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Macroeconomia

Por:   •  24/10/2015  •  Ensaio  •  841 Palavras (4 Páginas)  •  141 Visualizações

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Resolução lista III: Modelo de Identidades Macroeconômicas

  1. O Plano real, como dito, propiciou um rápido crescimento econômico além de um forte aumento do déficit público. Durante a concepção do plano real, optou-se por financiar a dívida por meios externos (para que o crescimento econômico não fosse afetado, bem como o investimento no pais); com tal medida, seguindo os parâmetros do modelo de identidade macroeconômica, gera CK > 0 e consequentemente CC < 0; ou seja, a adoção de tal medida causa a “teoria dos déficits gêmeos”, em que leva inexoravelmente a uma crise da BP.
  2. a) Durante os anos setenta o Brasil apresentou um rápido crescimento econômico baseado em subsídios ao investimento privado e investimentos públicos em infraestrutura, o que gerou um aumento continuo do déficit público em que o governo recorreu a poupança externa para financia-lo (crescimento econômico continua alto). Na década de 1980 – após a moratória do México em 1982 – cessou-se o financiamento pelo capital externo para países em desenvolvimento, impossibilitando o Brasil de continuar financiando sua dívida pelo setor externo (cobrir déficit em conta corrente do BP). Como o governo operava em déficit público, a única opção se tornou o financiamento interno – governo brasileiro realizou pressão sobre o mercado financeiro interno para captar poupança privada doméstica através da emissão e venda de títulos públicos (com taxa de juros crescente). O resultado foi um declínio do investimento privado, o aumento da dívida pública e a queda do crescimento econômico – levando a estagnação econômica na década de 1980. A estagnação estava associada as altas taxas de juros necessárias para financiar o déficit público.

b) O Plano Collor para interromper o crescimento explosivo da dívida pública – além das despesas financeiras – colocou em prática o “confisco” no início dos anos 1990, que congelou a dívida pública e reduziu a taxa de juros paga pelo governo para os títulos da dívida pública para cerca de 6% ao ano – provocou drástica diminuição das despesas financeiras e, assim, do déficit público.  

  1. a) Na década de 1980 nos Estados Unidos durante as eleições presidências (Reagan X Carter), Reagan apresentou seu plano econômico denominado “Supply Side Economics”, que consistia na diminuição dos impostos do país para estimular o consumo (gerando crescimento econômico), porém tal medida não foi compensada pelo aumento da receita tributária associada ao crescimento da renda, Reagan portanto optou pelo financiamento da dívida pelo setor externo por priorizar o continuo crescimento econômico (época de reeleição), levando títulos públicos norte-americanos para o setor externo, o que gerou alta demanda por dólar. A alta demanda por dólar fez com que o dólar se valorizasse no contexto externo, fazendo com que os produtos norte-americanos ficassem caros no exterior enquanto os importados ficassem baratos em território americano, nesse contexto, a indústria norte americana viveu uma época de quase estagnação, como por exemplo a General Eletric, que não conseguia competir com a Samsung (teoria do forno de micro-ondas). Com maiores importações do que exportações, gerou um grande desequilíbrio em conta corrente no balanço de pagamentos. Como se mantinha um crescimento econômico a custa de crescente déficit na balanca comercial, o EUA cresce baseado em setor de serviços expandindo os chamados “McJobs”, empregos de baixo valor agregado e baixos salários. A economia americana tinha crescimento de baixa qualidade já que os setores dinâmicos eram de baixo valor agregado e de baixa produtividade, o que gerou mudanças econômicas, sociais e culturais nos Estados Unidos.

b) As consequências foram econômicas, sociais e culturais. No viés econômico se viu a expansão da indústria de países asiáticos de alto valor agregado (carros, eletrodomésticos etc) enquanto os EUA crescia a base do setor de serviços e de produções de baixo valor agregado. No viés cultural, como os cargos e os salários eram baixos (até para os recém-formados em universidades de ponta), a mulher passou a fazer parte do cenário do mercado de trabalho, gerando um aumento no número de divórcios o que propiciou a geração “filhos do divórcio”. Sob o parâmetro cultural há o advento do “grunge”, além da indiferença e desesperança dos jovens com relação ao futuro. Essa geração foi denominada como geração X, por conta da incognica que era seu futuro à época.

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