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O Corporate Finance

Por:   •  18/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.837 Palavras (8 Páginas)  •  59 Visualizações

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Atividade individual        

Matriz de atividade individual

Disciplina: Corporate Finance

Módulo: IV

Aluno: Larissa Rodrigues de Paula

Turma: ONL021Z3-POGFIRS15T3

Tarefa: Nesta atividade, iremos calcular o custo de capital e realizar a projeção dos fluxos de caixa de um projeto de investimento em dois cenários, de modo a verificar a viabilidade da implantação de uma loja que pretende atuar no varejo de comércio de roupas.

Os cenários ora citados são:

  • Prazo médio de 90 dias concedido aos clientes, considerando 100% das vendas parceladas em cinco vezes sem juros,
  • Prazo médio reduzido, considerando 100% das vendas parceladas em três vezes sem juros, com redução de 20% no faturamento.

 O objetivo é compreender o contexto e identificar as variáveis necessárias para estruturar e projetar o resultado e o fluxo de caixa de um projeto de investimento bem como aplicar os conceitos relacionados a corporate finance ao processo decisório de avaliação de um projeto de investimento.

Custo de capital próprio e custo médio ponderado de capital

O custo de capital é a taxa que justifica assumir o risco de efetuar um investimento, nesse contexto, temos o custo de capital próprio e o custo de capital de terceiros.

Para o cálculo do custo de capital próprio, usaremos o modelo CAPM - Capital Asset Pricing Model, que se baseia no risco diversificável e no risco não diversificável, sendo assim, usaremos a seguinte expressão para calcular o custo de capital próprio (Ke), ou seja, a taxa mínima de atratividade do acionista:

Ke = Rf + β x (Rm – Rf)

Sendo:

Ke = custo de capital próprio, ou seja, a taxa que expressa o risco de capital próprio

Rf  = taxa equivalente à renda fixa

Rm = retorno médio de uma carteira de mercado

β = coeficiente Beta que expressa o risco sistêmico da empresa em relação ao mercado

Dessa forma, temos que o custo de capital próprio do projeto de Amanda é de 13,00%

Taxa Livre de Risco (Rf):

3,40%

Taxa de Retorno da Carteira de Mercado (Rm):

11,40%

Prêmio pelo Risco de Mercado (Rm - Rf):

8,00%

Beta do Setor Calculado (ꞵ):

1,200

Taxa mínima de atratividade - (TMA):

13,000%

O custo médio ponderado de capital (CMPC), conforme FEUSER, é a taxa mínima de atratividade dos investimentos dos credores e acionistas. É calculado usando a seguinte expressão:

CMPC = {Ke x [PL ÷ (P + PL)]} + {[i x (1 – IR)] x [P ÷ (P + PL)]}

Onde:

Ke = custo de capital próprio, ou seja, a taxa que expressa o risco de capital próprio (TMA)

P = proporção do capital de terceiros inserido no capital total da empresa.

PL = proporção do capital próprio inserido no capital total da empresa

i =  taxa de juros da dívida

IR = alíquota do imposto de renda

Assim sendo, calculamos que o custo médio ponderado de capital (CMPC) do projeto é de 9,64%

Taxa de juros da dívida:

10,0%

Imposto de Renda:

34,0%

Taxa mínima de atratividade - (TMA):

13,000%

Proporção do Capital Próprio (PL):

47,5%

Proporção do Capital de Terceiros (P):

52,5%

Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC):

9,6400%

Projeção dos resultados e dos fluxos de caixa livres da empresa e do acionista

A projeção de fluxo de caixa da empresa e do acionista apura o valor disponível para novos investimentos ou pagamento dos investidores de capital. O fluxo de caixa livre da empresa é o volume de recursos que poderá ser retirado sem impactar na geração de valor, já o fluxo de caixa livre do acionista é o valor que a empresa poderá distribuir para os acionistas.

Abaixo é apresentado a apuração do fluxo de caixa livre da empresa e do acionista nos Cenários 01 e 02 do projeto de Amanda.

