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LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-CONSUMO COMO VANTAGEM COMPETITIVA

Por:   •  8/3/2016  •  Artigo  •  1.561 Palavras (7 Páginas)  •  399 Visualizações

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LOGÍSTICA REVERSA DE PÓS-CONSUMO COMO VANTAGEM COMPETITIVA

Resumo

1. Introdução

Atualmente nas empresas, valores como marca, preço, tecnologia e outros diferenciais competitivos tradicionais parecem não ter a mesma força mercadológica de outrora em diversos segmentos empresariais, tornam-se condição qualificadora de participação de mercado, o que pode ser denominado como comoditização de mercado.

De acordo com Leite (2009) além de investimentos em produto, tecnologia e marca, a empresa moderna necessita investir em ações que tornem o pacote, produto e serviço, mais atraente ao cliente, de forma que lhe permita atingir suas próprias metas. O que efetivamente contará para o cliente é a relação entre os benefícios recebidos e o custo total do produto, na qual o preço é somente uma das parcelas.

Assim é necessário que as empresas se aperfeiçoe em serviços especializados em logística reversa, pois além de propiciar inovações e acréscimo de valor a seus clientes, pode-se tornar um importante diferencial competitivo para os operadores logísticos.

O objetivo deste estudo é evidenciar quais as vantagens competitivas que uma empresa consegui agregar ao seu negócio com a implantação de processos de logística reversa de produtos de pós-consumo.

2. Fundamentação teórica

2.1. Logística Revessa

Logística é definido pelo Council of Supply Chain Management Professional – CSCMP (1997) como:

O processo de planejamento, implementação e controle do custo efetivo, do  fluxo eficiente de matérias-primas , produtos em processo , produtos acabados e informações, relacionadas a partir do ponto de origem até ao ponto de consumo para fins de conformidade com os requisitos do cliente.

Logística reversa inclui todas as atividades que são mencionado na definição acima . A diferença é que a logística reversa engloba todas essas atividades porem opera no sentido inverso . Portanto , logística reversa é segundo  Rogers e Tibben-Lembke (1999):

O processo de planejamento, implementação e controle do, o custo efetivo fluxo eficiente de matérias-primas , em processo de estoque, produtos acabados e informações relacionadas a partir do ponto de consumo até ao ponto de origem com a finalidade de recapturar valor ou eliminação adequada.

Leite (2009) define a logistica reversa como sendo as formas e os meios em que uma parcela dos produtos, com pouco uso após a venda, com ciclo de vida util ampliado ou apos a extinção da sua vida util, retorna ao ciclo produtivo ou de negocios, readqueirindo  valor de diversas naturezas, no mesmo mercado original, em mercados secundários, por meio de seu reaproveitamento, de seus componentes ou de seus materiasis constituintes.

A figura abaixo illustra bem com a logistica reversa atua em contraste com a logistica convencional:

[pic 1]

Figura 1: fluxos logisticos Diretos e Reversos

Fonte: Lacerda,  2002

Liva et al. (2003) classifica logística reversa em três tipos distintos: Logística Reversa de pós-venda; Logística Reversa de pós-consumo; e Logística Reversa de embalagem:

 a)  Logística Reversa de pós-venda: trata do fluxo logístico e das informações logísticas correspondentes de bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que são devolvidos. Nessa categoria incluem-se erros nos processamentos dos pedidos, garantia dada pelo fabricante, defeitos ou falhas no funcionamento do produto, avarias no transporte, mercadorias em consignação, liquidação de estação de vendas, pontas de estoque etc. Tratam-se de produtos que podem retornar ao ciclo de negócios agregando-lhes valor comercial, serem enviados à reciclagem ou para um destino final na impossibilidade de reaproveitamento.

b)  Logística Reversa de pós-consumo: operacionaliza o fluxo físico e as informações correspondentes de bens de consumo descartados pela sociedade, em fim de vida útil ou usados com possibilidade de reutilização, e resíduos industriais que retornam ao ciclo de negócios ou ao ciclo produtivo pelos canais de distribuição reversos específicos. Esses produtos de pós-consumo poderão originar-se de bens duráveis ou descartáveis que poderão sofrer reuso – normalmente em mercado de segunda mão até atingir o “fim da vida útil” -, desmanche – após o produto ser desmontado, componentes poderão ser aproveitados ou re-manufaturados -, e reciclagem – onde os materiais constituintes são reaproveitados e se constituirão em matérias-primas secundárias retornando ao ciclo produtivo. No caso de não haver nenhuma dessas possibilidades mencionadas, o produto deverá ter um “destino final” em aterros sanitários, lixões ou sofrerem incineração.

 c) Logística Reversa de embalagem: apesar de enquadrar-se na logística reversa de pós-venda ou pós-consumo, sua importância faz com que seja classificada numa categoria separada. Com a distribuição a mercados cada vez mais afastados, verifica-se um incremento com gastos de embalagem o que repercute no custo final do produto – dependendo do tipo de produto e de distribuição têm-se a embalagem primária, secundária, terciária, quaternária, e a de quinto nível que é a unidade conteinerizada ou embalagens especiais para envio à longa distância. Existe uma tendência mundial de se utilizar embalagens retornáveis, reutilizáveis ou de múltiplas viagens, tendo em vista que o total de resíduos aumenta a cada ano, causando impacto negativo ao meio ambiente.

2.2. Logística reversa de pós consumo

Bens de pós-consumo são os produtos ou materiais constituintes cujo prazo de vida útil chegou ao fim, sendo assim considerados impróprios para o consumo primário, ou seja, não podem ser comercializados em canais tradicionais de vendas. Porém, eles podem ser reaproveitados. Isso é possível graças à adoção da logística reversa e de seus canais de distribuição reversos.

Os produtos pós-consumo, quando encerram sua vida útil podem ser enviados a destinos finais tradicionais como a incineração ou aterros sanitários, ou retornar ao ciclo produtivo por meio de canais de desmanche, reciclagem e reuso em uma extensão da sua vida útil.

Segundo Leite (2003) a logística reversa de pós-consumo é a forma pela qual os bens duráveis, semiduráveis, descartáveis e os resíduos industriais são descartado ou disponibilizados depois de extinto seu uso original, pelos seus proprietários ou consumidores.

O fluxograma abaixo visualizamos as diversas possibilidades de comercialização e tratamento dos bens materiais de pós-consumo nos canais de distribuição reversos:

[pic 2]

Figura 02: Canais de distribuição de pós consumo direto e reversos.

Fonte: Leite, 2003

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