Localização industrial
Por: Tainarafd • 6/4/2015 • Trabalho acadêmico • 2.164 Palavras (9 Páginas) • 1.146 Visualizações
LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL
MÉTODO DE AUXILIO À TOMADA DE DECISÃO
Fonte: Nelson Casarotto, M. Eng. – EPS - UFSC
O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
DESAFIO I
1 – O Processo Geral de solução de um problema
KRICK propõe cinco passos básicos:
A fase I – Formulação do Problema, implica na descrição geral, resumida das características do problema.
A fase II – Análise do problema – requer uma especificação detalhada das características do problema incluindo as restrições. Esta fase inclui também, a definição dos critérios e sua ponderação para posterior análise das alternativas.
Na fase III – Busca das Alternativas – procura-se identificar alternativas quais atendam as especificações e as restrições.
Na fase IV – Avaliação das Alternativas – é feita a análise confrontando-se os resultados quantitativos e qualitativos através dos critérios estipulados na fase II, analisando-se igualmente o grau de adequação ás restrições. Após análise elege-se a melhor solução.
Finalmente, na fase V, alternativa escolhida é especificada para possibilitar sua concretização.
2 - A Análise das Alternativas
CHARLES KEPNER e BENJAMIM TREGOE, em sua obra “O Administrador Racional” propõem uma metodologia de sete fases adequada a análise de alternativas, considerando aspectos quantitativos e não quantitativos, sob a ótica dos objetivos da empresa.
A sete fases são as seguintes:
1) Estabelecer os objetivos
Os objetivos são derivados dos resultados que se espera obter e dos recursos disponíveis. Vias de regra devem estar em acordo com o preconizado no Planejamento Estratégico da empresa. Restrições também podem ser tratadas como se fossem objetivos, porém com um sentido de “evitar” ao invés de “obter”.
2) Classificar os objetivos.
Os objetivos devem ser classificados em OBRIGATÓRIOS e DESEJÁVEIS e se possível, ponderados.
3) Desenvolver alternativas dentre as quais será feita a escolha.
As alternativas serão desenvolvidas tomando-se os objetivos como base.
4) Avaliar as alternativas
Em função dos objetivos, analisar as alternativas. Uma regra tipo “passa/não passa” analisará as alternativas perante os objetivos OBRIGATÓRIOS PARA A PRIMEIRA SELEÇÃO.
Um posterior sistema de ponderação de todos os objetivos ajudará analisar as alternativas selecionadas.
5) Escolher a melhor alternativa como decisão tentativa.
A melhor alternativa da análise da etapa 4 será escolhida numa primeira tentativa.
6) Avaliar as conseqüências adversas da decisão tentativa.
Esta etapa seria uma espécie de “check” tentando-se visualizar os possíveis efeitos futuros a serem acarretados pela decisão.
7) controlar os efeitos da decisão final, evitando conseqüências adversas e fazendo um acompanhamento adequado.
Uma vez tomada a decisão final, deve-se tomar todas as precauções para as conseqüências adversas não venham a ocorrer.
Desafio:
Uma análise de decisão sobre localização industrial: Sua equipe foi solicitada por uma grande empresa beneficiadora de materiais cerâmicos para dar um laudo sobre a instalação industrial de uma nova unidade. O contrato é por risco, mediante a aprovação do projeto a equipe vencedora receberá a participação na execução caso contrário serão pagas apenas as despesas de projeto.
A empresa pretende implantar uma nova unidade de produção (300 mil t/ano). Esta empresa, apesar de já ter definida a sua produção, deve-se confrontar com dois problemas: a escolha adequada da tecnologia e da localização.
Basicamente, existem dois grandes centros consumidores (C1 e C2) e um centro fornecedor (MP) de matéria-prima.
Os materiais secundários podem ser obtidos indiferentemente em C1 e C2 ou MP. Duas tecnologias são disponíveis, através do processo A ou do processo B, respectivamente.
[pic 1]
500 km[pic 2]
[pic 3][pic 4]
250
km 400km[pic 5]
[pic 6]
Em relação a MDO, C1 e C2 não possuem problemas de mão-de-obra, porém o C2, além de possuir tradição deste ramo de indústrias, possui mão-de-obra mais barata. O centro C1 não possui tradição neste ramo industrial.
A empresa prevê, baseado em sólido estudo de mercado, que venderá 1/3 de sua produção em C2 e 2/3 em C1. Já a fonte de matéria-prima MP, possui sérios problemas de mão-de-obra que exigiram um centro de treinamento e poderão se ocasionar problemas de rotação de pessoal cujos efeitos não são ainda previsíveis, visto que esta mão-de-obra não esta acostumada ao trabalho na indústria.
Para ambas as tecnologias os respectivos processos produtivos requerem investimentos semelhantes (350milhões) e o consumo de matéria-prima é o mesmo, porém o processo B possui um custo de materiais secundário superior. O processo possui um custo de mão-de-obra superior (de maior qualificação).
O processo B é de uma tecnologia já testada, ao contrário do processo A que possui tecnologia mais recente com apenas cinco unidades operando no mundo. O processo A conta com perspectivas futuras de produzir com melhor qualidade.
O preço competitivo do produto nas praças C1 e C2 é de 2.400/t. o preço da matéria-prima é de 320/t (na fonte) e o consumo é de 1,2 t/t de produto. O custo de transporte de matéria-prima é de 0,16/tkm, para o produto é de 0,56/tkm.
O custo dos materiais secundários é de 240/t para o processo B e de 144/t processo A. A incidência do custo de mão-de-obra no processo B é de 404/t no centro C2 , 456 no centro C1, E 488 no centro MP. Para o processo A a mão-de-obra é de 20% mais onerosa. Os demais custos somam 400/t indiferentemente ao processo de localização. O custo de recuperação do capital é de 150.000/ano.
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