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Introdução a Administração

Por:   •  9/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.656 Palavras (7 Páginas)  •  112 Visualizações

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Matriz de atividade individual*

Módulo: 03

Fórum

Título: Impacto das novas tecnologias na indústria fonográfica

Aluno: Juliana de Souza Porta

Disciplina: Introdução a Administração

Turma: T0118_0215

Introdução

A Teoria geral de sistemas tem por objetivo uma análise da natureza dos sistemas e da inter-relação entre eles em diferentes espaços, assim como a inter-relação de suas partes. Ela ainda analisa as leis fundamentais dos sistemas.

A Teoria da Contingência nos diz que, há um deslocamento da visão de dentro para fora da organização. As características da organização não dependem dela mesma, mas são condicionadas por questões do ambiente. Trata-se, portanto, de uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas.

A indústria fonográfica vive exatamente essa situação, onde os administradores deverão conhecer o mercado digital, com o advento da tecnologia e a Internet, onde o modo de ouvir e comprar música mudou e aplicar essas mudanças do mercado em seu nicho de negócios.

A princípio teve uma grande decadência nas gravadoras até que as mesmas se adaptaram as novas regras do mercado para poder alavancar as vendas e se reerguerem nesse mercado.

Impactos nos recursos materiais, humanos, financeiros e tecnológicos

Nos anos 90 com o surgimento do novo suporte “compact disc – CD” as industrias e gravadoras ganharam muito dinheiro pois era uma tecnologia nova, com qualidade de som superior ao vinil e que todos queriam ter. Houve um grande aumento nas vendas. Entretanto o mercado tecnológico cresce em alta velocidade e novas tecnologias foram surgindo, um novo método de ouvir música chega a população através da internet e dos smart-fones. Onde a mesma tecnologia que fez o mercado crescer em 1990 foi a grande responsável pela decadência das grandes gravadoras.

As gravações musicais digitais se transformaram em dados e arquivos que passaram a circular livremente pela rede mundial de dados, a Internet, espaço em que todo mundo tem acesso. Essa expansão leva a uma forte queda da indústria fonográfica no mundo.

Os números oficiais da “International Federation of the Phonographic Industry (IFPI)” nos diz que em 1999, a indústria da música em CDs bateu todos os recordes e faturou, no mundo todo, 38 bilhões de dólares. A partir daí, começou a queda, que se estendeu até o ano de 2012 quando dos 38 bilhões do pico atingido o faturamento desabou para 16,5 bilhões, mesmo com uma primeira e tênue reação — um crescimento de 0,3% devido à área digital.

O maior mercado de música do mundo é o americano. Caiu em um terço desde seu pico, há dez anos atrás. Nesta década, diminuiu de US$ 11,8 bilhões para US$ 7,1 bilhões. 

Em 2004 a gravadora Trama demitiu 30% do quadro de funcionários, e a Eldorado encerrou suas atividades. "O grupo analisou todos os seus negócios e viu que não havia viabilidade econômica imediata para a gravadora", diz Murilo Pontes, gerente artístico da Eldorado, pertencente ao grupo Estado. A Trama fica agora com 80 funcionários, mas não corre perigo, segundo um de seus presidentes, João Marcello Bôscoli. "Os cortes são um ajuste da Trama à retração do mercado”.

Rumos buscados pela indústria fonográfica

O mercado fonográfico buscou se adaptar as novas regras e estudou onde investir para voltar a crescer. Com isso apostou em novas mídias e no lançamentos de grandes coletâneas e com isso se adequar as reais necessidades dos clientes.

Se a indústria fonográfica sofreu com essa situação, o consumo de música nunca foi tão elevado. A popularização dos aparelhos portáteis reprodutores de arquivos MP3 aprofundou o hábito do consumo rotineiro de música. E proliferam diversos novos modelos de negócio utilizando as novas tecnologias digitais. A divulgação e a distribuição da música também passaram a ter a internet como elemento central.

Portais como Facebook, MySpace e o YouTube são instrumentos importantes para lançar novos artistas  no mercado global. E com rapidez o cliente já pode consumir a música que quiser, seja por meio dos downloads – pagos ou ilegais –, seja pela própria compra do CD.

Segundo reportaram as maiores companhias em operação no Brasil à ABPD, em 2012 o mercado brasileiro de música gravada em formatos físicos e digitais combinados, cresceu 5,13% em relação a 2011.  O resultado positivo do mercado fonográfico em 2012 foi causado principalmente pelo aumento de 83% nas receitas da área digital, que já representa mais de 28% do total do mercado físico e digital somados.  A expectativa é de que o mercado digital continue apresentando crescimento significativo, impulsionado por variados modelos de negócio e diferentes modalidades de oferta de música ao público.

Logo que um segmento começa a estagnar o processo a seguir deve ser justamente ir buscar no mercado soluções para reerguer a empresa. E uma das soluções encontradas foi investir em gravadoras independentes. Segundo o Wall Street Journal, a Administração de Comércio Internacional (ITA) investiu 300 mil dólares em 2012 em subsídios para a indústria americana de música. Com esses investimentos   os donos de selos independentes começaram a buscar o mercado da China, Coréia, Brasil.

O público que vem pagando por downloads de álbuns completos só vem aumentando e com isso o faturamento das gravadoras e produtores musicais também. O que importa é que o mercado está em constante mudança e o mercado fonográfico vem acompanhando. Pois um bom administrador deve ser dinâmico e se adequar as necessidades dos clientes, organizações e mercado.