CENÁRIO 1

DESCRIÇÃO

Fluxo de Caixa Livre da Empresa - FCLE

Fluxo de Caixa Livre do Acionista - FCLA

Ano 0

-1.000.000

-475.000

Ano 1

121.468

11.818

Ano 2

374.373

269.673

Ano 3

369.106

269.356

Ano 4

388.153

293.353

Ano 5

407.771

317.921

Ano 6

375.701

290.801

Ano 7

388.248

308.298

Ano 8

395.298

395.298

Ano 9

402.419

402.419

Ano 10

1.006.331

1.006.331

CENÁRIO 2

DESCRIÇÃO

Fluxo de Caixa Livre da Empresa - FCLE

Fluxo de Caixa Livre do Acionista - FCLA

Ano 0

-1.000.000

-475.000

Ano 1

242.766

133.116

Ano 2

255.411

150.711

Ano 3

246.574

146.824

Ano 4

261.945

167.145

Ano 5

277.778

187.928

Ano 6

240.442

155.542

Ano 7

248.891

168.941

Ano 8

254.548

254.548

Ano 9

260.262

260.262

Ano 10

571.381

571.381

Observamos que no Cenário 01 projeta-se uma receita inicial maior que no Cenário 2 que pode ser justificado pelo menor prazo de recebimento dos clientes.

Análise de viabibilidade

VPL

O Valor presente líquido (VPL) é o cálculo do valor presente equivalente de todos os fluxos de caixa futuros, aplicando uma taxa mínima de atratividade e subtraindo desse resultado, o valor total investido.

Como resultado possível, temos:

- VPL > 0, nesse caso, temos um projeto viável

- VPL < 0, nesse caso, temos um projeto inviável

- VPL = 0, nesse caso, o projeto cumpre os requisitos de rentabilidade, porém não gera lucro e nem prejuízo

No projeto de Amanda, foi calculado o VPL para a empresa, usando o fluxo de caixa livre, usando como taxa o CMPC (custo médio ponderado de capital) no valor de 9,64% e para o acionista foi usado a TMA (taxa mínima de atratividade) no valor de 13,00%.

Dessa forma, temos os seguintes resultados:

CENÁRIO 1

CENÁRIO 2

Valor Presente Líquido do FCLE

1.414.409,87

Valor Presente Líquido do FCLE

709.903,67

Valor Presente Líquido do FCLA

1.135.633,29

Valor Presente Líquido do FCLA

564.330,51

Nota-se que todos apresentaram volores positivos, podemos dizer, então, que o projeto é viável tanto para a empresa como para o acionista e em ambos os cenários, porém o cenário 1 apresenta um resultado maior que o cenário 2.

TIR

A TIR - Taxa interna de retorno é a taxa média de retorno, que determinado fluxo de caixa oferece, considerando toda a vida útil do projeto analisado. A TIR no fluxo de caixa da empresa é comparada com o CMPC e no fluxo de caixa do acionista com a taxa mínima de atratividade (TMA), os resultados podem ser conforme apresentados abaixo:

- TIR > TMA, dizemos que o projeto é viável

- TIR < TMA, o projeto é inviável

- TIR = TMA, nesse caso, ainda podemos considerar o projeto viável ou indiferente uma vez que retorna o mínimo esperado pelo investidor, cabendo a ele decidir se investirá ou não nesse projeto.

No projeto analisado, tivemos os resultados da TIR conforme apresentado abaixo:

CENÁRIO 1

Taxa Interna de Retorno do FCLE

30,82%

<= O Projeto é viável porque a TIR é maior que o CMPC!

Taxa Interna de Retorno do FCLA

43,46%

<=  O Projeto é viável porque TIR é maior que a TMA do Acionista!

CENÁRIO 2

Taxa Interna de Retorno do FCLE

23,02%

<= O Projeto é viável porque a TIR é maior que o CMPC!

Taxa Interna de Retorno do FCLA

33,09%

<=  O Projeto é viável porque TIR é maior que a TMA do Acionista!

Como no resultado do VPL, a TIR apresentou resultados positivos, ou seja, resultados maiores que as taxas mínimas de atratividade, sendo assim, o projeto é viável em ambos os cenários, porém tendo o cenário 1 apresntando um melhor resultado.

Payback simples

O payback simples apresenta o tempo em que o reultaado dos fluxos de caixa de um projeto retornará, integralmente, o capital investido, ou seja, é o momento em que os fluxos de caixa acumulados se igualam ao capital investido.

