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Metodologia de Diagnóstico de Situações

Por:   •  9/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.075 Palavras (5 Páginas)  •  352 Visualizações

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  1. Procure diferenciar o método de Planejamento Estratégico Situacional (PES) dos métodos tradicionais de planejamento estratégico. Nesse processo, apresente o significado do termo “planejar”.

“Planejar implica em identificar e disponibilizar os meios necessários para a ação, os diversos recursos necessários, poder político, conhecimento, capacidades organizativas, equipamentos e tecnologia e também, mas nem sempre, recursos econômico financeiros. ” (DAGNINO, 2012)

O planejamento tradicional acredita na predição, já o Planejamento Estratégico Situacional visa a mediação entre o passado e o futuro, prevendo diversas possibilidades não as predizendo. Além disso, o planejamento tradicional acredita poder controlar a realidade, mas o Planejamento Estratégico Situacional tende apenas influir na realidade. Em suma, o planejamento tradicional desacredita do meio político e se resume em um prolongamento da teoria econômica positivista. Já no PES o ator que planeja está dentro da realidade e coexiste com outros autores que também planejam.

  1. Apresente o Triângulo do Governo e como o seu funcionamento influencia o sucesso da aplicação do PES.

O Triangulo governamental com os seus três vértices: Projeto de Governo, Apoio Político, Capacidade de Governo. Esses três estão entrelaçados, pois quando um grupo político almeja governar ele faz seu Projeto de Governo, para colocar seu projeto em ação ele precisa de Apoio Político, é quanto maior for a mudança acarretada pelo seu projeto maior terá que ser a capacidade de governabilidade. Estes três pontos devem ser vistos numa inter-relação dinâmica e a análise do equilíbrio entre os três vértices do triângulo permite avaliar as fragilidades da gestão orientando os ajustes necessários, ou seja, se é preciso trabalhar melhor o plano, se é preciso aumentar a governabilidade ou a capacidade de governo. O triângulo de governo juntamente com o PES auxilia no esclarecimento de como se está dando o processo de planejamento. Porque às vezes se tem um bom planejamento, porém não se tem o apoio da comunidade, ou do gestor, o que significa que não se construiu governabilidade. Além disso, há casos onde o gestor possui governabilidade, mas não tem equipe preparada para executar o seu projeto de governo, o que manifesta não possuir capacidade de governo.

  1. Descreva como aplicar os métodos de Diagnóstico de Situações e Planejamento de Situações e como esses métodos se inserem nos 4 momentos da Gestão Estratégica.

 

O MDS é aplicado encima de problemas, identificados por atores em um jogo social (cada autor pode ter um ponto de vista diferente em relação a cada situação problema, o que as vezes é visto como problema para um, não é para o outro). O primeiro passo é identificar a Situação-Problema, lista-los, definir qual o tipo do problema (uma ameaça, uma oportunidade, um obstáculo). Para definir o tipo do problema é preciso pontuar: listar os problemas declarados pelos diversos atores sociais relevantes; avaliar os problemas segundo a perspectiva desses atores; situar os problemas no tempo e no espaço; verificar se existe complementaridade ou contradição entre os problemas declarados; identificar fatos que evidenciam e precisam a existência de problemas; levantar suas causas e consequências; e selecionar as causas críticas que podem ser objeto de intervenção. Depois desse passo faz-se a formulação do problema, na qual é necessário evitar a indicação de temas gerais e evitar listar objetivos. Após isso, explica-se o problema, fazendo a distinção de causa, descrição e consequência. Para melhor entendimento e clareza da explicação de uma situação-problema usa-se o fluxograma, que é a representação gráfica que descreve passo a passo a situação problema estudada. Para um bom fluxograma deve-se responder os seguintes questionamentos: como e onde atuar para mudar a descrição de um problema?; e a mudança provocada é suficiente para alcançar os objetivos almejados? Tais questionamentos são os “nós críticos” (causas das situações-problemas), para melhor elucidação de nós críticos deve-se limitar a ambiguidade nas interpretações dos mesmos e descreve-los de forma que possam ser supervisionados. Já o MPS é uma sequência do MDS, pois se utiliza do fluxograma feito do MDS, para se desenvolver. O MDS explica a situação-problema e o MPS vem para formular propostas de ação para cada nó crítico identificado no fluxograma; criar estratégias que levem em conta outros autores e eventuais mudanças de contextos; e na complementação de um plano de ação. Para isso, entra em cena as Operações (conjunto de condições para atacar as causas fundamentais dos problemas, identificados no fluxograma), elas devem ser bem estruturadas e devem possuir os cálculos de risco. Mas para isso acontecer é preciso detalhar o conjunto de ações através das quais devem ser alcançados os resultados esperados nas operações, em suma, a Matriz Operacional. Para a implantação do plano de ação é de extrema importância as ações, as atividades e as tarefas, pois são necessárias para a compreensão clara da operacionalização do projeto (plano de ação). Para uma formulação de um plano de ação é preciso atentar-se para alguns elementos fundamentais para tal: identificação do ator que planeja; descrição da situação-problema onde se quer atuar; problemas precisos a enfrentar; objetivos bem definidos;  identificação de interessados e de beneficiários;  nome do plano (aspecto comunicacional); principais ações a realizar, trajetória, encadeamento; definição de responsáveis, rede de ajuda e parceiros; previsão de recursos necessários, produtos e resultados esperados; indicação do prazo de maturação dos resultados; indicadores para verificação do andamento dos trabalhos, produtos, uso de recursos, contexto e resultados;  clareza ao atuar em relação a aliados e a oponentes; clareza ao atuar em relação a mudanças no contexto; previsão de procedimentos para acompanhamento das ações, cobrança e prestação de contas; e previsão de procedimentos para avaliação e para revisão durante a execução do que foi planejado. Seguindo tais passos, forma-se o plano de ação, porém ele só se conclui com a sua colocação em prática. Deve-se destacar que os planos de ações são planejados sob incertezas, pois não tem como se prever o futuro, por isso um bom plano deve ter seus cálculos para o futuro refeitos, trabalhar com alternativas em diferentes cenários, estar preparados para enfrentar pontos não previstos, dispor de sistemas de gerencia de crises e afastar a incerteza evitável mediante ações previstas.

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