Capacidade para dar respostas compatíveis às novas exigências do mercado

O Administrator dever está atento ao que acontece a sua volta e ter a agilidade de mudança que o mercado exige. A Internet trouxe a obrigação de tudo ser muito rápido inclusive as nossas respostas as grandes crises. Quem não se adequa ao mercado está fora.

A produção independente, associada a gravação de música digitalmente, e a publicação através da rede, possibilitou a nova geração de músicos e bandas se lançarem no mercado sem precisar esperar que uma grande gravadora os descobrissem. Com isso essas gravadoras tiveram que repensar sua estrutura para que pudessem sair da crise.

A evolução das mídias fonográficas se deu da seguinte forma: cilindro fonográfico em 1887, disco plano (gramofone) em 1887, fita cassete 1963, CD em 1992, Mini CD em 1990, Mini Disc 1992, MP3 Player 1998, Pen Drive 2000, Cartão de memória (micro SD) em 2005 e atualmente o Streaming que não precisa ser feito download para ouvir uma música ou assistir um filme.

Em 2003 surge o itunes Store, primeiro serviço a vender música digitalmente por um valor muito baixo. Após um ano de serviço a Apple vendeu cerca de 100 milhões de músicas.

Já em 2005 surge o You Tube, outro canal que permite aos seus usuários a baixar vídeos on-line. Logo se tornou um dos principais meios de compartilhar músicas.

Em 2011 a indústria fonográfica digital consegue ultrapassar a física em alguns países, e em outros como no Brasil vem crescendo a cada ano.

E não param as inovações musicais e as mídias em que são disponibilizadas. Cabe as grandes industrias se adequarem ao novo jeito de se distribuir músicas e ao consumidor que cada vez mais tem se apoiado nessas tecnologias para se divertir e principalmente aproveitar a gratuidade que vários programas dão.

Conclusão

Diante de vários acontecimentos, podemos perceber que a indústria passou por uma grande crise, onde ela teve que se adaptar as novas regras do mercado e mudar o seu comportamento. Ainda existem várias empresas com a mesma estrutura de negócios mas o crescimento está chegando para quem conhece o mercado e não tem medo de ser arriscar.

Os clientes também mudaram, apesar dos sites com musicas gratuitas, várias pessoas preferem pagar por álbuns completos ou por programas que lhe dão melhor qualidade no serviço. A indústria de musica digital só vem crescendo. Porém o grande vilão ainda é a pirataria que precisa de uma regulamentação para que exista punição com mais rigor.

O investimento em shows passou a ser o foco das indústrias da música.  Com a queda nas vendas de CDs os shows ao vivo passou a ser o foco dos produtores.

Assim como entrar no mercado digital se tornou uma questão de sobrevivência procurar por outras formas de receitas será fundamental para garantir estabilidade financeira.  

Com essa crise uma das áreas das empresas fonográficas que ganhou grande reconhecimento foi o marketing que precisar saber como alcançar o público alvo com as novas mídias.

O modo de fazer, comercializar e consumir música mudou muito na última década, e as mudanças não param. A música num formato físico ficará cada vez mais distante da nossa realidade. O perfil do consumidor mudou muito, e o mercado fonográfico segue em constante busca por esse caminho, se adaptando as novas tecnologias e a velocidade em que tudo está acontecendo.

O que podemos observar é que a indústria do futuro deverá ser mais descentralizada, com foco no cenário independente e no consumidor ávido por uma gratuidade musical.

Referências bibliográficas

1 2015. UNICAMP. Teoria Geral de Sistemas. Site: general theory of systems. Trabalho de TGA-530 – Engenharia e meio ambiente. http://www.unicamp.br/fea/ortega/temas530/melissa.htm . Acesso em 23 mar. 2015. 

2 RICCIO, Vicente. Administração Geral. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012. 57p. (Coleção Práticas de Gestão).

3 DIAS, Márcia Tosta. A grande Industria Fonográfica em Xeque. São Paulo. Boitempo Editorial, p. 177-197. http://pt.slideshare.net/daniribasproducoes/a-industria-fonografica-em-xeque-por-marcia-tosta-dias . Acesso em 24 mar. 2015.

4 SETTI,  Ricardo. Crise da Indústria Fonográfica. São Paulo. Blog Veja. Em 23 de julho de 2013. http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/crise-da-industria-fonografica/  Acesso em 23 mar. 2015.

5 FORASTIERI, André. Por que a indústria fonográfica vai muito bem ( e porque não acreditar nas notícias). São Paulo. Portal R7. Em 10 de maio de 2013. http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2013/05/10/porque-a-industria-fonografica-vai-muito-bem-e-porque-nao-acreditar-nas-noticias/. Acessado em 24 mar. 2015.

6 Indústria fonográfica tem demissões e fechamento. Folha de São Paulo. São Paulo. Em 11 de fevereiro de 2004. http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u41382.shtml  . Acesso em 24 mar. 2015.

7 Mercado Brasileiro de Musica 2012. http://www.abpd.org.br/downloads/ABPD_Publicacao2013_CB_final.pdf . Acesso em 24 mar. 2015.

8 http://www.tecmundo.com.br/comparacao/75842-comparacao-galaxy-s6-s6-edge-principais-smartphones-mercado.htm - Acesso em 25 mar. 2015.

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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