O resultado do payback é comparado com o prazo máximo de retorno exigido pelo investidor, caso o resultado seja igual ou inferior ao prazo máximo, podemos de dizer que o projeto é viável e retornará o capital investido dentro do prazo esperado, caso o resultado seja superior dizemos que o projeto poderá ser descartado mesmo que apresente VPL e TIR positivos, pois os mesmos dependem do fluxo de caixa posterior ao prazo máximo de retorno exigido.

No projeto em questão, obteve-se o seguinte resultado do payback simples, considerando que o prazo máximo de retorno é de 48 meses:

CENÁRIO 1

Payback Simples do FCLE

41 meses

<= O Projeto é viável porque o Payback Simples é menor que 48 meses!

Payback Simples do FCLA

33 meses

<= O Projeto é viável porque o Payback Simples é menor que 48 meses!

CENÁRIO 2

Payback Simples do FCLE

48 meses

<= O Projeto é viável porque o Payback Simples é menor que 48 meses!

Payback Simples do FCLA

40 meses

<= O Projeto é viável porque o Payback Simples é menor que 48 meses!

Ambos cenários apresentaram payback simples menor que o prazo máximo de retorno esperado, porém o cenário 1 teve o retorno de capital investido em menor tempo que o cenário 2.

Payback descontado

O Payback descontado, assim com o payback simples, calcula o tempo em que o projeto retornará o capital investido, porém no payback descontado, os fluxos de caixa deverão ser computados pelo seu valor equivalente no presente, descontados pela taxa mínima de atratividade.

No projeto de Amanda, obteve-se o seguinte resultado do payback descontado, considerando que o prazo máximo de retorno é de 48 meses, conforme demonstrado abaixo:

CENÁRIO 1

Payback Descontado do FCLE

50 meses

<= O Projeto é inviável porque o Payback Descontado é maior que 48 meses!

Payback Descontado do FCLA

41 meses

<= O Projeto é viável porque o Payback Descontado é menor que 48 meses!

CENÁRIO 2

Payback Descontado do FCLE

62 meses

<= O Projeto é inviável porque o Payback Descontado é maior que 48 meses!

Payback Descontado do FCLA

53 meses

<= O Projeto é inviável porque o Payback Descontado é maior que 48 meses!

Apenas no cenário 1, tivemos retorno dentro do prazo máximo esperado de 48 meses, e apenas para o acionista, para a empresa, o retorno acontece 2 meses após o esperado. Considerando o payback descontado, dizemos que o projeto é inviável por não retornar o capital investido dentro do prazo esperado.

Conclusão da análise

Como a análise de viabilidade tem por objetivo verificar a saúde financeira de um projeto, permitindo verificar se o mesmo possui a capacidade de remunerar, satisfatoriamente, o capital investido respeitando os requisitos mínimos de rentabilidade e devolução do capital, fizemos a análise do projeto de Amanda considerando os dois cenários expostos sendo, o cenário 1 considerando um prazo médio concedido aos clientes de 90 dias, com 100% das vendas parceladas em cinco vezes sem juros, e no cenário 2, prazo médio reduzido para 60 dias, com 100% das vendas parceladas em três vezes sem juros e com um faturamento reduzido em 20%.

Após projetar os fluxos de caixa da empresa e do acionista e calcular os principais indicadores de viabilidade, vemos que o projeto de Amanda apresenta bons resultados, nos dois cenários, em três dos quatro indicadores de viabilidade analizados, sendo eles TMA, TIR, payback simples e payback descontado.

No cenário 2 o payback descontado não apresentou retorno dentro do prazo esperado, já no cenário 1, apresentou retorno para o acionista dentro do prazo mas, para a empresa, o retorno superou dois meses ao prazo máximo estipulado.

Sendo assim, é importante que a empresa analise a possibilidade de aceitar esse retorno em prazo superior visto que, o projeto apresentou bons resultados de lucratividade tanto para a empresa como para o acionista em ambos cenários, importante destacar que o cenário 1 apresentou melhores resultados, pois com um prazo maior de pagamento para os clientes, dividido em cinco vezes sem juros, a empresa consegue um faturamento 20% maior do que o parcelamento das vendas em menor tempo, tendo assim, um retorno maior do investimento.

Referências Bibliográficas

FEUSER, Carlos E.P. Corporate Finance. Apostila do Curso de Corporate Finance – Fundação Getúlio Vargas.

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