mitos e nas religiões orientais os elementos criadores da mitologia grega, que seria posteriormente transformada de forma racional pelos filósofos. Não podemos, também, ignorar por completo a tese do milagre grego, pois, de fato, os gregos conseguiram transformar com tanta propriedade a cultura oriental que até parecia terem criado sua própria cultura. Dessas mudanças significativas, podemos mencionar: a) os mitos: os gregos conseguiram retirar as figuras apavorantes e monstruosas dos deuses orientais, dando-lhe mais humanidade e racionalidade as suas narrativas; b) o conhecimento: os gregos conseguiram transformar a sabedoria do dia a dia em ciência, ou seja, em um conhecimento racional, abstrato e universal; c) a organização social e política: foram os gregos que inventaram a política, nas sociedade anteriores somente se praticava o poder e o governo, ou seja, estes eram exercidos com uma autoridade absoluta e arbitrária da vontade de um só homem ou de um pequeno grupos, onde ninguém era consultado e suas decisões sequer eram justificadas. Os gregos inventaram a política através de práticas pelas quais as decisões eram tomadas após discussões e debates políticos, criaram instituições públicas como tribunais e assembleias e criaram a idéia de lei e justiça em que se dava voz a vontade coletiva; d) o pensamento: os gregos inventaram a idéia da razão, produzida através de um pensamento sistemático que segue regras, normas e leis de valores universais.

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