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METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

Por:   •  8/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.601 Palavras (7 Páginas)  •  244 Visualizações

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CIÊNCIAS CONTÁBEIS

METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA – AULA 5

FORMAS DE CONHECER O MUNDO

Sou a única pessoa no mundo que eu realmente queria conhecer bem. Oscar Wilde

  1. O conhecimento

O ser humano é fadado a conhecer, por ser cognoscível (pode conhecer). Entusiasma-se a conhecer a partir do desenvolvimento dos primeiros sentidos, da percepção vivida dos fatos e de suas ações.

É notório que o ser humano se esforça para entender a natureza e dominar a realidade, almejando torná-la adequada às suas realidades. Assim, domina, transforma, amplia e desenvolve suas próprias necessidades. É um processo permanente, um acúmulo de ações racionais que geram a ciência.

O que é ciência? Ciência é o conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da realidade. Por meio da investigação científica é possível construir e reconstruir artificialmente o universo geral da mente, partindo do pressuposto de que há a dependência do conhecimento já adquirido e capaz de aprofundar a observação.

O que é conhecer? Conhecer, em breves linhas é estabelecer a relação entre a pessoa que conhece e o objeto que passa a ser conhecido. Ao conhecer nos aproximamos do objeto. Para conhecer o objeto precisamos nos valer dos sentidos (sensibilidade física referente ao objeto) e do pensamento (atividade intelectual). As formas de conhecimento, sensível e intelectual combinam-se, para produzir conhecimento misto. A posse do conhecimento nos torna  aptos para a ação consciente, eis que a ignorância impede o avanço e nos mantém como prisioneiros das circunstâncias.

Pode-se dizer que o conhecimento tem o caráter libertador e nos permite a atuação para modificar as circunstâncias em nosso benefício, sendo certo que poderemos consentir ou discordar, a partir de informações e posições que autorizam essa ação.

O conhecimento enuncia aptidão para o exercício de uma ação consciente.

Há pelo menos quatro tipos fundamentais de conhecimento, sendo que cada um deles subordina ao tipo de apropriação que o ser humano faz da realidade. Vejamos:

  1. Conhecimento empírico -  O empirismo pode ser definido como a asserção de que todo conhecimento sintético é baseado na experiência.” (Bertrand Russell). Também denominado “conhecimento vulgar – senso comum”, sendo aquele que todas as pessoas adquirem na vida cotidiana, ao acaso, baseado na experiência vivida ou transmitida por alguém, em geral resulta de repetidas experiências casuais de erros e acertos, sem observação metódica, nem verificação sistemática, carecendo de caráter científico. Pode resultar de simples transmissão de geração em geração e, assim, fazer parte das tradições de uma coletividade. Não deve ser menosprezado, constitui a base do saber e já existia antes do homem imaginar a possibilidade da ciência;
  2. Conhecimento científico:  O conhecimento científico resulta de investigação metódica, sistemática da realidade. Ele transcende os fatos e os fenômenos em si mesmo, analisa-os para descobrir suas causas e concluir as leis gerais que o regem. Como o universo da ciência é o universo material, físico, naturalmente perceptível pelos órgãos dos sentidos ou mediante a ajuda de instrumentos de investigação, o conhecimento científico  é variável na prática, por demonstração ou experimentação. Tem o firme propósito de desvendar os segredos da realidade, ele os explica e demonstra com clareza e precisão, descobre suas  relações de predomínio, igualdade ou subordinação com outros fatos ou fenômenos, de tudo isso conclui leis gerais, universalmente válidas para todos os casos da mesma espécie. O conhecimento científico racional é aquele que é constituído por conceitos, julgamentos e raciocínios, não por sensações, imagens, modelos de condutas. Trabalha com  o conhecimento racional, tem como ponto de partida e de chegada apenas ideias, hipóteses e não simplesmente fatos. As ideias  que compõem o conhecimento racional combinam-se de acordo com algum tipo de conjunto de regras básicas, com o propósito de produzir novas ideias. O conhecimento científico objetivo é aquele que concorda com seu objeto, alcança a exatidão da realidade, segundo os meios de  observação, investigação e experimentação de sua época. O conhecimento científico é analítico e para isso decompõem-se em partes, com o propósito de descobrir os elementos em sua totalidade. Requer clareza e exatidão. É comunicável, verificável, depende de investigação metódica, é sistemático, explicativo, pode fazer predições, é aberto e útil.
  3. Conhecimento filosófico: Tem origem na capacidade de reflexão do homem e por instrumento exclusivo o raciocínio. A palavra filosofia tem o seu significado consoante informação abaixo.[1] Mediante a filosofia estabelecemos uma concepção geral do mundo. Tendo o homem como tema permanente de suas considerações, o filosofar pressupõe a existência de um dado determinado sobre o qual refletir, por isso apoia-se nas ciências. Mas sua inspiração ultrapassa o dado científico, já que a essência do conhecimento filosófico é a busca do saber e não sua posição. Tratando de compreender a realidade dos problemas mais gerais do homem e a sua presença no universo, a filosofia interroga o próprio saber e transforma-o em problema. É, sobretudo especulativa, no sentido de que suas conclusões carecem de prova material da realidade, ela traduz ideologia[2] e como tal influi diretamente na vida concreta do ser humano, orientando sua atividade prática e intelectual. O ser precede o conhecimento que temos dele. As sensações dão-nos a imagem do universo real. O conhecimento racional objetivo não dispensa o conhecimento sensível. A verdade é a realidade. A negação da verdade objetiva é incompatível com a ciência;
  4. O Conhecimento teológico: É produto da fé humana na existência de uma ou mais entidades divinas, de um Deus ou deuses. Ele provém das revelações do mistério, do oculto, por algo que é interpretado como mensagens de manifestações divinas. Tais revelações são transmitidas por alguém, por tradição acumulada ao longo da história ou através de escritos sagrados. Não é necessário que a pessoa seja monoteísta (crença em um só deus) ou politeísta (crença em vários deuses) para que o conhecimento proporcionado pela fé seja teológico. Os gregos da antiguidade eram politeístas, mas seus sacerdotes já possuíam e cultivavam o conhecimento teológico, de modo geral o conhecimento teológico apresenta respostas para questões que o homem não pode responder com o conhecimento vulgar e científico ou filosófico, depende da fé que o aceitante deposita na existência de uma divindade. Mister ressaltar a experiência do neurocirurgiaõ Eben Alexander III [3] .

O conhecimento é o instrumento eficaz para enfrentar, resolver, realizar as atividades da vida humana, portanto, inevitável citar René Descartes (1596-1650), matemático e filósofo, desenvolveu a teoria cartesiana para solucionar qualquer problema, mediante o atendimento dos seguintes passos:

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