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Gestão Estratégica

Por:   •  17/10/2020  •  Dissertação  •  1.058 Palavras (5 Páginas)  •  81 Visualizações

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Crise de 2008 também conhecida como crise subprime

A resposta da política econômica brasileira no momento de crise e nos dias atuais

Tudo começou na década de 90, quando o preço dos imóveis começou a subir de forma exorbitante, gerando a famosa bolha imobiliária, provocada preços inflados de forma não natural conduzida pela lei da procura e oferta, fazendo com que o ativo valha muito mais do que realmente vale, atraindo muitos compradores pela constante valorização e em paralelo a isso o governo americano começou a aplicar políticas de incentivo de crédito com taxas de juros nunca visto antes.  

Mediante a oportunidade gerada pelo governo com a taxa de juros baixa, muito americanos começaram solicitar empréstimos para os bancos privados, inicialmente esses bancos faziam uma avaliação da renda do solicitante e quando avaliavam que o mesmo tinha condições financeiras para quitar a dívida eram nomeados como prime e concedido o valor e administrado mediante ao do documento de hipoteca. Quando o banco concede um empréstimo ele lucra com os juros, porém esse valor geralmente é financiado em muitos anos, ou seja, o tempo de quitação seria o tempo que os bancos levariam para ter acesso aos lucros gerados pelo empréstimo. Então eis que surge Lewis Ranieri com a ideia de reverter as hipotecas em títulos hipotecários, sendo postos à venda no mercado de investimentos, onde as corretoras segregam essas dívidas em várias cotas, sendo chamadas de título de CDO que serão utilizadas como instrumento de securitização da dívida e permitiria a transferências do lucro para o banco de forma instantânea sem ter que esperar 20 ou 30 anos até a data fim do empréstimo.

Os títulos hipotecários sempre tiveram extrema importância no mercado imobiliário americano, já que sempre representou uma ferramenta eficiente e segura de investimento, visto que em casos de inadimplência existe a garantia de pagamento através do ativo. Com a supervalorização dos imóveis, pessoas estavam hipotecando suas próprias casas e tratando isso como negócio e geração de renda. Mediante a ganancia do governo e das pessoas surgem os subprimes, que são os empréstimos de alto risco concedidos para os tomadores que não oferecem garantias financeiras suficientes e que buscam se beneficiar de taxa de juros mais vantajosas.

Em 2007 o valor dos imóveis começaram a cair e as taxas de juros retornarem a patamares normais, com isso os cidadãos, na sua grande parte os subprimes, não conseguiram mais arcar com os seus compromissos, gerando assim um alto número de inadimplentes, para que não houvesse ainda mais a desvalorização dos imóveis os bancos tentaram renegociar suas dívidas, foram gerados inúmeros refinanciamentos, foi um verdadeiro efeito “cascata”, resultando na queda de lucro e de consumo e surgindo o efeito reverso ao inicial da bolha imobiliária, com um mercado com mais oferta e menos demanda, e para agravar o cenário pré-crise ocorreram três grandes fatos: i) estouro da bolha da internet ou crise das empresas . com; ii) atentado de 11 de setembro; iii) guerra do Iraque e Afeganistão. Por fim em 15 setembro de 2008 houve o estouro da bolha imobiliária e o marco da crise de 2008, que foi à falência do Lehman Brothers o 4º maior banco de investimento dos Estados Unidos e com isso as Bolsas do mundo todo despencaram. A crise não ficou só no setor financeiro e não foi apenas nos Estados Unidos, se espalhou pelo mundo todo, mediante ao aumento das dívidas externas e diminuição de consumo externo, para tentar diminuir a crise instalada, governo de vários países anunciaram um plano de ajuda, injetando milhões em bancos para gerar liquidez. Com isso foi preciso que os países entrassem em recessão, muitas empresas no mundo faliram, houveram demissões em massa, bancos anunciaram perdas bilionárias e instalou-se um colapso no sistema financeiro.

De imediato a crise não afetou o Brasil, mas no 3º trimestre de 2008 se instalou de forma representativa mediante alguns fatores: i) a redução de crédito destinado à exportação; ii) alta do dólar, gerando desvalorização do câmbio, principalmente para empresários que administram compras e dívidas em dólar; iii) incertezas do cenários econômico com isso houve a redução do consumo da população e do PIB em 2009; iv) aversão ao risco gerou a queda de investimentos financeiros; v) e por fim não menos importante, houve o aumento dos juros reais por conta da inflação.

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